Bolsa hoje: medo a poucas semanas do Copom? Se você não comprar nada, o desconto será maior
O dia contará com a a tradicional proxy do PIB medida pelo Banco Central, o IBC-Br de julho. Nos EUA, teremos os preços de exportação para agosto
Lá fora, a quarta-feira (15) começou com o susto de dados fracos na China — o país asiático não teve o mesmo padrão de poupança que a Europa, o Reino Unido e os EUA e, portanto, não teve um nível de demanda interna tão forte (as vendas no varejo de agosto e a produção industrial foram mais fracas do que o esperado).
Consequentemente, as bolsas asiáticas seguiram Wall Street em queda — ontem (14), a inflação dos EUA foi menor do que o esperado em meio à inquietação com o impacto da propagação da variante Delta.
Na Europa, os mercados estão corrigindo nesta manhã, depois de a inflação no Reino Unido ter aumentado em agosto, fruto de um “efeito base” na comparação.
Os futuros americanos, por sua vez, estão subindo por enquanto.
A ver...
Alinhando expectativas
Ontem (14), em evento do BTG Pactual, Roberto Campos Neto (RCN para os íntimos), presidente do Banco Central do Brasil, corrigiu as expectativas em relação ao Comitê de Política Monetária (Copom), que definirá a taxa de juros na quarta-feira que vem (22), em paralelo à decisão dos EUA.
Leia Também
Foi justificada a utilização da expressão “whatever it takes” (o que for necessário), segundo a qual o presidente levará a taxa Selic para onde precisar com vistas a ancorar as expectativas de inflação, mas não alterará seu plano de voo a cada novo dado de alta frequência.
Outra coisa que tem chamado atenção são as sucessivas revisões para a economia brasileira. Já temos instituições nos mercados cortando as projeções para o PIB de 2022, por exemplo, rumo a 0,5%.
A convicção de que o BC tenha ficado atrás da curva, podendo ter perdido o controle das expectativas inflacionárias, provocou críticas à mudança de tom de Campos Neto.
Devemos encerrar o ano com Selic entre 8 e 8,5%, com a possibilidade de caminharmos para uma estabilidade de 9% ainda no primeiro trimestre de 2022 — não custa ressaltar que o baixo crescimento de 2022 (entre 0,5% e 1,5%) se dará em um contexto de aperto monetário, diferentemente do baixo crescimento entre 2017 e 2019, quando estávamos reduzindo a Selic; ou seja, desta vez, a política monetária comeu o crescimento (não é um problema estrutural, mas precificável).
Avaliando a inflação americana
Na terça-feira (14), o índice de preços ao consumidor dos EUA mostrou uma elevação mês a mês de 0,3%, abaixo da previsão dos economistas de 0,4% e abaixo do aumento de 0,5% do mês passado.
Na comparação anual, a alta foi de 5,3%, um número abaixo da inflação ao produtor de agosto, que saiu em 8,3% na comparação anual, a maior alta em um ano desde o início do registro do indicador, em novembro de 2010 — trabalha-se com os dados agora para entender como se dará o repasse dessa inflação dos produtores aos consumidores.
A desaceleração do aumento da demanda por bens reflete um reequilíbrio de bens para serviços. Em outras palavras, as teses de reabertura esfriaram em agosto à medida que a variante Delta se espalhou e estimulou novas restrições e cautela do consumidor.
Inclusive, a desinflação de preços de carros usados e passagens aéreas ajudou a reduzir a inflação.
Vem aumento de imposto aí, gente
Nos EUA, os democratas estão propondo um aumento de impostos, de modo que as pessoas dotadas de alta renda e as grandes empresas paguem pela agenda de US$ 3,5 trilhões de Biden para expandir a rede de segurança social americana e combater problemas ambientais (também conhecido como a proposta de “infraestrutura humana”, o pacote aumentaria as isenções fiscais de energia renovável e estabeleceria uma política de mudança climática mais ampla).
A proposta ganhou relevância desde o último fim de semana e tem gerado tensão em Washington, o que repercute sobre os ativos de risco.
O plano prevê arrecadar até US$ 2,9 trilhões em impostos nos próximos dez anos, o maior aumento de impostos em décadas.
A tributação nova mira indivíduos que ganham US$ 400 mil ou mais por ano e casais que ganham US$ 450 mil ou mais, que pagariam impostos mais altos sobre a renda e os ganhos de capital — quase 40% sobre a renda contra os atuais 37%. As corporações que ganham mais de US$ 5 milhões em lucro por ano também pagariam 26,5% de IR, desfazendo o plano tributário de Trump, lançado ao final de 2017.
Curiosamente, embora os democratas não precisem do apoio republicano para aprovar o plano, precisarão de quase todos os votos do Partido Democrata.
Os progressistas estão comprometidos com o texto, ainda que os aumentos de impostos não sejam tão altos quanto a proposta original de Biden e alguns temam impactos nas eleições de meio de mandato (midterms) no ano que vem.
De todo modo, a proposta pode levantar os trilhões de dólares necessários para reconstruir a infraestrutura americana, lutar contra a mudança climática, investir em moradias públicas e expandir a educação pública, sem explodir ainda mais a dívida. O mercado fica nervoso, naturalmente, uma vez que isso pode significar lucros corporativos mais baixos.
Anote aí!
Lá fora, nos EUA, teremos os preços de exportação para agosto, que devem subir 0,4% na comparação mês a mês, após um salto de 1,3% em julho. Os preços de importação, por sua vez, devem aumentar 0,3%, o que corresponderia à taxa de crescimento anterior. Os índices de atividade industrial e de produção industrial de agosto também são destaques da agenda na gringa.
Por aqui, contamos com a tradicional proxy do PIB medida pelo Banco Central, o IBC-Br de julho, que deve avançar 0,4% na comparação mensal — se vier acima do esperado, como os dados de serviços de ontem, podemos ter um gás adicional para a Bolsa hoje.
Muda o que na minha vida?
Cada vez mais, a sigla ESG tem ganhado relevância. Como consequência, nos últimos anos, a abordagem de “investimento ético e responsável” decolou. ESG significa ambiental, social e governança.
Os critérios ESG, como o impacto ambiental de uma empresa, a diversidade do conselho e a remuneração dos executivos, são usados por algumas empresas e investidores para avaliar companhias quanto a fundos ou carteiras pessoais.
Cada vez mais, as pessoas estão usando seus valores para orientar suas escolhas de investimento — especialmente a geração Y. De 2016 a 2020, a captação anual nos EUA em fundos sustentáveis aumentou 10 vezes. Paralelamente, 90% dos investidores millennials dizem preferir investimentos sustentáveis. Não à toa, os fundos ESG quase dobraram de 2019 para 2020.
Agora, ao que tudo indica, a SEC (xerife do mercado de capitais americano) disse que pode exigir que as empresas relatem informações de risco climático junto com seus ganhos anuais.
A decisão vai em linha com o que as empresas têm feito nos últimos anos, ao aumentar suas iniciativas ESG, especialmente as ambientais. Gradualmente, vamos definindo mais e mais os aspectos do investimento em ESG. Isto é, a próxima etapa é ter um padrão mais claro. Foi pensando nisso que a Vitreo desenvolveu o fundo Oportunidades ESG, para capturar essa mudança no padrão dos investimentos.
Fique de olho!
O nosso fundo de urânio subiu muito nos últimos dias.
Temos motivos para acreditar que é o começo de um rally, mesmo que nenhum retorno seja garantido.
Nosso fundo é o ÚNICO DO MERCADO que investe integralmente na tese.
Veja este gráfico e esses números:

Esta imagem traz a rentabilidade de nosso fundo de Urânio.
Desde sua criação, em 26 de janeiro deste ano, até setembro o fundo subiu muito.
Mesmo sabendo que não é prova de rentabilidade futura, só isso já seria uma bela de uma porrada.
Mas quero que você olhe mais para a curva no finzinho do gráfico.

A parte em azul mostra aquela bela espichada que todo investidor gosta de ver.
Temos motivo para acreditar que isso tem a ver com um descompasso entre oferta e demanda que beneficiam o preço do urânio.
O analista da Empiricus, Matheus Spiess, explica um pouco para a gente esse fenômeno:
“O urânio só é produzido no Canadá e no Cazaquistão. Em nenhum outro lugar. Um mercado extremamente concentrado em dois grandes players e em poucas empresas. A demanda vem do aumento de procura da China e da Ásia e das regulamentações ESG, que fazem com que a busca por energia limpa aumente muito – e o urânio tem uma capacidade de produção energética muito competitiva. A energia nuclear tem uma capacidade de produção energética 2,5 vezes maior que a energia eólica, por exemplo.
Na oferta, por outro lado, houve um fechamento de minas depois do que aconteceu em Fukushima, no Japão. Há um movimento de reabertura de minas, mas é muito menos rápido do que o crescimento da demanda, que não para de subir. Essa quebra provoca choque de preços. Para cima”.
Se quiser aproveitar essa chance e investir no único fundo que investe integralmente na tese do mercado, é só clicar abaixo:
Rentabilidade passada não garante rentabilidade futura. Quaisquer rentabilidades aqui apresentadas não são líquidas de impostos. Não deixe de ler o regulamento do fundo e seus fatores de risco antes de investir. E lembre-se que a aplicação em fundos de investimento não conta com a garantia do FGC, de qualquer mecanismo de seguros ou dos prestadores de serviço do fundo.
Um abraço,
Jojo Wachsmann
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial