Marcopolo (POMO4) perdeu metade do valor desde o início da pandemia, mas está pronta para a retomada. Hora de comprar a ação?
A queda das ações trouxe uma oportunidade para que os investidores comprem os papéis, mas analistas ainda alertam para os riscos da retomada
Já dizia o ditado, com uma pequena adaptação ao universo financeiro: quanto maior a importância no mercado, maior a queda. E, no caso da Marcopolo (POMO4), líder entre as fabricantes de ônibus no Brasil, o impacto da pandemia de covid-19 foi sentido diretamente nas vendas dos veículos e nas ações da empresa.
Em fevereiro de 2020, por exemplo, antes do início das restrições de mobilidade, os papéis eram negociados próximos aos R$ 5. Atualmente, os ativos estacionaram na casa dos R$ 2,50, uma queda de cerca de 50%.
Um resumo do impacto da covid nos negócios da companhia foi feito pelo próprio CEO da Marcopolo, James Bellini, em entrevista no ano passado ao Seu Dinheiro. “É óbvio que um setor que trata basicamente de transportar pessoas aglomeradas tinha que sofrer muito mesmo.”
Apesar do baque da pandemia, a multinacional brasileira mantém seu prestígio: é reconhecida internacionalmente pela qualidade dos ônibus produzidos e, além de possuir 54,1% de participação no mercado brasileiro, também exporta para 140 países.
Além disso, na visão dos analistas do Bank of America, o time de gestão da Marcopolo realizou um “trabalho sólido” durante a crise baseado em três pilares:
- ajuste rápido da estrutura de custos;
- lançamento de novos produtos;
- e venda de operações não lucrativas.
“Vemos a Marcopolo caminhando na direção certa”, declararam em relatório divulgado nesta segunda-feira (20). Nesse contexto, a queda das ações trouxe uma oportunidade para que os investidores comprem as ações de uma empresa pronta para se reerguer, certo?
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Comprar POMO4 ou não?
Para o BofA, não é bem assim que funciona o futuro. Apesar dos elogios à gestão, o banco destaca que “ventos contrários” ainda devem balançar o setor e impedem uma visão mais otimista para os papéis.
Por isso, o banco de investimentos manteve a recomendação underperform (equivalente a venda) para os papéis POMO4. Antes de continuar, um convite: apresentamos no nosso Instagram 5 razões para o Ibovespa amargar quedas ao longo dos últimos meses.
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Voltando à Marcopolo, os analistas cortaram o preço-alvo da ação de R$ 4,40 para R$ 3,00, limitando ainda mais a perspectiva de ganho dos ativos. No pregão de hoje, POMO4 fechou em queda de 3,33%, cotada a R$ 2,61.
A Marcopolo é o case de investimentos mais afetado pela pandemia entre as companhias do setor de bens de capital cobertas pelo banco. “Ao contrário da indústria de caminhões ou de veículos de passeio, o setor de ônibus ainda sofre com restrições de mobilidade, demanda mais fraca do turismo e transporte público”, escreveram os analistas, em relatório.
Como resultado, o indicador de vendas, no acumulado anual, ainda está 45% menor do que os níveis registrados em 2019. Somado a isso, a mudança no mix de receitas da empresa, problemas na cadeia de abastecimento e pressões sobre os preços dos materiais justificam a recomendação do BofA.
Oportunidade de compra
Apesar do momento ainda complicado, os analistas da Empiricus enxergam um cenário totalmente oposto para os papéis da Marcopolo. Para Max Bohm e Cristiane Fensterseifer, a queda no preço representa uma oportunidade de compra porque a ação tem tudo para se valorizar no médio para longo prazo.
Com o avanço da vacinação e da reabertura econômica, no Brasil e no exterior, Bohm aposta em um potencial de alta de cerca de 92% nos próximos 12 meses.
Fensterseifer concorda: “Se até o final do ano boa parte da população estiver vacinada, é bem possível que a empresa melhore seus resultados. A estimativa é de que, no longo prazo, ela apresente uma margem Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] de 12%, o que já aconteceu em seus melhores momentos”, afirma em material exclusivo para o Seu Dinheiro.
Veja abaixo por que a Marcopolo (POMO4) é a ação que tem tudo para subir com o pós-pandemia e inscreva-se no canal do Seu Dinheiro no YouTube para mais conteúdos exclusivos sobre investimentos:
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