Segredos da Bolsa: 2021 começa com foco em EUA e China, enquanto Ibovespa busca novos recordes
Índice acionário fechou o ano renovando máxima intraday, mas ainda persegue a de fechamento
O ano de 2020 acabou com o Ibovespa conseguindo renovar a sua máxima histórica intraday. Ainda assim, o índice não pôde, por muito pouco, registrar um novo recorde de fechamento.
A primeira semana de 2021, por sua vez, não deve ter "drivers" domésticos ajudando o desempenho do índice na perseguição dessa máxima. A agenda macroeconômica doméstica, afinal de contas, está vazia — o destaque vai para a pesquisa Focus do Banco Central, que será divulgada na segunda-feira (4)
De outro lado, o ano se inicia lá fora já com dados importantes, e por isso manterá os investidores bem ligados no que vem por aí.
Nos Estados Unidos, o olhar especial dos investidores fica para o mercado de trabalho. Enquanto isso, a União Europeia traz o que o seu banco central pensa sobre o atual estado das taxas de juros e de inflação.
Na Ásia, todo foco nos números da atividade industrial chinesa para o mês de dezembro.
Nesta primeira segunda-feira de 2021, o dia começa com os investidores mostrando apetite por risco.
Leia Também
Durante a madrugada, as bolsas asiáticas fecharam em alta, a única exceção foi a bolsa japonesa. O ano começa como erminou, com os investidores animados com o andamento da vacinaçao em massa em diversos países do mundo. No Japão, a preocupação é a segunda onda da covid-19 e a possibilidade que o governo decrete novas medidas de isolamento social.
O clima de otimismo também impulsiona os negócios na Europa, principalmente após a divulgação de bons indicadores da economia local, com os PMIs industriais da zona do euro e da Alemanha. Os índices futuros em Wall Street também operam no azul.
No Brasil, vale ficar de olho no câmbio. O Banco Central anunciou novos leilões de swap cambial de contratos com vencimento em 1° de fevereiro.
Payroll em meio à briga por estímulos rouba atenção
Na terra do Tio Sam, o mercado vai ficar bem atento ao payroll, o indicador da folha de pagamento no país que exclui o setor primário.
O número é um termômetro fundamental para a avaliar a retomada do mercado de trabalho no país e, em última instância, o repique da atividade econômica dos Estados Unidos.
O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) tem apontado que ainda enxerga a economia bem abaixo de patamares pré-pandemia, e o mesmo vale para o emprego.
Este cenário tem impelido a autoridade monetária a manter um discurso favorável à continuidade de estímulos, sejam por meio do prolongamento de juros básicos próximos a zero ou pela compra de ativos.
Novos estímulos fiscais foram aprovados nos EUA na última semana do ano. Um projeto de US$ 900 bilhões foi assinado pelo presidente Donald Trump, após meses de negociação no Congresso.
Ainda assim, o Senado americano necessita aprovar o aumento do auxílio de US$ 600 para US$ 2 mil. A pauta foi barrada pelo líder da maioria, o republicano Mitch McConnell.
Os índices acionários S&P 500 e Dow Jones terminaram o ano com recordes de fechamento, embalados pela perspectiva de mais liquidez na praça e, também, vacinação.
Outro dado importante é o do número de pedidos de seguro-desemprego, que deve ter ficado em 800 mil segundo projeções compiladas pela Broadcast — na semana anterior, foram 787 mil.
Olho também na indústria da China
Se como principal atração da semana do ponto de vista macro os Estados Unidos chamam a atenção, a segunda maior economia do mundo faz jus à sua posição e vem logo atrás.
A China divulgará números do Caixin PMI industrial relativo ao último mês de 2020.
O PMI (índice de gerente de compras) traduz um cenário geral para determinado setor da economia de um país.
A indústria chinesa tem dado sinais de grandíssima recuperação, mesmo em um ano de pandemia. Em novembro, contrariando as projeções de desaceleração da atividade, o Caixin PMI da indústria subiu para 54,9, no maior nível em uma década.
O nível de 50 é o limiar entre expansão e contração do setor. Um dado acima desse patamar indica crescimento da indústria, e um abaixo, recuo.
O alto nível de atividade industrial costuma turbinar os já elevados preços do minério de ferro. Para fins do mercado doméstico, pode embalar ações de Vale e siderúrgicas logo no início de 2021, depois desses papéis fecharem 2020 em forte alta.
Confira o calendário doméstico e externo que pode mexer com a bolsa na próxima semana:
- Domingo (3)
- Caixin PMI industrial da China de dezembro (22h45)
- Caixin PMI industrial da China de dezembro (22h45)
- Segunda-feira (4)
- Pesquisa Focus do BC (8h30)
- Quarta-feira (6)
- Relatório de criação de vagas de emprego ADP dos EUA de dezembro (10h15)
- Relatório de criação de vagas de emprego ADP dos EUA de dezembro (10h15)
- Quinta-feira (7)
- Pedidos de seguro-desemprego nos EUA (10h30)
- Balança comercial dos EUA (10h30)
- Sexta-feira (8)
- Payroll dos EUA de dezembro (10h30)
- Taxa de desemprego dos EUA de dezembro (10h30)
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
