Está na hora de comprar ou vender dólar? A resposta pode estar no preço do Big Mac
Se levarmos em consideração o preço do sanduíche mais popular do mundo, a moeda norte-americana deveria valer R$ 3,87, segundo o índice calculado pela The Economist
O dólar está caro ou barato? Se levarmos em consideração o preço do sanduíche mais popular do mundo, a moeda norte-americana deveria valer R$ 3,87 — ou 30% menos do que a cotação de dezembro. Pelo menos é o que indica o índice Big Mac, atualizado nesta semana pela revista The Economist.
O indicador foi criado em 1986 pela publicação britânica como uma forma de avaliar o poder de compra da moeda dos países. Por ser um produto com o mesmo padrão em todos os lugares onde é vendido, o sanduíche do McDonald's acaba se tornando ideal para esse tipo de comparação.
Leia também:
- OPORTUNIDADE: Confira as ações e FIIs favoritos das carteiras recomendadas das corretoras
- Onde investir em 2021: dólar perde atratividade e ouro permanece nas carteiras
- Ford vs Tesla: As oportunidades e os perigos das narrativas na bolsa
No Brasil, um Big Mac custava R$ 21,90 no fim do ano passado, enquanto um norte-americano pagava US$ 5,66 pelo mesmo sanduíche, o que indica uma taxa de câmbio implícita de R$ 3,87, de acordo com o levantamento da revista.
Com a forte alta do dólar ao longo do ano passado, o real ficou ainda mais barato pelo índice Big Mac. No início de 2020, quando o câmbio estava em R$ 4,14, a desvalorização da moeda brasileira era estimada em 15,3% com base no preço do sanduíche.
Então é hora de vender dólar?
Se considerarmos o indicador da revista britânica um bom parâmetro para o câmbio, o Big Mac brasileiro mais barato em relação ao americano pode ser um sinal de que está na hora de vender dólar.
A tendência de queda da moeda norte-americana, aliás, foi apontada por especialistas no especial do Seu Dinheiro Onde Investir em 2021.
Leia Também
Finalmente, os 150 mil pontos: Ibovespa sobe e atinge marca histórica enquanto dólar cai a R$ 5,35
A última dança de Warren Buffett: 'Oráculo de Omaha' vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde

O dólar forte é um fenômeno global. O índice da Economist revela que apenas os consumidores da Suíça, Suécia e Noruega comem um Big Mac mais caro do que nos Estados Unidos.
Mas a aposta de muitos investidores é que esse ciclo está próximo do fim, ainda mais diante dos estímulos fiscais trilionários — leia-se impressão de dinheiro — promovidos pelo governo norte-americano para conter os efeitos da pandemia da covid-19 na economia.
A expectativa é que a eleição de Joe Biden também enfraqueça o dólar, já que o democrata deve adotar uma política menos protecionista do que o governo de Donald Trump.
Mas a aposta contra o dólar não é recomendada para investidores que não sejam profissionais. Pelo contrário, é sempre bom ter uma parcela da moeda norte-americana na sua carteira.
Ainda que a tendência do dólar seja de queda, eventuais distorções podem se manter durante muito tempo. Como já dizia Keynes, o mercado pode permanecer irracional por mais tempo do que você e eu podemos nos manter solventes.
Basta lembrar que o mesmo índice Big Mac apontou o real sobrevalorizado em relação à moeda norte-americana por oito anos — entre 2007 e 2015.
Embora o real tenha sido uma das moedas que mais perdeu valor no ano passado, outros países emergentes como México, Argentina, Turquia e Índia aparecem com o câmbio mais depreciado, de acordo com o indicador da Economist.
Outro sinal de que o sanduíche do McDonalds pode não estar tão barato assim no Brasil é que, ao ajustar o preço do famoso hambúrguer pelo PIB per capita, o real ainda aparece 20% sobrevalorizado em relação ao dólar.
Em outras palavras, o sanduíche com dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola e picles num pão com gergelim deveria custar 41% menos por aqui, considerando a realidade da população dos dois países. Confira o estudo completo no site da revista.
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
