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Jasmine Olga

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É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

FECHAMENTO DA SEMANA

Inflação salgada pressiona juros, mas dados americanos amenizam alta do dólar — já a bolsa não escapou da queda

Em semana recheada de ruídos políticos e incertezas, o Ibovespa acumulou uma queda de 0,72%. Já o dólar à vista subiu 1,86%, a R$ 5,2105

Jasmine Olga
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23 de julho de 2021
18:54 - atualizado às 12:59
Imagem: Shutterstock

Você não encontrará partidas de cabo de guerra na programação olímpica deste ano, mas saiba que o inusitado esporte já teve o seu lugar no Olimpo. Ele esteve presente nas Olimpíadas de 1900, em Atenas, na Grécia; 1904, em Paris, na França; 1908, em Londres, na Inglaterra; 1912, em Estocolmo, na Suécia; e 1920, em Antuérpia, na Bélgica. Bem longe de Tóquio, um cabo de guerra emocionante se desenrolou na B3. 

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De um lado, os índices de atividade abaixo do esperado da economia americana levaram o dólar a ter uma depreciação. Do outro, sinais de que a inflação de 2021 — e possivelmente a de 2022 —  pode pedir uma atuação mais vigorosa por parte do Banco Central já na próxima reunião de política monetária, em agosto, pressionou a curva de juros para cima, principalmente na ponta mais curta.

Ao invés do aumento já previsto de 0,75 ponto percentual, boa parte do mercado começa a acreditar em uma elevação ainda maior, de um ponto percentual, como você confere nas taxas de fechamento do dia:

  • Janeiro/22: de 5,81% para 6,04%
  • Janeiro/23: de 7,20% para 7,44%
  • Janeiro/25: de 8,11% para 8,28%
  • Janeiro/27: de 8,55% para 8,67%

Durante a maior parte do dia, o câmbio andou completamente descolado do movimento de queda da bolsa e de alta dos juros, com forte pressão da tendência da moeda lá fora. O risco local chegou a virar o jogo e parecia que levaria a melhor, mas o ambiente externo favorável ao risco garantiu que o dólar à vista fechasse o dia em queda de 0,05%, a R$ 5,2105, mas o resultado da semana não esconde a tensão vivida nos últimos dias e marcou um avanço de 1,86%. 

A bolsa não teve a mesma sorte. Ainda que no exterior o cenário fosse amplamente positivo —  o Nasdaq e o S&P 500 tiveram alta superior a 1%, enquanto o Dow Jones fechou acima dos 35 mil pontos pela primeira vez —, a pressão da inflação salgada e os ruídos políticos intransponíveis levaram o Ibovespa a ter uma queda de 0,87%, aos 125.052 pontos, um recuo de 0,72% na semana. 

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Sal no bolso

O IPCA-15 de julho, considerado a prévia da inflação oficial, teve a maior alta para o mês desde 2004, em uma alta de 0,72% que surpreendeu o mercado nesta manhã. 

Para Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital, ainda que o número tenha mostrado uma desaceleração quando comparado com o mês anterior, o acumulado em 12 meses vai muito além do limite superior da meta para a inflação de 2021 e pode começar a contaminar as expectativas do mercado para a inflação de 2022. 

Tendências vistas dentro do número divulgado hoje preocupam os analistas para o índice de inflação oficial nos próximos meses. A economista aponta que foi possível notar o que deve ser o primeiro dos movimentos altistas da inflação de serviços, já que com fim das restrições impostas pelo coronavírus a demanda deve se aquecer e os preços, antes deprimidos, devem acompanhar.

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Além disso, a crise hídrica pressiona não só a alta da tarifa de energia elétrica, mas também o preço de itens básicos como frutas, legumes e verduras, de grande importância na composição do IPCA. 

Enquanto boa parte do mercado já projeta uma alta da Selic de 1 ponto percentual, a CM Capital segue acreditando na elevação já sinalizada de 0,75 p.p, mas isso apenas se o mercado não sentir o baque e começar a alterar suas estimativas para o próximo ano. Com o BC já olhando para o horizonte de 2022, Argenta aponta que uma mudança desse nível pode pressionar uma atuação ainda mais dura. 

