Ibovespa sobe, na expectativa de governo e Congresso mais alinhados; dólar cai a R$ 5,35
Bolsa encerrou o dia em alta de 0,61% e dólar à vista caiu 1,74%; mercado local também embarcou em otimismo externo com pacote de ajuda nos EUA
Ainda é cedo para dizer que a agenda de reformas avançará em Brasília, mas a expectativa sobre Congresso e governo mais alinhados trouxe alívio ao mercado financeiro local. O Ibovespa subiu e o dólar caiu nesta terça (2), um dia após a eleição dos candidatos do governo na Câmara e no Senado.
É bem verdade que o exterior ajudou. Assim como aconteceu na segunda-feira, as principais praças acionárias no mundo operaram no campo positivo, com os investidores atentos a um novo pacote fiscal, de US$ 1,9 trilhão, nos Estados Unidos.
O presidente dos EUA, Joe Biden, demonstra ter pressa em levar adiante a proposta, mas os republicanos querem um pacote mais modesto, de "apenas" US$ 600 bilhões. O chefe do Executivo e representantes da oposição estiveram reúnidos, em um avanço das negociações.
Em Wall Street, a temporada de balanços também movimentou o dia, com a gigante farmacêutica Pfizer e a petroleira ExxonMobil divulgando números pela manhã. Há pouco, foi a vez de Amazon e Alphabet (dona do Google) revelarem os resultados.
A temporada de balanços tem ajudado o mercado a subir. Cerca de 82% do que foi divulgado ficou acima do esperado por analistas, segundo a FactSet. Até agora, cerca de 37% das empresas do S&P 500 revelaram os resultados.
Saldo do dia
Nos EUA, as bolsas fecharam em alta: Dow Jones avançou 1,57%, S&P subiu 1,39% e Nasdaq teve ganhos de 1,56%.
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Na Europa, o índice pan-europeu Stoxx-600 avançou 1,36%, com os investidores repercutindo o PIB da zona do euro, que recuou 5,1% enquanto a previsão era de baixa de 5,7%.
No Brasil, o Ibovespa encerrou o dia em alta de 0,61%, a 118.233,81 pontos. O dólar à vista caiu 1,74%, a R$ 5,3548 - reduzindo a valorização no ano para cerca de 3%.
Fator Barros
O principal índice da bolsa brasileira chegou a subir 1,95% nesta terça, mas perdeu força após o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, dizer que, sem aprovar gatilhos - como a autonomia do BC e o pacto federativo -, não será possível cumprir o teto de gastos.
O líder do governo na Câmara também voltou a falar sobre a possibilidade de se ampliar o Bolsa Família e no estudo de um eventual novo auxílio emergencial.
Para Matheus Jaconeli, economista da Nova Futura Investimentos, é preciso haver sinais efetivos de avanço da pauta mais liberal em até três meses para o otimismo do mercado com o cenário local não se esvair de vez.
Por ora, predonima o otimismo, com a expectativa de que o início das relações entre as novas gestões das Casas seja de avanço da votação do Orçamento para 2021. O auxílio emergencial também deve voltar a ser discutido.
Sinais de Guedes
O mercado financeiro espera por sinalizações do ministro Paulo Guedes, que deve dizer quais são as pautas prioritárias da equipe econômica.
Segundo o Estadão, o ministro prepara uma lista de propostas em tramitação no Congresso que devem ser fundamentais para a retomada econômica na visão dele.
Para Helena Veronese, economista-chefe da plataforma de investimentos Consuleza, o caminho agora se encontra mais aberto para a agenda reformista de Guedes.
Na visão de analistas, um Congresso mais alinhado ao governo também deve atenuar os ruídos políticos - desentendimentos nos bastidores, que alimentam temores no mercado.
Menos riscos
Com as eleições, o Credit Default Swap (CDS) de 5 anos do Brasil, que mede o risco-país, caiu ao menor nível desde o dia 13 de janeiro.
De acordo com as cotações da IHS Markit, o CDS era negociado em 158,50 pontos, contra os 167,27 da tarde de ontem.
Também precificando um risco fiscal menor, o mercado de juros também reagiu com a curva reduzindo a inclinação de forma mais intensa na ponta mais longa.
Confira as taxas do dia:
- Janeiro/2022: de 3,33% para 3,34%
- Janeiro/2023: de 4,86% para 4,82%
- Janeiro/2025: de 6,30% para 6,22%
- Janeiro/2027: de 6,97% para 6,88%
Sobe e desce
No pregão desta terça, as mineradoras e siderúrgicas, ligadas ao minério de ferro, recuram em bloco após a queda de mais de 5% no valor da commodity na China.
Existe também uma apreensão com relação à demanda no país asiático com a proximidade do feriado do Ano Novo Lunar, que interromperá a negociação do minério.
As ações do Banco Itaú também figuraram entre os destaques negativos após a companhia anunciar uma queda de 34,6% no lucro em 2020.
Segundo o analista Márcio Loréga, da Ativa Investimentos, a reação negativa ao balanço e a queda do setor de commodities pesaram para o desempenho mais limitado no Ibovespa.
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| BRAP4 | Bradespar PN | R$ 61,06 | -5,71% |
| VALE3 | Vale ON | R$ 87,66 | -3,96% |
| CSNA3 | CSN ON | R$ 30,60 | -3,44% |
| ITUB4 | Itaú Unibanco PN | R$ 28,46 | -2,13% |
| USIM5 | Usiminas PNA | R$ 13,07 | -2,10% |
Na ponta positiva, a Totvs foi um dos destaques, após o Credit Suisse divulgar um relatório com recomendação de compra para as ações da companhia.
A Braskem apareceu entre os principais destaques, após anunciar a retoma de parte de suas operações em Maceió, depois de dois anos dos problemas com o afundamento do terreno da cidade.
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| BTOW3 | B2W ON | R$ 89,30 | 6,87% |
| TOTS3 | Totvs | R$ 30,28 | 6,77% |
| EMBR3 | Embraer | R$ 9,53 | 6,72% |
| BRKM5 | Braskem PNA | R$ 27,18 | 6,34% |
| VVAR3 | Via Varejo ON | R$ 15,28 | 6,26% |
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