🔴 SELECIONAMOS AS MELHORES RECOMENDAÇÕES DO BTG PACTUAL PARA VOCÊ – ACESSE GRATUITAMENTE

Jasmine Olga

Jasmine Olga

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

MERCADOS HOJE

Ruídos em torno do Orçamento limitam ‘efeito Petrobras’, e Ibovespa fecha em queda

Com uma alta que chegou a 7%, a Petrobras puxou o Ibovespa para o positivo durante boa parte do dia. Mas Brasília mais uma vez entrou em cena e mudou o jogo (para pior)

Jasmine Olga
Jasmine Olga
19 de abril de 2021
18:49 - atualizado às 20:14

Mais um dia com reviravoltas marca a bolsa brasileira. De um lado, tivemos o mercado respirando aliviado com a posse de Joaquim Silva e Luna na Petrobras, o que puxou o Ibovespa para cima. Do outro, sinais de que os vetos do Orçamento de 2021 podem ser menores do que o necessário puxaram a bolsa para baixo. 

A sessão ainda foi marcada pelo vencimento de opções, o que trouxe ainda mais volatilidade para a bolsa na primeira metade do dia, e um exterior negativo, pressionado pela realização de lucros dos recordes recentes. Depois de encostar nos 122 mil pontos na máxima do dia e sustentar o sinal positivo por boa parte do pregão, o principal índice da bolsa brasileira acabou fechando em leve queda de 0,15%, aos 120.933 pontos.

Com Petrobras em alta, parecia quase certo o sexto pregão consecutivo de alta, mas Brasília azedou os negócios na reta final. Mais uma vez. A segunda reviravolta do dia veio com a declaração da ministra Flávia Arruda de que o governo deve vetar R$ 10,5 bilhões em emendas do orçamento, número considerado baixo pelo mercado.

Embora tenhamos registrado mais um tropeço no longo caminho do Orçamento, os investidores parecem seguir otimistas com um desfecho mais amigável. Isso permitiu que o dólar à vista recuasse 0,61%, a R$ 5,5505, em linha com o comportamento da divisa no mercado internacional. 

A esperança nos ajustes que devem ser feitos no texto que aguarda sanção presidencial também sustentou um movimento de queda dos juros futuros. Confira as taxas do dia:

  • Janeiro/2022: de 4,66% para 4,62%
  • Janeiro/2023: de 6,33% para 6,26%
  • Janeiro/2025: de 7,98% para 7,88%
  • Janeiro/2027: de 8,63% para 8,50%
  • VÍDEO: O repórter Victor Aguiar traz um resumo completo do que esperar para o mercado na próxima semana. Clique aqui.

Impressionando a plateia

O indicado do governo ao comando da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, finalmente assumiu a chefia da companhia. É bem verdade que a estatal ainda não está com o seu conselho completamente formado, mas essa é uma incerteza a menos no radar dos investidores. 

Leia Também

Em seu primeiro discurso, Silva e Luna surpreendeu o mercado, pregando um tom conciliador e reafirmando o compromisso da Petrobras com temas caros aos investidores. O novo CEO falou sobre reduzir a volatilidade dos preços (uma das principais críticas de Bolsonaro) sem abrir mão da política de paridade internacional.

A fala pegou bem e fez os papéis ordinários e preferenciais da companhia liderarem as maiores altas do dia. O bom desempenho da Petrobras - que subiu mais de 5% - quase garantiu o sexto pregão consecutivo de alta para o índice. Se não fosse Brasília...

Corta ou não corta?

Com o prazo para sanção do Orçamento se encerrando no dia 22, o mercado está na expectativa de uma resolução a qualquer momento. O presidente havia ventilado a informação de que uma solução poderia ser anunciada hoje, mas não foi o que ocorreu. 

A grande expectativa do momento é para saber qual a extensão dos vetos presidenciais. Afinal, o presidente irá ou não vetar os trechos polêmicos do texto? A orientação da equipe econômica é pelo veto, mas ele não deve ser integral, como uma forma de conciliação entre Congresso e Executivo.  

Os analistas de mercado parecem otimistas com relação à possibilidade de um desfecho “positivo” dentro do possível para as contas públicas, mas a fala da ministra Flávia Arruda, da Secretaria de Governo, azedou os negócios e fez o Ibovespa mais uma vez se firmar no negativo. 

Arruda confirmou que o governo deve vetar parcialmente o valor destinado às emendas parlamentares. Segundo a ministra, o corte deve ser na casa dos R$ 10,5 bilhões, muito abaixo do que era esperado pelo mercado. No texto original do Orçamento, são mais de R$ 30 bilhões destinados ao pagamento de emendas. 

Enquanto nada está certo, o que se sabe é que o governo busca outras formas de acomodar despesas obrigatórias fora do teto de gastos. 

Não se esqueça

Não é só o Orçamento que anda dando dores de cabeça em Brasília. A CPI da Covid, que irá investigar a atuação do governo federal durante a pandemia e as razões que levaram o estado do Amazonas ao colapso, também segue no radar. 

Nos próximos dias, a Comissão deve ouvir diversos membros e ex-membros do governo de Jair Bolsonaro. Segundo informações do jornal O Globo, a comissão deve tratar de quatro pontos principais: compra de vacinas, colapso da saúde em Manaus, insumos para tratamentos de enfermos e repasse de recursos. 

