As decepções dos mercados na semana, Luciano Huck no Banco Pan e BB na Febraban
Não tem como negar que a semana foi de decepções e de concretização de uma profecia que muito vinha perturbando o mercado financeiro nos últimos meses — os estragos que a variante delta pode fazer.
Dados econômicos diversos da China, Europa e Estados Unidos mostram uma recuperação mais lenta do que o esperado e os primeiros sinais do que a variante delta pode causar. A lentidão na economia pesa nas commodities, já que a retomada da demanda fica cada vez mais incerta, mas a cereja do bolo veio hoje.
O payroll, relatório com dados do mercado de trabalho americano, frustrou em muito a expectativa do mercado, com impacto direto da nova variante do coronavírus, confirmando os temores expressados por Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, em seu discurso feito na semana passada.
Ao mesmo tempo que os números confirmam uma recuperação mais lenta, também indicam que o Fed pode demorar para retirar os estímulos. Os investidores locais até tentaram pegar carona em algum otimismo, mas por aqui os números da semana não foram melhores.
O Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre recuou, a produção industrial caiu e o país segue com mais de 14 milhões de desempregados. Além disso, a saúde fiscal brasileira segue comprometida e as reformas ainda parecem longe de serem aprovadas.
Isso sem falar na mordida do Leão na distribuição de lucros e dividendos. Apoiado na alta do setor de commodities, o Ibovespa conseguiu fechar o dia em alta no último minuto, avançando 0,22%, aos 116.933 pontos, mas o acumulado da semana mostra uma queda de 3,10%.
O dólar à vista fechou a sexta-feira praticamente estável, em leve alta de 0,03%, a R$ 5,1845, com um leve recuo de 0,21% na semana, mas os últimos dias foram de grande volatilidade para a moeda americana, que exibiu um forte fluxo comprador nas últimas sessões. Hoje, o resultado foi influenciado pela redução de liquidez nos Estados Unidos, já que na segunda-feira (6) é feriado por lá.
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A curva de juros seguiu inclinando e já mostra novamente os vencimentos para janeiro de 2027 acima dos 10%. Os últimos dias foram complicados, mas os próximos podem ficar ainda mais. O feriado de 7 de setembro se aproxima e, com ele, o temor de que a crise institucional que reina em Brasília ganhe novos capítulos.
Não é de hoje que o presidente Jair Bolsonaro faz ameaças e tenta insuflar seus apoiadores para as celebrações do dia da Independência. Hoje ele voltou a flertar com uma ruptura institucional indigesta ao mercado.
Em uma tentativa de ganhar mais apoio para os atos do dia da Independência, o presidente disse que não sairá das linhas da Constituição, mas que "duas pessoas precisam entender o seu lugar", sem citar diretamente os desafetos Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.
A movimentação do chefe do Executivo, somada às dificuldades do governo para aprovar reformas e privatizações aumenta ainda mais a cautela do mercado com relação aos riscos político e fiscal.
Depois de uma semana de muita especulação e mal estar, o Banco do Brasil anunciou que não irá se retirar da Febraban. E mais uma vez celebridades são destaques no noticiário corporativo. Depois de Anitta no Nubank, agora é a vez de Luciano Huck desembarcar no conselho do Banco Pan. Já a Sinqia reforçou o caixa com uma nova oferta de ações que movimentou R$ 400 milhões.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta sexta-feira, incluindo os principais destaques da semana e as ações com o melhor e o pior desempenho.
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