Vale prevê gastar quase R$ 17 bilhões com Brumadinho neste ano; Credit Suisse mantém recomendação de compra para ação
O Credit Suisse reconhece que existe um risco de multas adicionais ou desdobramentos de Brumadinho frustrarem os planos da empresa
As despesas com a tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho devem consumir até US$ 3,2 bilhões (R$ 16,9 bilhões, no câmbio atual) do caixa da Vale (VALE3) neste ano.
As projeções são da própria mineradora, que divulgou nesta manhã a estimativa (guidance) para o desembolso de caixa em 2021. Confira:
Destino | Gastos (US$) |
Despesas com Brumadinho (incluindo acordos, doações, descaracterização e despesas incorridas) | Entre US$ 2,7 bilhões e US$ 3,2 bilhões |
Capex (investimentos) | US$ 5,4 bilhões |
Imposto de renda e Refis | Entre US$ 3,8 bilhões e US$ 4,2 bilhões |
Despesas financeiras, líquida | Entre US$ 800 milhões e US$ 1,1 bilhão |
Outros (incluindo capital de giro, derivativos, dividendos pagos aos acionistas não controladores, Samarco e Renova, entre outros) | Entre US$ 600 milhões e US$ 900 milhões |
Segundo um acordo firmado com o estado de Minas Gerais, a Defensoria Pública e os Ministérios Públicos Federal e de Minas Gerais, os gastos previstos em projetos de reparação socioeconômica e socioambiental em Brumadinho giram em torno de R$ 37,7 bilhões.
Entretanto, a mineradora tem feito uma série de acordos para tentar reduzir esse valor. Após o anúncio, a ação da Vale na bolsa brasileira registrava alta no pregão de hoje. Os papéis VALE3 começaram o pregão de hoje em alta, mas fecharam em queda de 0,32%, a R$ 94,74.
Credit Suisse mantém recomendação de compra para Vale
O Credit Suisse reconhece que existe um risco de multas adicionais ou desdobramentos de Brumadinho frustrarem os planos da empresa nos próximos meses. A retomada da economia e o avanço no preço das commodities metálicas também devem pesar do lado negativo.
Mesmo assim, o banco suíço mantém a recomendação de compra para as ações da Vale. “A avaliação da Vale parece excessivamente descontada e as perspectivas de retorno à frente são atraentes”, escreveram os analistas, em relatório a clientes.
Leia Também
Outro atrativo da mineradora é a perspectiva de pagamento de dividendos. Nos cálculos do Credit Suisse, o chamado dividend yield (retorno com dividendos) de VALE3 deve ser de pelo menos 10% em 2022.
Mas a “cautela” vem a seguir: os analistas reduziram o preço-alvo dos ADRs (recibos de ações negociados em Nova York) da mineradora de US$ 28 para US$ 24. No fechamento de ontem, os papéis eram cotados a US$ 17,98 na bolsa norte-americana.
A China tem feito diversas restrições à produção de minério de ferro e controlado a demanda artificialmente, o que fez a commodity perder US$ 100 por tonelada em relação às máximas do ano.
No acumulado de 2021, a queda no preço da tonelada de minério de ferro, negociada no porto de Qingdao, na China, é de 18,51%.
Além disso, a variante delta do coronavírus atrasa a retomada econômica, o que pode se refletir na demanda por minério de ferro. Por outro lado, os analistas esperam uma recuperação, em especial do setor de construção, entre setembro e outubro.
Boas pagadoras de dividendos: a grande tacada para escolher bem as vacas – e bezerras – leiteiras da bolsa
Investir em empresas que já são boas pagadoras de dividendos não é uma estratégia ruim, mas lembre-se que elas já pagam grandes dividendos hoje, e provavelmente já devem negociar por múltiplos mais altos também
Ranking dos investimentos: perto de R$ 5,80, dólar tem uma das maiores altas de outubro e divide pódio com ouro e bitcoin
Na lanterna, títulos públicos longos indexados à inflação caminham para se tornar os piores investimentos do ano
Por que o mercado ficou arisco hoje? Ibovespa é arrastado por Nova York e termina dia abaixo de 130 mil pontos; dólar sobe a R$ 5,7811
Nos Estados Unidos, bolsas também foram puxadas para baixo devido à preocupação com os gastos elevados das big techs
Cada um com suas preferências: Ibovespa reage a balanços do Bradesco e da Ambev e à Pnad Contínua enquanto Wall Street aguarda PCE
Índice de inflação preferido do Fed será divulgado hoje nos EUA; aqui, investidores olham para dados de emprego e desemprego
Tony Volpon: Bem-vindo, presidente Trump?
Sem dúvida o grande evento de risco para os mercados globais é a eleição americana
Selic em alta não é motivo para fugir para a renda fixa: tubarões do mercado revelam estratégia para escolher boas ações para lucrar na bolsa
Para os gestores Florian Bartunek e César Paiva, a “maré de azar” vivenciada na renda variável hoje abre oportunidade para quem quer comprar ações baratas e de qualidade na B3
Ministra abre a caixa de pandora e anuncia o maior aumento de impostos do Reino Unido em 30 anos; libra reage, bolsa cai e títulos dão o maior salto desde julho
O primeiro orçamento do Partido Trabalhista, que assumiu o poder em meados deste ano com uma vitória esmagadora, trouxe mais de 40 bilhões de libras em aumento de tributos por ano
Educação em alta: Cogna (COGN3) e Yduqs (YDUQ3) sobem até 4% na bolsa hoje com perspectivas de melhora nos balanços; saiba o que esperar
Parte da explicação do otimismo nesta quarta-feira está no fato de que as ações das empresas já caíram 37% em 12 meses
A fábrica de bilionários surpreende mais uma vez: lucro da Weg (WEGE3) cresce 20% no ano, mas ação cai mais 5% hoje — analistas chamam atenção para esta linha do balanço
Na visão dos analistas do BTG Pactual, a margem Ebitda cresceu aquém do esperado neste trimestre, após atingir recorde nos três meses anteriores
No crédito ou no débito? Ibovespa reage a balanços, Wall Street e expectativa com cortes de gastos
Enquanto a temporada de balanços segue adiante, dólar começa o pregão de hoje no nível mais elevado em mais de três anos
Dólar nas alturas: moeda americana bate R$ 5,76 e fecha no maior patamar em mais de três anos; o que levou à alta de quase 1% hoje?
O dólar fechou em alta de 0,92%, enquanto o principal índice de ações da bolsa de valores brasileira terminou o dia em queda de 0,37%, aos 130.730 pontos
Ações da Petrobras (PETR4) caem com produção menor no 3T24 — e analistas dizem o que esperar do próximo anúncio de dividendos da estatal
Com base nos dados operacionais divulgados, os grandes bancos e corretoras dizem o que pode vir por aí no dia 7 de novembro, quando a estatal apresenta o resultado financeiro do terceiro trimestre
O tempo parece voar: A uma semana das eleições nos EUA, Ibovespa repercute balanço do Santander e relatório de produção da Petrobras
Ibovespa subiu pouco mais de 1% ontem na esteira da expectativa com novas medidas de cortes de gastos pelo governo
Fortes emoções à vista nos mercados: Investidores se preparam para possível vitória de Trump às vésperas de decisão do Fed sobre juros
Eventual vitória de Trump pode levar a desaceleração de ciclo de cortes de juros que se inicia em grande parte do mundo desenvolvido
Felipe Miranda: O Brasil vai virar a Argentina?
Em conversas raras que acontecem sempre, escuto de grandes investidores: “nós não olhamos para o macro. Somos buffettianos e, portanto, só olhamos para o micro das empresas.”
O que falta para a Selic voltar a cair? Campos Neto responde o que precisa acontecer para os juros baixarem no Brasil
O presidente do Banco Central também revelou as perspectivas para a questão fiscal mundial e os potenciais impactos das eleições dos EUA no endividamento norte-americano
Campos Neto vai estourar a meta de inflação? Projeções para o IPCA ficam acima do teto pela primeira vez em 2024; veja os números da Focus
Se as projeções se confirmarem, Gabriel Galípolo herdará de Campos Neto a missão de explicar ao CMN os motivos da inflação fora da meta
O saldão da eleição: Passado o segundo turno, Ibovespa se prepara para balanços dos bancões
Bolsas internacionais repercutem alívio geopolítico, resultado eleitoral no Japão e expectativa com eleições nos Estados Unidos
O que será do Japão agora? Iene derrete após sinal de que governo ficará sem a maioria pela primeira vez em 15 anos
O resultado preliminar só aumenta a incerteza sobre a composição do governo da quarta maior economia do mundo e ainda coloca em risco os planos do Banco Central para os juros
Vale (VALE3) e Samarco: o que vem após o acordo de R$ 132 bilhões com o governo por desastre em Mariana (MG)?
Do total previsto no acordo, R$ 100 bilhões são novos recursos que devem ser pagos em até 20 anos pelas empresas ao poder público