Hora de jogar na defesa na bolsa: Conheça as ações que podem ajudar você a atravessar a turbulência nos mercados
Ações dos grandes bancos foram jogadas para escanteio, muito por conta do bom momento do mercado, mas agora apresentam-se como uma boa opção para confrontar a crise na bolsa
Se você está lendo a coluna de hoje para saber se, depois da piora recente, eu deixei de ser um otimista com o investimento em ações e vou finalmente mandar você vender toda a sua renda variável e sugerir que guarde o dinheiro debaixo do colchão, lamento antecipar que não será desta vez.
Por mais que o mercado esteja caindo e o prognóstico de curto prazo pareça bastante desfavorável, esta não será a primeira – e nem a última – vez que o investimento em ações parecerá uma péssima decisão.
Nas últimas décadas, o Brasil passou por momentos até mais difíceis do que este.
Não é a primeira vez nem será a última
A hiperinflação antes do Plano Real, a crise da desvalorização da moeda em 1999, a crise financeira de 2008 e a recessão brasileira no biênio 2015/2016 foram apenas alguns dos episódios que abalaram o investimento em ações por aqui.
Mas, como o Felipe Miranda costuma dizer, diferente de alguns dos nossos vizinhos sul-americanos, não temos vocação para quebrar.
Sempre que o abismo se aproximou ao longo das últimas décadas, demos um jeitinho de nos afastar.
Leia Também
E mesmo passando por períodos muito difíceis, as empresas da Bolsa conseguiram sair ainda mais fortes e levaram o Ibovespa para o seu recorde histórico mesmo no meio de uma pandemia.
Depois da tempestade
Essa tendência de o Ibovespa sair mais forte das crises não é coincidência. É fruto de um fator fundamental em sua composição: ali estão as maiores e – muitas vezes – melhores companhias do país, tocadas pelas mentes mais brilhantes do mercado e com acesso facilitado ao capital.
Essas companhias até podem sofrer quando a economia está anêmica.
Mas elas também têm muito mais capacidade de suportar a tempestade sem grandes sofrimentos, e quando chega a calmaria, elas têm à sua disposição uma terra fértil para investir e crescer já que boa parte da concorrência ficou pelo caminho.
Hora de reforçar a defesa
Vender todas as suas ações, então, não é a resposta.
Pergunte a qualquer grande investidor bem-sucedido e ele dirá para você: "compre ao som dos canhões, venda ao som dos violinos".
Mas isso também não quer dizer que é para comprar qualquer coisa agora.
Momento exige cautela
O momento exige cuidado e investimento em companhias sólidas, com forte geração de caixa, elevada distribuição de dividendos, múltiplos baixos e, de preferência, um bom histórico de superação em momentos ruins no passado. É a hora de reforçar a defesa.
Uma classe de ativos que se encaixa muito bem nesse perfil é a dos bancões tradicionais. Eles passaram por todas as grandes crises e conseguiram sair sempre mais fortes (o Santander (SANB11) não é tão velho no Brasil, por isso não está no gráfico).
Mas nos últimos anos as ações do setor foram jogadas para escanteio, muito por conta do bom momento do mercado.
É isso mesmo: juros baixos e Bolsa aquecida fizeram com que inúmeras fintechs surgissem com a promessa de roubar clientes e receita dos bancões, cujas ações ficaram de lado.
Mais do que isso: a narrativa era de que os bancos não conseguiriam se adaptar às novidades do setor e seriam engolidos pelas mentes empreendedoras e joviais das mais novas companhias do segmento financeiro.
Uma realidade diferente das expectativas
Mas a realidade tem se mostrado bem diferente do que previa a narrativa. As fintechs estão aprendendo que conceder crédito – uma atividade dominada pelos bancões – não é nada trivial. Recentemente até vimos algumas fintechs desabarem depois de notícias sobre perdas relevantes com crédito.
Com a expectativa de elevação da taxa Selic nos próximos trimestres, seja pela piora do mercado, seja pelo aumento da inflação, a atividade de crédito voltará a render ótimos frutos, especialmente para os bancões que ainda fazem isso muito bem. E, por negociarem com múltiplos bastante baixos – ao contrário das fintechs – seus valuations sofrem muito menos em caso de elevação de juros.
Além disso, ao contrário do que se imaginava, temos visto a maioria dos bancos tradicionais conseguindo se adaptar a um mundo mais digital, mais dependente de aplicativos e menos de agências e de contato físico.
No Santander, 33% dos novos clientes são oriundos de canais digitais. O Bradesco (BBDC4) também vem apresentando ótima evolução nas métricas de desempenho digital.
O Itaú (ITUB4), mesmo reduzindo o número de agências físicas, agregou 3 milhões de correntistas na base nos últimos dois anos, sendo que 54% das contas abertas no período foram feitas de forma digital, com 86% dos pagamentos e 33% das concessões de crédito realizadas via canais digitais também.
O Banco do Brasil (BBAS3), mesmo sendo estatal, tem o app que é considerado o melhor do setor.
Esses são apenas alguns dos indicativos de que os bancões não pararam no tempo e que estão indo atrás de soluções que continuem satisfazendo mesmo os clientes mais modernos e que devem continuar melhorando a eficiência operacional também.
Bons, baratos e com ótimos dividendos
| Ativo | Preço/Lucros2022 | Preço/Valor Patrimonial | Dividend Yield 2022 |
| BBDC4 | 7,3 | 1,4 | 7,1% |
| ITUB4 | 8,3 | 1,7 | 5,6% |
| SANB11 | 8,0 | 1,7 | 7,0% |
| BBAS3 | 4,4 | 0,6 | 9,8% |
| BRSR6 | 4,3 | 0,57 | 10,0% |
Eu não vou mentir para você: mesmo que as condições macro melhorem, é improvável que alguma dessas ações triplique de valor nos próximos 12 meses.
Por outro lado, elas também vão cair muito menos do que o resto do mercado se as coisas piorarem, por causa dos seus múltiplos baixos, da resiliência de resultados e dos elevados dividendos esperados para o próximo ano, o que faz desses ativos ótimas escolhas com a finalidade de proteção e renda.
Gostamos de todos, apesar de neste momento preferir os privados por causa das eleições de 2022.
Um deles em específico está presente na carteira do PRP pela excelência de resultados históricos e também no Double Income porque, além disso, distribui ótimos dividendos.
Se quiser conferir esse banco e todas as outras companhias que podem trazer uma renda adicional importantíssima enquanto a Bolsa não engrena, deixo aqui o convite para o Double Income.
Um grande abraço e até a próxima!
Ruy
Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?
No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem