Mercado projeta alta da inflação e do dólar, com Selic no mesmo patamar
Além disso, as projeções para o PIB, déficit primário e balança comercial também foram revisadas

Foi divulgado na manhã desta segunda-feira (19) o Boletim Focus semanal, que traz as expectativas do mercado para a economia brasileira. Confira os principais destaques da edição de hoje:
IPCA deve encerrar 2021 em 4,92%
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - em 2021. O relatório mostra que a mediana para o IPCA este ano foi de alta de 4,85% para 4,92%. Há um mês, estava em 4,71%.
A projeção para o índice em 2022 foi de 3,53% para 3,60%. Quatro semanas atrás, estava em 3,51%.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2023, que seguiu em 3,25%. No caso de 2024, a expectativa permaneceu em 3,25%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,25% para ambos os casos.
A projeção dos economistas para a inflação está acima do centro da meta de 2021, de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).
O BC deixou de publicar, no documento do Focus, as projeções sobre o Top 5. Estes dados podem ser consultados no Sistema de Expectativas de Mercado.
Leia Também
Últimos 5 dias úteis
A projeção mediana para o IPCA de 2021 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis passou de 4,92% para 4,98%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Houve 52 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o percentual calculado estava em 4,75%.
No caso de 2022, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis foi de 3,51% para 3,67%. Há um mês, estava em 3,50%. A atualização no Focus foi feita por 48 instituições.
Outros meses
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA em abril de 2021, de alta de 0,45% para 0,40%. Um mês antes, o percentual projetado era de 0,45%.
Para maio, a projeção no Focus foi de alta de 0,29% para 0,31% e, para junho, passou de alta de 0,26% para 0,27%. Há um mês, os porcentuais indicavam elevações de 0,26% e 0,25%, nesta ordem.
A inflação suavizada para os próximos 12 meses seguiu em alta de 3,89% de uma semana para outra há um mês, estava em 4,17%.
Selic em 5,25% para 2021
Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2021. A mediana das previsões para a Selic neste ano seguiu em 5,25%. Há um mês, estava em 5,00%.
No caso de 2022, a projeção permaneceu em 6,00% ao ano, valor igual a um mês antes. Para 2023, seguiu em 6,50%, ante 6,00% de quatro semanas atrás. Para 2024, foi de 6,25% para 6,13%, ante 6,00% de um mês atrás.
Câmbio sobe para para R$ 5,40
A mediana das expectativas para o câmbio no fim de 2021 foi de R$ 5,37 para R$ 5,40, ante R$ 5,30 de um mês atrás.
Para 2022, a projeção para o câmbio passou de R$ 5,25 para R$ 5,26, ante R$ 5,25 de quatro pesquisas atrás. A projeção anual de câmbio publicada no Focus passou a ser calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano. A mudança foi anunciada em janeiro passado pelo Banco Central. Com isso, a autarquia espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
Projeção do PIB recua para 3,04%
A expectativa para a economia este ano passou de alta de 3,08% para elevação de 3,04%. Há quatro semanas, a estimativa era de 3,22%.
Para 2022, o mercado financeiro alterou a previsão do PIB de alta de 2,33% para 2,34%. Quatro semanas atrás, estava em 2,39%.
Já a projeção para a produção industrial de 2021 foi de crescimento de 5,39% para 5,06%. Há um mês, estava em elevação de 5,10%. No caso de 2022, a estimativa de incremento da produção industrial desacelerou de 2,49% para 2,15%, ante 2,48% de quatro semanas antes.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a expectativa para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2021 seguiu em 64,60%. Há um mês, estava em 64,69%. Para 2022, a estimativa foi de 66,40% para 66,20%, ante 66,00% de um mês atrás.
Déficit primário
Além disso, houve a manutenção da projeção para o resultado primário do governo em 2021. A relação entre o déficit primário e o PIB este ano seguiu em 3,05%.
No caso de 2022, passou de 2,10% para 2,15%. Há um mês, os porcentuais estavam em 3,00% e 2,09%, respectivamente.
Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2021 seguiu em 7,50%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2022, foi de 6,80% para 6,70%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 7,10% e 6,75%, nesta ordem.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
Balança comercial
Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para a balança comercial em 2021 na pesquisa Focus, de superávit comercial de US$ 55,30 bilhões para US$ 57,65 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 55,00 bilhões.
Para 2022, a estimativa de superávit foi de US$ 54,00 bilhões para US$ 54,05 bilhões. Há um mês, estava em US$ 50,00 bilhões.
No caso da conta corrente do balanço de pagamentos, a previsão contida no Focus para 2021 seguiu com déficit de US$ 10,00 bilhões, ante US$ 11,50 bilhões de um mês antes.
Para 2022, a projeção de rombo passou de US$ 15,80 bilhões para US$ 20,60 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 19,70 bilhões.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2021 seguiu em US$ 55,00 bilhões. Há um mês, estava no mesmo patamar. Para 2022, a expectativa foi de US$ 64,40 bilhões para US$ 65,00 bilhões, ante US$ 60,00 bilhões de um mês antes.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Para Gabriel Galípolo, inflação, defasagens e incerteza garantem alta da Selic na próxima semana
Durante a coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2024, o presidente do Banco Central reafirmou o ciclo de aperto monetário e explicou o raciocínio por trás da estratégia
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Copom busca entender em que nível e por quanto tempo os juros vão continuar restritivos, diz Galípolo, a uma semana do próximo ajuste
Em evento, o presidente do BC afirmou que a política monetária precisa de mais tempo para fazer efeito e que o cenário internacional é a maior preocupação do momento
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea
No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira
Normas e tamanho do FGC entram na mira do Banco Central após compra do Banco Master levantar debate sobre fundo ser muleta para CDBs de alto risco
Atualmente, a maior contribuição ao fundo é feita pelos grandes bancos, enquanto as instituições menores pagam menos e têm chances maiores de precisar acionar o resgate
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Vai dar zebra no Copom? Por que a aposta de uma alta menor da Selic entrou no radar do mercado
Uma virada no placar da Selic começou a se desenhar a pouco mais de duas semanas da próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 6 e 7 de maio
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Bradesco dispara em ranking do Banco Central de reclamações contra bancos; Inter e PagSeguro fecham o pódio. Veja as principais queixas
O Bradesco saiu da sétima posição ao fim de 2024 para o primeiro colocado no começo deste ano, ao somar 7.647 reclamações procedentes. Já Inter e PagSeguro figuram no pódio há muitos trimestres
Lucro líquido da Usiminas (USIM5) sobe 9 vezes no 1T25; então por que as ações chegaram a cair 6% hoje?
Empresa entregou bons resultados, com receita maior, margens melhores e lucro alto, mas a dívida disparou 46% e não agradou investidores que veem juros altos como um detrator para os resultados futuros
CCR agora é Motiva (MOTV3): empresa troca de nome e de ticker na bolsa e anuncia pagamento de R$ 320 milhões em dividendos
Novo código e nome passam a valer na B3 a partir de 2 de maio
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
É investimento no Brasil ou no exterior? Veja como declarar BDR no imposto de renda 2025
A forma de declarar BDR é similar à de declarar ações, mas há diferenças relativas aos dividendos distribuídos por esses ativos