Bolsonaro dilmou, e a ação da Petrobras pagou
As falas do presidente Jair Bolsonaro na sua tradicional live de quinta-feira pesaram hoje nas ações da Petrobras. A ameaça velada ao presidente da estatal, Roberto Castello Branco, e as críticas aos reajustes nos preços dos combustíveis acenderam mais uma vez a luz amarela do mercado, trazendo à tona as lembranças do intervencionismo pernicioso da ex-presidente Dilma Rousseff na política de preços da companhia.
Não é de hoje que Bolsonaro é chamado de “Dilmo”, até nas rodinhas de conversa do mercado financeiro. E nesta sexta-feira ele dilmou mais uma vez ao afirmar que “teremos sim mudança na Petrobras”. Logo em seguida, o presidente disse que “jamais” interferiria na empresa e em sua política de preços, mas que “o povo não pode ser surpreendido com certos reajustes”.
A fala do presidente parecia um tanto paradoxal, e era. Agora à noite, pelas redes sociais, Bolsonaro anunciou a indicação do general Joaquim Silva e Luna para substituir Castello Branco no comando da Petrobras. O governo não tem o poder de demitir o CEO da estatal, então a indicação ainda deve passar pela aprovação do conselho de administração.
Só hoje, tanto os papéis ordinários como os preferenciais da Petrobras despencaram em torno de 7%, puxando para baixo o Ibovespa, que inclusive fechou a semana em queda. E, dados os acontecimentos desta noite, a turbulência das ações da petroleira não deve parar por aí. Veja como foi o dia nos mercados na matéria da Jasmine Olga.
EMPRESAS
• Enquanto enfrenta o risco de novas intervenções políticas, a Petrobras segue no seu processo de desinvestimentos, vendendo ativos que não fazem parte da sua estratégia operacional para os próximos anos. O Ivan Ryngelblum traz mais detalhes nesta matéria.
• A Oi emitiu R$ 2,5 bilhões em debêntures para investir na criação de uma infraestrutura de fibra ótica no país, como parte do seu processo de recuperação judicial.
Leia Também
• Após um follow-on bem sucedido de quase R$ 3 bilhões, a Locaweb mostrou para que serviu boa parte do dinheiro e adquiriu a Credisfera e a plataforma de e-commerce Dooca, dando sequência às suas fusões e aquisições.
• No ano marcado pela descoberta de uma fraude contábil em seus balanços, a resseguradora IRB Brasil registrou um prejuízo de R$ 1,521 bilhão em 2020. Leia mais sobre os resultados da companhia e a avaliação dos analistas na matéria do Vinícius Pinheiro.
• A agência de classificação de riscos S&P Global Ratings decidiu elevar a nota de longo prazo do Banco Pan em um degrau, de “brAA-” para “brAA”, mantendo a nota na escala global em “B+”. A perspectiva de ambos os ratings é estável. Veja a avaliação da S&P.
MERCADOS
• O bitcoin, a criptomoeda mais badalada do momento, continuou sua escalada de valorização nesta sexta e bateu os US$ 55 mil (superando os R$ 300 mil) pela primeira vez. Saiba mais na matéria do Rafael Lara.
ECONOMIA
• O Monitor do PIB, da FGV, indicador que antecipa o resultado da economia brasileira, apontou recuo de 4,0% na atividade no ano de 2020. Com a pandemia, o PIB praticamente retornou ao patamar de 2016.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite", a newsletter diária do Seu Dinheiro. Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros
A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual
Tony Volpon: Bolhas não acabam assim
Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso
As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora
Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?
Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado
Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros
Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo
A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.
A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje
Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR
Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim
Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação
Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?
Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.
As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje
Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje
Os planos e dividendos da Petrobras (PETR3), a guerra entre Rússia e Ucrânia, acordo entre Mercosul e UE e o que mais move o mercado
Seu Dinheiro conversou com analistas para entender o que esperar do novo plano de investimentos da Petrobras; a bolsa brasileira também reflete notícias do cenário econômico internacional
Felipe Miranda: O paradoxo do banqueiro central
Se você é explicitamente “o menino de ouro” do presidente da República e próximo ao ministério da Fazenda, é natural desconfiar de sua eventual subserviência ao poder Executivo
Hapvida decepciona mais uma vez, dados da Europa e dos EUA e o que mais move a bolsa hoje
Operadora de saúde enfrenta mais uma vez os mesmos problemas que a fizeram despencar na bolsa há mais dois anos; investidores aguardam discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE) e dados da economia dos EUA
CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3), o ‘terror dos vendidos’ e mais: as matérias mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matéria sobre a exposição da Oncoclínicas aos CDBs do Banco Master foi a mais lida da semana; veja os destaques do SD
A debandada da bolsa, pessimismo global e tarifas de Trump: veja o que move os mercados hoje
Nos últimos anos, diversas empresas deixaram a B3; veja o que está por trás desse movimento e o que mais pode afetar o seu bolso
Planejamento, pé no chão e consciência de que a realidade pode ser dura são alguns dos requisitos mais importantes de quem quer ser dono da própria empresa
Milhões de brasileiros sonham em abrir um negócio, mas especialistas alertam que a realidade envolve insegurança financeira, mais trabalho e falta de planejamento
Rodolfo Amstalden: Será que o Fed já pode usar AI para cortar juros?
Chegamos à situação contemporânea nos EUA em que o mercado de trabalho começa a dar sinais em prol de cortes nos juros, enquanto a inflação (acima da meta) sugere insistência no aperto
A nova estratégia dos FIIs para crescer, a espera pelo balanço da Nvidia e o que mais mexe com seu bolso hoje
Para continuarem entregando bons retornos, os Fundos de Investimento Imobiliários adaptaram sua estratégia; veja se há riscos para o investidor comum. Balanço da Nvidia e dados de emprego dos EUA também movem os mercados hoje
O recado das eleições chilenas para o Brasil, prisão de dono e liquidação do Banco Master e o que mais move os mercados hoje
Resultado do primeiro turno mostra que o Chile segue tendência de virada à direita já vista em outros países da América do Sul; BC decide liquidar o Banco Master, poucas horas depois que o banco recebeu uma proposta de compra da holding Fictor
Eleição no Chile confirma a guinada política da América do Sul para a direita; o Brasil será o próximo?
Após a vitória de Javier Milei na Argentina em 2023 e o avanço da direita na Bolívia em 2025, o Chile agora caminha para um segundo turno amplamente favorável ao campo conservador
Os CDBs que pagam acima da média, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje
Quando o retorno é maior que a média, é hora de desconfiar dos riscos; investidores aguardam dados dos EUA para tentar entender qual será o caminho dos juros norte-americanos
