Esquenta dos mercados: em dia de payroll, cenário local deve pesar na bolsa brasileira mais uma vez, com Campos Neto e Paulo Guedes no radar
Os dados de emprego dos Estados Unidos devem calibrar as apostas de retirada de estímulos, enquanto o Brasil vive sua própria história
A tão esperada sexta-feira (03) chegou. Mas os olhos não estão voltados para o final de semana e sim para os dados do payroll, a folha de pagamento dos Estados Unidos, o indicador mais esperado da semana. No radar das bolsas, estão a divulgação de índices de atividade econômica e o Brasil… Bom, vive sua própria história. Confira:
Payroll e PMIs movimentam exterior
E hoje é dia de payroll nos Estados Unidos, o dado mais esperado da semana pelos investidores de todo o mundo. A expectativa é de que sejam criadas 750 mil vagas e a taxa de desemprego caia para 5,2%, de acordo com projeções do The New York Times. O dado, entretanto, veio menor do que o esperado.
O Federal Reserve deve focar nesses dados para decidir com mais firmeza sobre a retirada de estímulos da economia norte-americana, o chamado tapering. Essa injeção de dinheiro no mercado tem feito os preços subirem e pressionado a curva de juros, com pouco impacto no emprego.
Alguns analistas locais afirmam que os auxílios oferecidos pelo governo ao longo da pandemia acabaram mantendo a taxa de desemprego alta. Os norte-americanos estariam buscando melhores condições de trabalho enquanto recebiam os cheques, que chegam ao valor de US$ 2 mil na média.
Além disso, o exterior digere uma série de dados do índice do gerente de compras (PMI, em inglês), com destaque especial para a China. É a primeira vez em mais de um ano que o indicador aponta para uma retração, abaixo dos 50 pontos.
O PMI serve como um medidor de atividade econômica, sendo que a linha dos 50 pontos é um divisor de águas: acima dela ocorre a expansão das atividades e a baixo, retração.
Leia Também
De maneira semelhante, na Europa os indicadores vieram acima da linha dos 50 pontos, mas abaixo do esperado pelo mercado. Somado a isso, as vendas do varejo locais também decepcionaram.
Fique de olho hoje
O pregão de hoje deve ser marcado pela expectativa com o payroll, após uma sequência de dados do emprego nos últimos dias acima do esperado. No radar, ficam os números do PMI dos EUA e o discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE, no Congresso Conservação Global.
Uma digestão do Brasil
O pessimismo com o pregão de ontem foi generalizado e fez o principal índice da B3 fechar em forte queda 2,28%, aos 116.677 pontos. O dólar reduziu as perdas durante o pregão e encerrou o dia em leve baixa de 0,03%, cotado a R$ 5,1832.
A reforma tributária pegou os investidores de surpresa, com acordos costurados por Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, às pressas. A indefinição de pontos importantes da proposta desagradou boa parte dos investidores e fez as ações de empresas boas pagadoras de dividendos caírem.
Os investidores brasileiros devem ajustar suas carteiras para uma posição mais defensiva durante o final de semana. O Brasil, sendo essa caixa de Pandora — digo,— de surpresas, a qualquer momento pode trazer uma novidade.
A reforma ainda deve passar pelo Senado Federal e sofrer algumas alterações. Apesar do tom mais amigável, o presidente da Casa, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-AL), já se colocou contra alguns pontos do projeto.
Fique de olho hoje
A fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em um evento do Broadcast deve ser destaque para o pregão de hoje. O ministro da Economia, Paulo Guedes, deve discursar no mesmo evento, mais tarde.
No campo dos indicadores, o destaque vai para o PMI do Brasil, que deve seguir com tendência de expansão das atividades.
Bolsas pelo mundo
No último pregão da semana, as bolsas asiáticas encerraram sem direção única após o dado mais fraco da economia chinesa. A cautela antes dos dados de payroll dos Estados Unidos também pressionou as bolsas.
Já na Europa, as principais praças também abriram sem um único sinal. Os investidores do Velho Continente digerem uma série de indicadores abaixo do esperado, de olho na divulgação da taxa de desemprego dos EUA.
Por fim, os futuros de Nova York apontam para uma abertura em alta, com otimismo generalizado antes do payroll e do anúncio da retirada de estímulos da economia do BC americano.
Agenda do dia
- Banco central: Palestra do presidente do BC, Roberto Campos Neto, em evento do Broadcast (9h)
- Estados Unidos: Taxa de desemprego, salário médio por hora e dados da folha de pagamento, o chamado payroll, de agosto (9h30)
- Brasil: Índice do gerente de compras (PMI, em inglês) composto e de serviços em agosto (10h)
- Estados Unidos: Índice do gerente de compras (PMI, em inglês) composto (final) e de serviços em agosto (10h45)
- Banco Central Europeu: Presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde fala na abertura do Congresso Conservação Global (12h)
- Tribunal de Contas: Secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, participa de evento do TC (12h10)
- Tribunal de Contas: Ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de evento do TC (18h)
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança
Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco
Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa
