Esquenta dos mercados: com medidas menos restritivas contra ômicron, mercados engatam rali de ano novo
A liquidez tipicamente reduzida do período entre festas não atrapalha os ganhos das principais bolsas mundiais na última semana do ano

Quem espera que o Ibovespa encerre 2021 longe das pontuações mais baixas que marcam o final de dezembro ganhou novos motivos para ficar esperançoso nesta terça-feira (28).
Mesmo com a liquidez tipicamente reduzida do período entre festas na última semana do ano, as principais bolsas mundiais engatam em um rali de ano novo que pode servir de inspiração para o mercado brasileiro em mais um dia pouco movimentado na agenda local.
Na Ásia, o avanço da variante ômicron preocupa, mas a opção dos governos de evitar medidas restritivas mais duras seguida pela maioria dos governos mundiais garante uma certa tranquilidade aos investidores.
Impulsionadas também pelos fortes ganhos em Wall Street no dia anterior - e que podem se repetir hoje, de acordo com os índices futuros - as bolsas da região encerram o dia em alta, com destaque para o índice Nikkei, referência na Bolsa de Tóquio, que avançou 1,37%.
Na Europa, os negócios em Londres permanecem fechados pelo segundo dia consecutivo. Mas a liquidez menor não impede que os principais mercados do continente operem com altas de até 0,80%.
Por aqui, ontem o Ibovespa conseguiu terminar o dia em alta de 0,63%, aos 105.554 pontos, puxado pelo bom humor externo. Já o dólar à vista fechou em baixa de 0,42%, a R$ 5,6392. Veja o que deve movimentar os mercados:
Leia Também
Medidas mais suaves
Uma das principais preocupações do mercado é que, na esteira do avanço da variante ômicron, governos ao redor do mundo voltem a anunciar medidas restritivas com efeitos devastadores para a economia.
Mas, ao menos por enquanto, os investidores podem respirar aliviados. A explosão no número de infecções não tem se refletido em aumento de mortes, o que abre espaço para que medidas menos radicais sejam testadas contra a nova cepa.
O primeiro-ministro britânico, por exemplo, já assegurou que não pretende impor novas restrições na Inglaterra ainda em 2021. O governo voltou a recomendar o uso de máscara e o trabalho remoto, mas não há perspectivas para um lockdown integral.
Na China, o governo aposta na testagem em massa de 13 milhões de moradores da região central do país, enquanto Tailândia e Cingapura endureceram restrições à entrada de estrangeiros.
A segunda opção também foi a escolhida pelos Estados Unidos, que restringem voos vindos de 8 países do continente africano a partir de 31 de dezembro.
Debandada na receita
No cenário político, as discussões sobre o Orçamento, em especial no que diz respeito ao reajuste dos servidores, seguem dominando o noticiário hoje.
Mesmo após o presidente Jair Bolsonaro voltar atrás em seu aceno de um possível aumento de salário aos policiais federais, uma de suas bases eleitorais, as tensões seguem em alta na Receita Federal.
Mais de 730 delegados do órgão entregaram seus cargos em todo o país. A ausência das chefias já é sentida em todas as áreas da Receita, mas afeta especialmente as alfândegas, portos e aeroportos.
Em entrevista na véspera de Natal, Bolsonaro admitiu que o descontentamento dos servidores deixou a questão indefinida. "Preferem não ter para ninguém do que ter para alguns poucos. Deixa acalmar um pouquinho aí que a gente toma a melhor decisão", declarou a jornalistas no Palácio da Alvorada.
Desemprego
Na agenda econômica, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a estrela da terça-feira (28).
A expectativa é que a pesquisa mostre um recuo na taxa de desemprego do trimestre encerrado em outubro. Vale lembrar que na última sexta-feira (24), o Caged apresentou saldo líquido de emprego formal positivo em 324.112 vagas em novembro.
Ainda hoje, o Banco Central também divulga o relatório com estatísticas sobre crédito em novembro, com o volume de empréstimos feitos ao longo do mês e a taxa de inadimplência do período.
Agenda do dia
- IBGE: Pnad Contínua Mensal (09h00);
- Banco Central: Nota de Crédito (09h30).
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice
Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China
Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação
Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda
Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14
O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20
A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23
Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa
Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda
O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião
Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro
Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15
Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities
Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos
O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro
Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher
Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje