O ditado diz que a expectativa é a mãe da decepção. E para os acionistas da Tegma, essa máxima parece ter se materializado depois que a empresa recusou uma proposta de fusão feita pela JSL.
A ação TGMA3 caía mais de 7% pouco depois das 12h30, enquanto JSL ON recuava quase 2% no mesmo horário.
No dia do anúncio da proposta, no começo de julho, a ação da Tegma subiu quase 13%, enquanto JSL e Simpar, a holding que controla a empresa de logística, subiram cerca de 6%.
Segundo informações dadas pela JSL, a proposta ficou 15 dias nas mãos da administração da Tegma, e a empresa não foi convidada para uma reunião com os assessores para “apresentar, em detalhes, o racional, os méritos da operação e potenciais sinergias”.
A Tegma não deu maiores detalhes sobre a recusa da proposta. A JSL completa que não teve oportunidade de demonstrar o preço justo das ações que seriam dadas em pagamento.
A JSL ofereceu o pagamento de R$ 15 reais mais 0,7495 ação por cada papel da Tegma. E se aceita, os acionistas desta segunda passariam a deter 15% do capital total da compradora.
Agora, a empresa de logística controlada pela Simpar afirma que vai continuar sua estratégia de consolidação, procurando novas oportunidades de aquisição.
O que pensam os analistas
Mesmo com o fracasso nessa negociação, o BTG Pactual reafirmou nesta segunda-feira a recomendação de compra para a ação da JSL.
Os analistas lembram que a empresa realizou cinco aquisições “altamente relevantes” nos últimos 12 meses, e a ação continua muito descontada.
Para o banco, nem mesmo as aquisições realizadas estão totalmente precificadas na ação da JSL, e o potencial de novas operações elevam ainda mais o potencial de valorização do papel.