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Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney. Twitter: @Renan_SanSousa
Esquenta dos Mercados

Sem maiores indicadores econômicos pela frente, bolsa brasileira deve manter variante delta no radar

A briga pelo fundo eleitoral inicia um novo capítulo da queda de popularidade do presidente da República, Jair Bolsonaro

Renan Sousa
Renan Sousa
20 de julho de 2021
8:04 - atualizado às 9:24
Segunda onda coronavírus
Europa registra avanço de nova subvariante do coronavírus. - Imagem: Shutterstock

A imunização contra a covid-19 está avançando em todo o mundo. De acordo com o Our World Data, pouco mais de 26% da população mundial já recebeu ao menos uma dose de alguma vacina contra o coronavírus. 

Apesar de os dados serem animadores, as distorções entre os países geram “buracos” na barreira imunológica por todo o mundo, o que abre espaço para o avanço de novas variantes.

E o medo da variante Delta do coronavírus está colocando os mercados em estado de alerta nos últimos dias. Mesmo com o aumento da imunização, com quase 30 milhões de doses aplicadas todos os dias no mundo, o número de casos não para de subir, o que levanta a possibilidade sobre novos lockdowns.

Na ausência de maiores indicadores nesta terça-feira (20), os investidores devem se apegar ao balanço de grandes empresas, como Netflix e American Airlines. Os temores envolvendo a inflação dos Estados Unidos também estão colocando os índices de Wall Street sob alto estresse e pressionando as bolsas no resto do mundo. 

Nesse cenário, o pregão de ontem (19) foi marcado por uma perda dos 125 mil pontos para o Ibovespa, fechando em queda de 1,24%, a 124.394 pontos. O dólar, por sua vez, inverteu o sinal e avançou 2,64%, a R$ 5,2506.

O panorama doméstico também não conta com maiores indicadores econômicos, mas a crise política pesa nos mercados. A briga pelo Orçamento para 2022, em especial sobre o fundo eleitoral, deve colocar ainda mais lenha na fogueira que cozinha a popularidade do presidente Jair Bolsonaro. E dando início à temporada de balanços no Brasil, a Neoenergia deve divulgar seu balanço ainda hoje, após o fechamento

Confira o que mais deve movimentar os mercados hoje:

Jair Bolsonaro

O presidente da República, Jair Bolsonaro, anunciou ontem (19) o novo formato do Bolsa Família, que deve contar com parcelas de até R$ 300. Atualmente, o programa concede, em média, R$ 192 de benefício.

Bolsonaro já havia comentado sobre o aumento do valor, o que gerou certo mal estar com a equipe econômica. Se, por um lado, o presidente procura aumentar sua popularidade, que vem caindo ao longo dos meses, por outro, a equipe econômica quer manter o discurso de ajuste das contas públicas. 

Além disso, o presidente deve vetar o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões para a campanha de 2022. Os parlamentares aprovaram a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) antes do recesso, o que gerou críticas da opinião pública.

Inflação americana

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 0,9% em junho ante maio, segundo dados com ajustes sazonais publicados pelo Departamento do Trabalho.

O resultado veio bem acima da mediana das previsões de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de alta de 0,5%, o que tem desagradado e preocupado os investidores. Com isso, os títulos do Tesouro norte-americano, os chamados Treasuries, de 20 e 30 anos oscilaram positivamente na manhã de hoje, subindo 0,19% e 0,23% respectivamente.

Em momentos de crise, os investidores migram para ativos mais seguros, como os Treasuries, retirando recursos das bolsas, o que derruba os índices.

O Banco Central americano já disse que está de olho na alta dos preços, mas voltou a afirmar que o momento inflacionário é temporário. O presidente da instituição, Jerome Powell, admitiu que os Estados Unidos passam por um “desafio” e que a inflação está “mais alta do que o esperado”. 

Bolsas pelo mundo

O medo da variante delta do coronavírus fechar novamente as atividades está tomando os mercados e pressionando os índices internacionais. Nesse cenário, as bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em queda, seguindo a mesma direção do fim do pregão em Nova York.

Da mesma maneira, os índices da Europa seguem com uma tentativa de recuperação, apesar da variante delta levantar temores sobre a retomada econômica. Apesar da vacinação avançada na região, o mundo carece de maiores dados sobre a eficácia da imunização contra essa e novas variantes. 

Por fim, os futuros de Nova York tentam se recuperar do tombo do dia anterior e operam com leves ganhos.

Além do avanço da pandemia, os investidores somam os temores inflacionários à cesta que pesa do lado negativo da balança. A temporada de balanços também deve movimentar os negócios em Wall Street. 

Agenda do dia

  • Estados Unidos: Departamento de comércio divulga dados sobre construções de novas moradias e permissão de novas obras em junho (9h30)
  • Estados Unidos: Estoques de petróleo (17h30)

Balanços

  • Estados Unidos: Balanço da Netflix (17h)
  • Brasil: Balanço da Neoenergia (após o fechamento)
  • Estados Unidos: Balanço da United Airlines (após o fechamento)

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