No pique de Nova York
O que parecia mais um dia de cautela para os mercados globais acabou se transformando em um dia de leve recuperação para o Ibovespa, que foi de uma queda de 2% na mínima do dia para uma leve alta de 0,06%, aos 110.559 pontos.
Com o aperto monetário do Federal Reserve já no horizonte, os retornos dos títulos do Tesouro americano começaram o dia em alta, mais uma vez pressionando as bolsas globais. Mas essa não era a única preocupação na cabeça dos investidores.
O prazo para que os Estados Unidos encontrem uma solução para a elevação do teto da dívida e evitar um calote da maior economia do mundo está apertado, e o Congresso virou um campo de batalha entre republicanos e democratas.
Na tentativa de ganhar mais apoio dos parlamentares republicanos, executivos dos principais bancos americanos se reuniram com o presidente Joe Biden e pediram a elevação do teto.
Ainda não foi dessa vez que uma solução definitiva foi encontrada, mas um acordo trouxe alívio ao mercado - pelo menos até o fim do ano. Mitch McConnell, líder republicano no Senado, permitirá que os democratas utilizem a maioria simples na Casa para evitar um calote e eventual paralisação do governo.
O acordo provisório aliviou os juros futuros e injetou ânimo nas bolsas. O Nasdaq, que tanto sofreu nos últimos dias com o avanço dos retornos dos títulos do Tesouro americano, subiu 0,47%, enquanto o S&P 500 e o Dow Jones tiveram alta de 0,41% e 0,30%, respectivamente.
Leia Também
Felipe Miranda: Uma visão de Brasil, por Daniel Goldberg
Dividendos em 2026, empresas encrencadas e agenda da semana: veja tudo que mexe com seu bolso hoje
O desempenho mais moderado do Ibovespa ficou por conta dos nossos problemas fiscais próximos. Além disso, as vendas do varejo recuaram 3,1% em agosto, bem abaixo do piso das estimativas dos analistas ouvidos pelo Broadcast.
Embora as varejistas tenham aproveitado a recuperação do mercado para se recuperar de uma parte da queda recente, o dado, fortemente pressionado pelo avanço da inflação, deve seguir levando a projeções cada vez mais baixas para o crescimento da economia brasileira. Vale lembrar que ontem os dados da produção industrial também decepcionaram.
O clima de alívio internacional também atingiu o câmbio e o mercado de juros - também em um movimento mais comedido do que o visto no exterior. Mesmo com os rumores de que o Banco Central poderia fazer nova intervenção extraordinária, o dólar à vista fechou em alta de 0,02%, a R$ 5,4861, mas longe da máxima de R$ 5,53.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quarta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
CASHBACK
Nem prévia com GMV bilionário segura ações da Méliuz. Hora de comprar ou vender CASH3? Existem duas maneiras de avaliar a queda de Méliuz (CASH3): como uma oportunidade de compra ou um sinal de que está na hora de diminuir a exposição ao setor de tecnologia. O que pensam os analistas?
A POEIRA NÃO BAIXA
Em meio a vazamento de dados, Mark Zuckerberg nega que Facebook tenha priorizado lucro em detrimento de segurança. Presidente e fundador da big tech se pronunciou em resposta a denúncias feitas por ex-funcionária.
COFRINHO PREJUDICADO
Com retirada histórica em setembro, saques na poupança superaram os depósitos pelo segundo mês consecutivo. Nem mesmo a escalada da taxa Selic, diretamente ligada ao rendimento da caderneta, impediu o movimento no período.
BI(TCOIN)LIONÁRIO
Obrigado, bitcoin: conheça os bilionários do mundo das criptomoedas abaixo dos 40 anos. Três dos 15 bilionários mais jovens do mundo fizeram fortuna com exchanges de ativos digitais.
MARGEM DE SEGURANÇA
Diante de tantas dúvidas, que tal pensar no que você deveria fazer com seu portfólio em vez de tentar adivinhar o que virá pela frente? Trata-se de uma mudança de perspectiva sutil, mas que guarda um ponto importante sobre como devemos tratar nossos investimentos.
A busca pelo rendimento alto sem risco, os juros no Brasil, e o que mais move os mercados hoje
A janela para buscar retornos de 1% ao mês na renda fixa está acabando; mercado vai reagir à manutenção da Selic e à falta de indicações do Copom sobre cortes futuros de juros
Rodolfo Amstalden: E olha que ele nem estava lá, imagina se estivesse…
Entre choques externos e incertezas eleitorais, o pregão de 5 de dezembro revelou que os preços já carregavam mais política do que os investidores admitiam — e que a Bolsa pode reagir tanto a fatores invisíveis quanto a surpresas ainda por vir
A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje
Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem
Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje
Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas
O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?
Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade
Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza
A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade
Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje
Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana
É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira
As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?
As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas
O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro
Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos
Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário
Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje
Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir
Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje
Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje
Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje
Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje
A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros
A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual
Tony Volpon: Bolhas não acabam assim
Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso
As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora
Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?
Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado
Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros
Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo
A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.
A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje
Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR
Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim
Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação