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Ibovespa volta duas (mil) casas e retorna aos 122 mil pontos; exterior pesado e commodities pressionaram a bolsa

O dia começou com o Ibovespa sonhando com a possibilidade de um novo recorde, mas a realidade foi um pouco diferente e o principal índice da bolsa brasileira acabou recuando duas casas. 

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Com o bom humor dos investidores não perdurando em Nova York, o Ibovespa abandonou a casa dos 124 mil pontos e voltou para a casa dos 122.987 pontos, um recuo de 0,84%.

Por aqui, pesou o desempenho ruim do setor de commodities. Petrobras e as companhias com exposição ao minério de ferro recuaram forte, mesmo com o avanço da commodity e do petróleo, o que influenciou na queda mais expressiva da bolsa brasileira. 

Lá fora, as atenções continuaram voltadas para a possibilidade de uma pressão inflacionária em escala global. Os dirigentes do Federal Reserve, o banco central americano, seguem alinhados e repetindo que o aumento de preços não passa de uma situação transitória e que, se a inflação se mostrar persistente, o Fed tem como contê-la. Mas dados divulgados hoje azedaram um pouco a recepção desse discurso - o sentimento do consumidor, assim como a vendas de novas moradias recuaram. 

A pressão normalmente é sentida primeiro no retorno dos títulos do Tesouro americano, mas hoje eles recuaram após um leilão. Esse movimento impactou o dólar à vista, que inverteu o sinal e fechou o dia em alta de 0,23%, a R$ 5,3371. As bolsas americanas, no entanto, seguiram no vermelho. 

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O Dow Jones caiu 0,24%, o S&P 500 recuou 0,21% e o Nasdaq teve queda de 0,03%. O VIX, considerado o índice do medo, subiu mais de 2%. 

Um pouco de Brasil

O cenário internacional tem monopolizado o ritmo dos negócios nas últimas semanas, mas hoje os investidores locais tiveram informações de peso para digerir. 

A primeira foi o IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial. O índice atingiu a marca de 7,27% nos últimos 12 meses, mas desacelerou quando comparado ao mês anterior. Em maio, o aumento foi de 0,44% ante 0,60% registrado em abril. 

Com a inflação tirando o pé do acelerador, os investidores voltam a apostar em uma atuação mais moderada do Banco Central na próxima reunião de política monetária. No Brasil, segue no radar a possibilidade de avanço da agenda de reformas, o que alivia a tensão gerada na véspera pela possibilidade de prorrogação ao auxílio emergencial.

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Hoje a CCJ da Câmara aprovou a constitucionalidade da reforma administrativa. O alívio do cenário fiscal, aliado a uma queda dos juros futuros no exterior, também refletiram na curva de juros brasileira. Confira:

Sobe e desce

O setor aéreo movimentou o Ibovespa na primeira etapa do pregão. O mercado repercutiu a notícia de que a Azul e a Latam decidiram encerrar o acordo de compartilhamento de voos, o que pode indicar uma retomada da demanda no setor. 

No começo da tarde, no entanto, os papéis da Cielo assumiram o topo da tabela. A notícia de que a Alelo, empresa de benefícios corporativos do ramo de alimentação, deve lançar um superapp e avançar em novos segmentos parece ter feito o mercado precificar com mais força um possível divórcio de Bradesco e Banco do Brasil, controladores da empresa de maquininhas. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
CIEL3Cielo ONR$ 4,097,63%
COGN3Cogna ONR$ 4,197,16%
PCAR3GPA ONR$ 37,955,39%
AZUL4Azul PNR$ 42,014,11%
YDUQ3Yduqs ONR$ 31,553,95%

Depois de subir mais de 20% no pregão de ontem, o Banco Inter ficou com a lanterna dos desempenhos hoje. Confira também as maiores quedas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
BIDI11Banco Inter unitR$ 209,07-6,37%
USIM5Usiminas PNAR$ 19,44-3,09%
CSAN3Cosan ONR$ 21,87-2,89%
B3SA3B3 ONR$ 16,98-2,69%
CSNA3CSN ONR$ 44,07-2,56%
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