O presidente Jair Bolsonaro foi o primeiro palestrante no evento do Credit Suisse que discute os investimentos na América Latina. O painel também conta com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
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Bolsonaro começou sua fala sinalizando uma recuperação da economia brasileira dizendo que todo o trabalho que está sendo feito para criar uma economia brasileira "mais aberta, eficiente e competitiva está em sintonia com a atração de investimentos estrangeiros diretos, particularmente para projetos prioritários na área de infraestrutura".
"Pretendemos acelerar os leilões de concessões e privatizações, em especial no âmbito do Programa de Parceria de Investimentos, o PPI, que tem uma carteira de projetos estratégicos de longo prazo, baixo risco e com taxas de retorno atraentes e estáveis", disse Bolsonaro.
O PPI, inclusive, foi o que Bolsonaro mais destacou em seu breve discurso, realçando que com o programa "entre 2019 e 2020, concluímos 65 leilões e projetos. Ressalto como exemplos concretos do êxito do PPI: os projetos da ferrovia ferro-grão e da ferrovia de integração oeste-leste", disse.
Sinal positivo para privatizações e reformas
O presidente também deu como será o tom com as despesas da pandemia afirmando que não irá "deixar que medidas temporárias relacionadas com a crise se tornem compromissos permanentes de despesas. Nosso objetivo é passar da recuperação baseada no apoio ao consumo para um crescimento sustentado pelo dinamismo do setor privado."
Além disso, disse que "em 2021, vamos acelerar o calendário de privatizações e dar continuidade às medidas de aperfeiçoamento do ambiente de negócios. Queremos regulamentos mais simples e menos onerosos para destravar o imenso potencial do Brasil e facilitar o trabalho da iniciativa privada."
OCDE e vacinação
A modernização da economia e o aprimoramento das políticas públicas também foram tema do discurso de Bolsonaro, que afirmou que elas "passam pelo aprimoramento das políticas públicas passam pela incorporação das melhores práticas internacionais. Por isso, a nossa ascensão à OCDE permanecerá como meta prioritária da política externa brasileira. Também vamos avançar na tramitação das propostas da reforma fiscal, tributária e administrativa."
Por fim, a fala sobre aquilo que possivelmente é a coisa mais importante no País hoje: a vacina. Bom, de acordo com o presidente: "sempre disse que qualquer vacina uma vez aprovada pela Anvisa, ela seria comprada pelo governo federal. Só no ano passado, assinamos em dezembro uma medida provisória destinando um crédito de R$ 20 bilhões para as vacinações e elas agoram tornam-se uma realidade para nós.
"Já somos o sexto país que mais vacinou no mundo, brevemente estaremos nos primeiros lugares, para darmos conforto à população, segurança a todos e de forma que a nossa economia não deixe de funcionar, concluiu Bolsonaro.