Fundadores da Alliar (AALR3) se unem a Barsi e outros acionistas para negociar com interessados; ações disparam
O acordo cria um bloco que detém mais de 50% da Alliar (AALR3), negociando diretamente com Rede D’Or (RDOR3) e Nelson Tanure
A Alliar (AALR3), empresa do ramo de medicina diagnóstica, é a cobiçada da vez na bolsa. Nos últimos dias, a Rede D'Or (RDOR3) e o investidor Nelson Tanure entraram numa disputa para adquirir o controle da companhia. O xadrez, no entanto, acaba de ganhar mais um elemento: os fundadores da Alliar se uniram a outros acionistas relevantes, entre eles Luiz Barsi, e assinaram um acordo para a criação de um bloco de controle.
A ideia é simples: formar um grupo com autoridade para negociar o futuro da companhia com seus pretendentes. Ou, em outras palavras, garantir propostas cada vez mais altas para a eventual venda da Alliar.
A movimentação faz com que as ações ON da Alliar (AALR3) tenham novo dia de forte alta na B3. Por volta de 16h30, os papéis subiam 9,57%, a R$ 14,31 — na semana, os ganhos já superam os 25%.
Disputa pela Alliar
Na segunda-feira (16), a Rede D'Or anunciou uma oferta pública para a compra de 100% da Alliar ao valor de R$ 11,50 por ação — na ocasião, AALR3 estava cotada a R$ 9,44. Desde então, a Rede D'Or já comprou mais de 3,5 milhões de ações da Alliar na bolsa, de modo a facilitar a aprovação da oferta em assembleia de acionistas.
Só que, dias depois, o empresário Nelson Tanure entrou na briga, comprando uma fatia de 21% da Alliar que era detida pela gestora de recursos Pátria, numa transação de R$ 320 milhões. Tanure, por meio do Fonte de Saúde Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, já vinha aumentando sua participação na companhia pouco a pouco.
Assim, aproveitando a pulverização do capital da Alliar na bolsa, formaram-se dois blocos antagônicos: o da Rede D'Or, cuja proposta precisa do aval dos acionistas, e o de Tanure, que montou uma posição relevante — e que poderia, eventualmente, barrar os planos da rival numa assembleia.
Leia Também
Mas, com o acordo assinado hoje, tudo muda.
O novo bloco
O novo acordo é ancorado por Roberto Kalil Issa e Sergio Tufik, fundadores da Alliar e que, juntos, tinham pouco mais de 15% do capital social da empresa. Os dois, em conjunto com outros 49 acionistas minoritários da empresa — entre eles, o investidor Luiz Barsi — formaram um bloco que concentra 50,2% das ações.
Na prática, esse grupo agora detém o controle da Alliar, uma vez que seus participantes estão alinhados e votarão em bloco numa eventual assembleia — e, com mais de 50% do capital, conseguem aprovar ou barrar qualquer tema. A união dos acionistas minoritários também inibe um eventual avanço de Tanure sobre a companhia.
Dito isso, a reação do mercado nesta sexta-feira já mostra que a Rede D'Or terá uma dor de cabeça adicional a partir de agora. Se, na data da proposta, os R$ 11,50 ofertados representavam um prêmio de mais de 20%, a cifra hoje já está abaixo da cotação de tela de AALR3.
Ou seja: se quiser continuar na disputa, a Rede D'Or terá que aumentar a proposta — e os investidores, naturalmente, querem estar posicionados para esse cenário.

Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
