Bolsa hoje: sexta-feira de sensibilidade com a política monetária internacional
Além disso, por aqui o dia será marcado por eventos virtuais com autoridades de peso, buscando mais visões sobre o texto aprovado da reforma do IR
Depois das bolsas S&P 500 e Nasdaq subirem para novos recordes no fechamento ontem (2), com os investidores prendendo a respiração antes dos números de emprego de agosto, uma maior cautela é verificada nos mercados internacionais.
Na Ásia, as performances foram mistas, com mais uma bateria de dados, desta vez os de serviços, mostrando contração na economia chinesa.
A Europa, igualmente preocupada com a entrega do payroll americano hoje (3), tem uma manhã predominantemente negativa, uma vez que as apostas para o tapering nos EUA poderão balizar a tomada de decisão no velho continente.
Os futuros de Wall Street, por sua vez, seguem subindo, como se não houvesse amanhã – pedidos de auxílio desemprego apresentados na quinta-feira deram otimismo aos mercados globais ao superar as expectativas e alcançar o patamar mais baixo desde o início da pandemia.
Um dado forte hoje pode afetar o dólar, depreciando a moeda americana se decepcionar e vice-versa. Enquanto isso, no Brasil, investidores entram na sexta-feira em modo ressaca, depois de voltarmos para os 116 mil pontos ao digerirmos a reforma do Imposto de Renda.
A ver...
Leia Também
Processando as informações lentamente
O dia de hoje será marcado por uma bateria de eventos virtuais com as autoridades de peso, buscando mais visões sobre o texto que foi aprovado na Câmara e agora segue para o Senado – começamos com Roberto Campos Neto, seguindo para Henrique Meirelles e Ilan Goldfajn.
A votação do projeto se deu na noite de quarta-feira (1º), mas os destaques ficaram para ontem (2), agitando o mercado, que penou para entender o que foi aprovado.
Apenas um destaque passou, que reduziu o Imposto de Renda sobre lucros e dividendos de 20% para 15%. Muitas mudanças ocorreram desde aquele projeto enviado pelo governo – antes era previsto um aumento de arrecadação da ordem de R$ 12,3 bilhões e agora a expectativa é de uma perda de R$ 41,3 bilhões pelo texto aprovado.
A péssima perspectiva fiscal não teve outro resultado a não ser a depreciação do Brasil.
Para piorar, ruídos envolvendo a saída do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de seu cargo, que foi logo desmentida por ele mesmo, e dados fracos da economia só ajudaram no mau humor dos mercados. Fica já no ar o problema da crise hídrica, sobre o qual já conversamos em outro Transparência Radical.
Estamos vivendo hoje a maior seca que o Brasil já passou, o que reflete na capacidade das nossas usinas hidrelétricas. O Ministério de Minas e Energia estima que a escassez hídrica deve gerar um custo extra de R$ 13,8 bilhões. Tudo isso, sem nem falar da inflação, piora a perspectiva fiscal e aumenta a percepção de risco local.
Quem conseguiu emprego aí?
O mercado de trabalho americano está se recuperando e a variante Delta começou a aparecer nesta semana em alguns relatórios de empregos.
O dado de hoje será fundamental para o Federal Reserve balizar sua tomada de decisão sobre a redução de seu plano de estímulo de emergência, iniciado em março de 2020, quando enviou as taxas a zero e comprou bilhões de dólares em ativos para sustentar a economia.
Embora os Estados Unidos tenham saído oficialmente de sua recessão em abril de 2020, o banco central ainda não diminuiu o gás com medo de assustar os mercados e prejudicar a recuperação ainda frágil dos EUA.
Com a recuperação chegando e a inflação tão elevada, a economia provavelmente não precisa mais de todo o suporte extra das compras mensais do Fed.
Ao tirar o pé do acelerador, o banco central também evitaria o superaquecimento da economia, ainda que estreitar e reduzir o enorme balanço do Fed levará algum tempo – analistas preveem uma redução de US$ 15 bilhões por reunião.
Para o dado de hoje, a previsão é de adição de cerca de 781,5 mil vagas em agosto, na mediana, uma desaceleração frente às 943 mil de julho, em grande parte com conta da variante Delta – as previsões variam de cerca de 400 mil a 1 milhão, embora a maioria esteja entre 600 mil e 850 mil.
Um mês de contratação mais fraco do que o esperado levantaria as preocupações sobre o impacto da variante Delta e o momentum econômico potencialmente enfraquecido. Isso seria um sinal negativo para o mercado de ações e poderia prejudicar os mercados, ao mesmo tempo que dados fracos também reforçam a perspectiva de um Fed estimulativo, o que seria bom para as ações de growth (crescimento), principalmente.
Um relatório de emprego muito mais forte do que o esperado pode levar funcionários hesitantes do Federal Reserve a começar a reduzir o estímulo da política monetária mais cedo ou mais tarde. A redução da compra mensal de títulos pode começar no final deste ano, em vez de no início do próximo ano. Isso pode levar a uma alta nos rendimentos do Tesouro e derrubar as ações de suas máximas históricas.
Europa e China dovish
O receio de que os bancos centrais apertem sua política monetária prematuramente, restringindo o crescimento, tem contribuído para a volatilidade. As ações e declarações recentes dos bancos centrais, porém, sugeriram que esses temores são exagerados e que os formuladores de políticas continuam comprometidos com o apoio ao crescimento.
Recentemente, por exemplo, o Banco Central Europeu (BCE) reforçou sua orientação futura para os mercados, prometendo manter as taxas negativas para combater a inflação persistentemente baixa. A presidente Christine Lagarde disse que é totalmente prematuro discutir a redução do programa de compra de títulos emergenciais de pandemia de 1,85 trilhão de euros.
Isso segue o anúncio pelo Banco do Povo da China de que cortaria seu índice de reservas obrigatórias para quase todos os bancos chineses em 50 pontos-base, o primeiro afrouxamento de base ampla desde janeiro de 2020. Esse movimento apoia o entendimento de que Pequim está adotando uma postura mais pró-crescimento em meio a uma recuperação desigual, assim como na Europa.
Anote aí!
O dia começou com dados de vendas no varejo e índice de gerentes de compras (PMIs) decepcionantes na Zona do Euro, o que justifica a queda nas Bolsas por lá – o varejo, em especial, teve uma queda de 2,3% em julho, não antecipada pelo mercado.
Nos EUA, o destaque é o dado de payroll, como já falamos, mas ainda temos também a divulgação do Índice de Gerentes de Compras (PMIs) de Serviços para agosto.
A chamada de consenso é para uma leitura de 59,5, menor do que o recorde de 64,1 de julho. Porém, este indicador tem frustrado ao redor do mundo pode ter surpresa negativa aqui.
A agenda brasileira está esvaziada, mas temos PMI por aqui também, além de esperar algum rebound depois do sell-off de ontem.
Muda o que na minha vida?
O S&P 500 segue acima de 4.500, apesar de alguns dados decepcionantes nos EUA e um aumento contínuo nas infecções de Covid-19. Acredita-se que o ímpeto em direção à reabertura e recuperação está intacto e deveremos continuar vendo alta para as ações dos EUA.
O motivo?
Bem, em grande parte a recuperação do S&P é sustentada por um crescimento robusto dos lucros. Mais de 85% das empresas que reportaram resultados no segundo trimestre superaram as estimativas de lucros e vendas. Os resultados agora superaram as expectativas por cinco trimestres consecutivos.
Os lucros corporativos agregados aumentaram quase 90% em relação aos níveis do ano anterior e agora estão quase 30% mais altos do que os níveis pré-pandêmicos.
Apesar das preocupações com o aumento dos custos (mais inflação), o crescimento da receita tem sido tão robusto que ela é esmagadora sobre as pressões de custo.
De fato, as margens de lucro do S&P 500 atingiram uma alta em várias décadas no trimestre, perto de 14%.
Para o futuro, entende-se que as pressões de custo para as empresas devem diminuir à medida que a oferta começa a aumentar.
Finalmente, os balanços dos consumidores estão em seu ponto mais forte em décadas devido ao aumento significativo na poupança das famílias no ano passado, enquanto no lado da produção, os varejistas continuarão a repor os estoques para acompanhar a demanda.
Isso ainda indica força para os próximos três meses do final do ano para as ações nas bolsas gringas.
Fique de olho!
Fecha hoje, às 14h59: CDB Banco Master com 12,35% de rentabilidade e garantia do FGC
Com a queda dos mercados no mês de agosto, acreditamos que faz sentido buscar proteção em ativos mais seguros.
No entanto, sabemos que seu portfólio não pode abrir mão de uma boa rentabilidade.
Este CDB do Banco Master traz a segurança do FGC unida à previsão de um retorno de +12,35% ao ano.
Mas, atenção: essa oportunidade tem hora para acabar. O investimento no CDB Banco Master só será possível até hoje, dia 3 de setembro de 2021, às 14h59.
Certifique-se dos riscos e se o investimento faz sentido para o seu perfil antes de investir. Os riscos da operação com títulos de renda fixa estão na capacidade de o emissor honrar a dívida (risco de crédito); na impossibilidade de venda do título ou na ausência de investidores interessados em adquiri-lo (risco de liquidez); e na possibilidade de variação da taxa de juros e dos indexadores (risco de mercado).
Um abraço,
Jojo Wachsmann
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição