Exterior amanhece positivo e dados inflacionários do Brasil e dos EUA animam as bolsas; dólar opera volátil
Ainda hoje, está marcada a apresentação da segunda fase da reforma tributária, o que também deve movimentar os negócios
Chegou a sexta-feira (25) e nada melhor do que começar com um bom samba para explicar o que será do pregão de hoje:
“Mesa de bar
É lugar para tudo que é papo da vida rolar
Do futebol
Até a danada da tal da inflação”
E a inflação será o grande destaque do dia, tanto aqui quanto no exterior. Logo cedo, os investidores brasileiros conheceram o IPCA-15 de junho, que é uma prévia da inflação oficial.
A prévia da inflação para o mês de junho veio em 0,83%, abaixo da mediana esperada pelo mercado de 0,85%, mas dentro da faixa de 0,67% e 0,92%, de acordo com as projeções do Broadcast.
No acumulado do ano, a inflação já está em 4,13%, acima do centro da meta estipulada pelo Banco Central, de 3,75%. No acumulado dos últimos 12 meses, os preços subiram 8,13%, pouco abaixo das estimativas de 8,23%.
Com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, a inflação pode variar de 2,25% até 5,25%. O BC brasileiro divulgou a ata de sua última reunião e se mostrou preocupado com a situação inflacionária do país.
Leia Também
O Relatório Trimestral da Inflação (RTI) divulgado pela instituição também reforça esse receio, o que deve fazer o mercado ajustar suas perspectivas de alta da Selic.
Nesse cenário, o Ibovespa futuro reduziu os ganhos e avança 0,02% no pré mercado, aos 130.165 pontos, por volta das 9h10. No mesmo horário, o dólar à vista segue a trajetória de queda e recua 0,18%, aos R$ 4,9055.
Nos EUA
Um pouco piores de samba do que nós brasileiros, a inflação dos Estados Unidos também foi divulgada hoje, e deve ser o dado forte do dia. O Federal Reserve deu a entender que iria aumentar os juros e retirar os estímulos monetários antes do esperado, o que fez o presidente da instituição, Jerome Powell, vir a público acalmar os investidores.
E o PCE, sigla em inglês para o índice de preços ao consumidor, é o indicador de inflação preferido do Fed, ou seja, os investidores devem ficar duplamente atentos a esse dado, além das falas dos dirigentes da instituição ao longo do dia.
O Núcleo do PCE cresceu a 0,5% em maio na comparação mensal, dentro das estimativas de 0,6%, e 3,4% na base anual, frente aos 3,5% das projeções do Broadcast, e em linha com as expectativas.
Confira esses e outros destaques para o pregão desta sexta-feira (25):
Fechamento
O ambicioso pacote de estímulos para infraestrutura de Joe Biden sofreu uma redução, e será de “apenas” US$ 1,2 trilhão. Mesmo assim, o acordo foi firmado entre os partidos Republicano e Democrata, o que deve consolidar a proposta.
Isso animou as bolsas pelo mundo, inclusive o Ibovespa, que subiu 0,85%, aos 129.513 pontos. O dólar à vista, por sua vez, encerrou o dia cotado a R$ 4,9049, um recuo de 1,17%, testando as mínimas para o ano.
Reforma tributária
O Ministério da Economia deve apresentar hoje a segunda fase da reforma tributária ao Congresso. Entre os pontos, estão uma reestruturação do Imposto de Renda para pessoas físicas, empresas e investimentos.
Na tarde de ontem, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo deve aumentar a faixa de isenção de IR e que as classes mais altas devem pagar sobre lucros e dividendos. Às 11h, o ministro deve chegar à comissão temporária da covid-19 no Senado e é esperado que ele comente a reforma.
Bolsas pelo mundo
Os principais índices asiáticos encerraram o dia em alta generalizada na manhã desta sexta-feira (25). O pacote de gastos com infraestrutura do presidente americano Joe Biden animou os mercados, juntamente com um acordo bipartidário para apoiar o projeto.
De maneira semelhante, as bolsas europeias iniciaram o dia em alta, mas motivadas por indicadores locais que reforçam a retomada da economia alemã. Mas a inflação dos EUA aumentou a cautela dos mercados, que passaram a cair antes da divulgação do indicador.
Por fim, os futuros de Nova York sobem próximos da estabilidade, à espera do dado inflacionário do país.
Agenda do dia
- IBGE: IPCA-15 de junho (9h)
- Banco Central: Conta corrente do setor externo e IDP (9h30)
- Ministério da Economia: Ministério apresenta segunda fase da reforma tributária ao Congresso (9h30)
- Estados Unidos: Renda pessoal de maio, gastos com consumo e índice de preços dos gastos com consumo, chamados de PCE e Núcleo do PCE (9h30)
- Ministério da Economia: Paulo Guedes participa de audiência da Comissão Temporária da Covis-19 no Senado (11h)
- Banco Central: Presidente do BC, Roberto Campos Neto, participa de 31ª edição do CIAB Febraban (17h15)
- STF retoma julgamento sobre autonomia do BC
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
