A complexidade tem valor. É o que realça o Credit Suisse ao anunciar a retomada da cobertura das ações da Cosan (CSAN3) com recomendação de compra.
O banco suíço refere-se ao fato de que, ao alocar seu dinheiro em CSAN3, o investidor fica exposto aos diferentes setores e modelos de negócios operados pela Cosan.
“Naturalmente, o tamanho do conglomerado proporciona não apenas os benefícios da diversificação, mas também a complexidade de lidar com tantos geradores de valor diferentes”, explica o Credit Suisse.
Exposição a ativos com elevado potencial de valorização
Tal situação faz de CSAN3 uma alternativa atraente para ganhar exposição ao potencial de valorização de ativos listados em bolsa, como a Raízen (RAIZ3 e RAIZ4), e também ao desempenho futuro de não listados promissores.
Isso sem contar outros focos de alocação de capital da holding, como Compass, Moove e Cosan Investimentos.
Nesse sentido, o Credit Suisse chama a atenção para o fato de duas ações específicas atreladas à Cosan estarem atualmente cotadas muito abaixo do preço-alvo da instituição. São elas RAIZ4 e RAIL3 (Rumo), com potencial de valorização de 53% e 54%, respectivamente.
Desconto de holding
Os analistas do Credit Suisse enxergam ainda uma boa oportunidade para arbitrar o desconto de holding da Cosan.
Para a instituição, mesmo considerando-se um desconto de holding de 20%, CSAN3 tem o potencial de atingir R$ 29 no decorrer dos próximos 12 meses, o que representa uma valorização de 36,3% em relação ao fechamento de ontem, quando o papel chegou ao fim do pregão a R$ 21,28.
Riscos
Tão grandiosos quanto as oportunidades, porém, são os riscos envolvendo a companhia.
Pelo fato de operar em diversos setores da economia, o Credit Suisse alerta para o risco macroeconômico do Brasil.
Outros riscos mencionados pelos analistas referem-se à execução de projetos e possíveis entraves regulatórios para a Comgás.