Credit Suisse vê inflação encerrando ano acima de 10% pela primeira vez desde 2015
Medidas de núcleo de inflação já superaram os níveis observados entre o fim de 2015 e o início de 2016, adverte o banco
A inflação ao consumidor no Brasil não fecha um ano acima de 10% desde 2015. Na ocasião, o IPCA acumulado no ano bateu 10,71%.
Agora, se as novas projeções do banco Credit Suisse estiverem corretas, o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) deve terminar 2021 marcando dois dígitos novamente.
Segundo estimativas atualizadas hoje pela instituição financeira, a previsão para a inflação ao término de 2021 passou de 9,8% para 10,2%, enquanto para 2022 a estimativa foi elevada de 5,8% para 6,0%.
As projeções do banco suíço encontram-se bem acima da mediana das estimativas contidas na última edição da pesquisa Focus, divulgada na segunda-feira dando conta de uma inflação acumulada de 9,33% em 2021 e 4,63% em 2022.
Revisão foi anunciada após divulgação do IPCA de outubro
A revisão do Credit Suisse veio à tona horas depois de o IBGE ter informado que a inflação oficial de outubro ficou em 1,25% em relação a setembro. No acumulado em 12 meses, a inflação oficial acelerou a 10,67%, de 10,25% no mês passado.
Os números de outubro são os maiores para o mês desde de 2002 e vieram bem acima das estimativas dos analistas, de 1,06% na comparação mensal e 10,46% em 12 meses.
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Segundo o Credit Suisse, as medidas de núcleo de inflação já superaram os níveis observados entre o fim de 2015 e o início de 2016, última vez antes da atual escalada em que a inflação esteve em dois dígitos.
“A forte surpresa de alta ocorreu nos itens industriais e de serviços”, pontua o banco.
“Os altos níveis de inflação foram generalizados entre os grupos e itens: 71% de todos os 51 grupos principais tiveram inflação acima do limite superior da meta de inflação do Banco Central e 37% desses grupos tiveram inflação acima de dois dígitos”, prossegue o Credit Suisse.
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