Aquecendo os motores?

Dentre tantas pautas que inspiram cautela, os bons sinais da economia brasileira também ajudaram o Ibovespa a sustentar o desempenho positivo durante boa parte do dia.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do PIB, teve um crescimento de 1,70% em fevereiro. A mediana das estimativas dos analistas indicava uma alta de 0,90%. Vale destacar que o período não sofreu com o impacto do endurecimento das medidas de isolamento social que ocorreram em março por todo o país.

A surpresa positiva do indicador deve levar os analistas a reverem suas projeções de queda para a atividade brasileira no primeiro trimestre, o que deve melhorar as expectativas de crescimento. 

Liberou geral

Enquanto boa parte do mundo (incluindo o Brasil) ainda patina para adquirir ou fabricar doses suficientes para imunizar a população, os Estados Unidos parecem prontos para deixar de vez a crise do coronavírus no passado. 

O presidente americano Joe Biden utilizou o Twitter para anunciar que, a partir de amanhã, qualquer norte-americano maior de 16 anos pode se vacinar contra a covid-19. O sucesso da campanha de vacinação no país e a perspectiva da volta a uma vida normal têm aumentado as perspectivas de recuperação econômica. Essa leitura segue impactando principalmente o retorno dos títulos mais longos do Tesouro americano, já que o Federal Reserve pode ver a necessidade de controlar a pressão inflacionária antes do tempo. 

As bolsas americanas fecharam no vermelho, assim como a maior parte das bolsas na Europa, em um movimento de realização de lucros e antecipação pela semana cheia de balanços corporativos pela frente. Na semana passada, o S&P 500 e o Dow Jones renovaram suas máximas históricas seguidas vezes. 

Com a alta dos Treasuries e a realização de lucros, o Nasdaq recuou 0,98%, o S&P 500 teve queda de 0,53% e o Dow Jones caiu 0,36%.

Sobe e desce

O discurso de posse de Silva e Luna animou os investidores e "libertou" as ações da Petrobras da pressão dos últimos meses. Mas a petroleira não foi o único destaque positivo do noticiário corporativo de hoje. 

A Odebrecht, que há anos tenta se desfazer da sua fatia na Braskem, parece ter encontrado um possível interessado. A notícia de que o fundo soberano Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos, tem interesse em adquirir uma fatia da empresa tem animado o mercado

Outro destaque importante ficou com a JBS, após a aquisição de uma empresa de produtos à base de plantas, a Vivera. O acordo foi fechado por R$ 341 milhões. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
PETR4Petrobras PNR$ 24,285,80%
BRKM5 Braskem PNA R$ 52,79 5,62%
PETR3Petrobras ONR$ 23,795,03%
JBSS3JBS ONR$ 34,663,74%
BRDT3BR Distribuidora ONR$ 22,162,59%

Depois de brilharem nos últimos pregões, após a proposta recusada da Arezzo pela Hering e ruídos sobre a possibilidade de uma nova oferta de ações das Lojas Renner, o setor de varejo de moda recuou nesta segunda-feira, em um movimento de realização de lucros. 

A Renner, que subiu mais de 10% somente na última sexta-feira, recuou após anunciar uma nova oferta de ações acima do esperado pelo mercado, na casa dos R$ 6 bilhões. Confira as maiores quedas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
HGTX3Cia Hering ONR$ 22,44-3,98%
ENEV3Eneva ONR$ 16,06-3,60%
LREN3 Lojas Renner ON R$ 45,23-3,56%
YDUQ3Yduqs ONR$ 31,20-2,99%
SBSP3Sabesp ONR$ 41,74-2,91%

*Colaboraram Bruno Madruga, head de renda variável da Monte Bravo Investimentos, e Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed

13 de setembro de 2022 - 19:01

Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições

13 de setembro de 2022 - 7:37

Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão

DANÇA DAS CADEIRAS

CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa

12 de setembro de 2022 - 19:45

Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim

FECHAMENTO DO DIA

Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09

12 de setembro de 2022 - 18:04

O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Segredos da bolsa

Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB

12 de setembro de 2022 - 7:57

O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira

A SEMANA NA B3

Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice

10 de setembro de 2022 - 13:40

Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China

Exclusivo Seu Dinheiro

Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação

10 de setembro de 2022 - 10:00

Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda

FECHAMENTO DO DIA

Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14

9 de setembro de 2022 - 18:42

O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações

9 de setembro de 2022 - 7:36

O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa

FECHAMENTO DO DIA

BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20

8 de setembro de 2022 - 19:00

A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro

8 de setembro de 2022 - 7:47

Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão

FECHAMENTO DO DIA

Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23

6 de setembro de 2022 - 18:43

Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa

ACABOU A ESPERA?

Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda

6 de setembro de 2022 - 15:38

O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião

ANOTE NO CALENDÁRIO

Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro

6 de setembro de 2022 - 11:29

Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto

6 de setembro de 2022 - 7:43

Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia

FECHAMENTO DO DIA

Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15

5 de setembro de 2022 - 18:40

Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities

MÍNIMA HISTÓRICA

Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos

5 de setembro de 2022 - 13:55

O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro

PASSANDO A FAIXA

Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher

5 de setembro de 2022 - 9:14

Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit

SEGREDOS DA BOLSA

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje

5 de setembro de 2022 - 7:46

Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar