Guedes tenta dar o tom, mas atraso da votação de PEC emergencial pode desafinar a bolsa de hoje
Na grande orquestra do mercado, o maestro da Economia tenta afinar, mas IPCA-15 e exterior podem não conseguir tocar junto com ele
Se as bolsas fossem uma orquestra, os nomes dos maestros de hoje seriam Jerome Powell e Petrobras. O primeiro, presidente do Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano), deve ir à Câmara dar maiores esclarecimentos sobre a política monetária do país, com o temor da alta dos juros de longo prazo se espalhando e o medo da inflação.
Já a estatal divulga nesta quarta-feira (24) seu balanço do quarto trimestre, em meio a ruídos gerados pela troca de gerência da estatal. A expectativa está nos comentários sobre o balanço, que deve acontecer amanhã (25), por meio de teleconferência, e deve abordar o tema.
Quem tenta afinar as coisas no meio do caminho é Paulo Guedes, reaparecido do exílio auto-imposto com a PEC emergencial debaixo do braço e um silêncio sepulcral ao lado do presidente na entrega da MP de privatização da Eletrobras.
Quem pode dar o tom de melhora é o IPCA-15, divulgado hoje pelo IBGE, às 9h. O indicador da inflação deve perder força em relação a janeiro, caindo de 0,78% para 0,50%. Confira estes e outros destaques para o dia de hoje.
Fechamento de ontem
O Ibovespa fechou ontem em alta, tentando recuperar as perdas de 5% da primeira segunda-feira (22) após a interferência na Petrobras. O principal índice da B3 subiu de 2,27%, aos 115.227,46 pontos. Já o dólar à vista recuava 0,21%, aos R$ 5,4422, no final do dia.
Panos quentes
Para acalmar os ânimos dos investidores, o presidente da república Jair Bolsonaro entregou ao Congresso a Medida Provisória (MP) da privatização da Eletrobas. O texto prevê a diluição da participação do governo por meio da venda de ações da empresa de transmissão de energia.
Leia Também
Para os analistas, o ato foi mais simbólico do que prático, tendo em vista que a MP ainda precisa ser aprovada pela Casa. Mas o acompanhante do presidente na ocasião, o ministro da Economia, Paulo Guedes, acabou sendo a figura emblemática na reunião.
Guedes não se pronunciou sobre a interferência na Petrobras e sua presença foi considerada um consentimento para a privatização da estatal de energia. O gesto foi visto como uma sinalização de que o governo federal não abandonou a agenda liberal de privatizações. Falando em Guedes:
O homem apareceu
O ministro da Economia saiu de seu auto-exílio de carnaval com a PEC emergencial debaixo do braço. A proposta desvincula gastos mínimos para a saúde e educação e já conta com certa resistência no Congresso.
Entretanto, a PEC emergencial deve ajudar a pagar novas rodadas do auxílio emergencial, mantendo o teto de gastos e a meta fiscal. A medida só deve ser votada na próxima semana, tendo em vista que a aparente prioridade do Congresso é a MP da Eletrobras, como afirmou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Federal Reserve
O presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), Jerome Powell, participará de uma audiência da Câmara (12h), e deve ser o evento internacional mais importante do dia. Powell deve dar esclarecimentos sobre a política monetária e a taxa de juros e comentar sobre a inflação norte-americana.
O presidente do Fed já havia afirmado ontem (23), em depoimento ao Senado americano, que não via a necessidade de alterar a política atual de juros baixos e compra de ativos. Ele ainda afirmou que a alta dos juros de longo prazo refletem a confiança do mercado norte-americano.
Na espera de maiores definições sobre o rumo da economia dos EUA, as bolsas asiáticas fecharam em queda, temendo que os títulos da dívida norte-americana (Treasures) aumentem ainda mais.
Na contramão, as bolsas europeias operam em alta, refletindo positivamente o posicionamento de Powell, assim como balanços de grandes empresas da região e do PIB da Alemanha. Os futuros de Nova York também seguem apontando para um dia de ganhos.
Agenda do dia
O IBGE deve divulgar hoje (9h) os dados do IPCA-15, que deve perder força em relação a janeiro deste ano, caindo de 0,78% para 0,50%. Segundo as estimativas de especialistas ouvidos pela Broadcast, o índice deve ter um avanço na faixa de 0,17% a 0,65%
Empresas
Após o fechamento, teremos uma série de empresas que divulgarão seus balanços do quarto trimestre, entre elas a SulAmerica, Via Varejo, Weg e Petrobras. Os dados da estatal não devem ser afetados pelas recentes turbulências na gestão, mas as expectativas ficam para a teleconferência que ocorrerá amanhã (25).
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