Tá ruim, mas tá bom

O dia foi de bateria de números no exterior. Na zona do euro, o PMI, que mede o índice de atividade, veio acima do esperado pelos analistas do mercado, indicando uma expansão mais intensa das atividades na região. De acordo com o IHS Markit, o índice do gerente de compras subiu de 59,5 para 60,6 na passagem de junho para julho deste ano. 

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Nos Estados Unidos, no entanto, o número veio abaixo do esperado, caindo a 59,7. A reação do mercado foi positiva, levando a uma alta das bolsas em Wall Street e uma depreciação do dólar. Isso porque esse é um sinal de que a política monetária deve se manter acomodatícia.

Você pode aproveitar o momento de baixa na bolsa para lucrar, no vídeo a seguir você confere um compilado de ações que estão sendo negociadas a preço de banana na bolsa têm grande potencial de alta daqui para a frente. Para saber quais são, clique no vídeo abaixo e confira a análise de Felipe Miranda para o nosso canal no YouTube:

Para a economista da CM Capital, isso ocorre porque tanto o Federal Reserve quanto o Banco Central Europeu já deixaram claro que a prioridade é a normalização do nível da atividade em detrimento da inflação. “O mercado hoje olha muito mais para os dados de atividade do que para os dados de inflação. No Fed existe uma maior complacência com a meta, desde que eles consigam trazer esses a atividade para patamares menores”.  

O conto do ex-superministro

Entre ameaças de não realização de eleições e atritos entre os Três Poderes, o que veio de concreto de Brasília foi uma reforma ministerial para acomodar o Centrão no governo e garantir vida mais fácil para as reformas no Congresso após tanto desgaste político. 

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O Ministério da Economia deve perder a secretaria especial de Previdência e Trabalho, que será transformada no Ministério do Emprego e Previdência Social., mas o desmembramento do "superministério" da Economia, não chegou a figurar entre as maiores preocupações do mercado. 

O movimento certamente é uma derrota para o ex-superministro, mas a imagem de Paulo Guedes já andava bem danificada. Para Nicolas Borsoi, economista da Nova Futura Investimentos, com a reforma ministerial reduzindo a percepção de deterioração política do presidente e acomodando o Centrão para garantir uma tramitação mais suave para as reformas, o foco do mercado não é o ministro. Com muito prometido e pouco entregue desde o início do governo, as prioridades da Faria Lima mudaram. 

Convidado indesejado

A semana começou tensa. Não só a variante delta do coronavírus voltou a trazer a pandemia para o centro dos negócios, como os principais países exportadores de petróleo (Opep+) fizeram um anúncio de aumento de produção que pegou mal. 

Isso porque a nova variante, mais transmissível que a cepa original, coloca em dúvida o potencial de recuperação da demanda e da economia.

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O resultado foi uma segunda-feira sangrenta para os negócios e um tombo de 7% do petróleo. O decorrer da semana, no entanto, foi mais ameno. Testes preliminares mostram que boa parte das vacinas em circulação são capazes de impedir que a doença evolua para estágios mais graves, afastando o risco de nova sobrecarga dos sistemas de saúde. 

Confira agora quais foram os papéis com melhor desempenho na semana. Os frigoríficos foram beneficiados não só pela apreciação do dólar, mas também pela notícia de que a China, grande importadora, segue com dificuldades para normalizar o seu rebanho suíno, atingido pela peste suína africana. 

CÓDIGONOMEVALOR VARSEM
JBSS3JBS ONR$ 30,667,13%
MRFG3Marfrig ONR$ 20,126,85%
LWSA3Locaweb ONR$ 27,656,35%
EMBR3Embraer ONR$ 18,435,07%
USIM5Usiminas PNAR$ 20,214,55%

Na ponta contrária, as ações da Lojas Americanas pós-cisão de ativos que agora integram a holding Americanas S.A (antes BTOW3) tiveram o pior desempenho do período. Confira:

CÓDIGONOMEVALORVARSEM
LAME4Lojas Americanas PNR$ 7,78-54,61%
AMER3Americanas S.A ONR$ 55,62-18,21%
EZTC3EZTEC ONR$ 28,11-7,23%
COGN3Cogna ONR$ 3,86-6,76%
PCAR3GPA ONR$ 33,80-5,93%

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