Tesouro Direto permanece fechado nesta segunda; só negociação de Tesouro Selic está funcionando
Com forte oscilação de juros no mercado futuro, negociação de títulos prefixados e atrelados à inflação permanecem suspensas.

O Tesouro Direto permanece fechado mais uma vez na manhã desta segunda-feira (16) devido à forte volatilidade das taxas de juros no mercado futuro. Só é possível negociar Tesouro Selic (LFT), que inclusive é o único que aparece disponível tanto na área logada quanto na área deslogada do site do programa.
Mais cedo, constava no site do Tesouro Direto que a plataforma de negociação de títulos públicos estava "em manutenção". Agora, consta "mercado aberto", mas apenas para títulos Tesouro Selic. Quem detém prefixados ou títulos atrelados à inflação ainda não consegue negociá-los.
Mesmo assim, a negociação de Tesouro Selic começou com atraso. Eu tentei efetuar uma compra entre 9h30 e 10h e não tive sucesso. O site do programa me retornava a mensagem "O mercado encontra-se em manutenção. Você pode realizar a sua operação a partir das 9h30", mesmo já tendo passado das 9h30.
Solicitei uma resposta à assessoria de imprensa do Tesouro Nacional e eles apenas responderam que "as negociações com Tesouro Selic estão ocorrendo. As demais operações com Tesouro Direto estão paralisadas". Depois das 10h, tentei comprar o título novamente, e funcionou.
No site do Tesouro Direto constava, até há pouco, que a plataforma de negociação de títulos públicos, que normalmente abre às 9h30, permanecia "em manutenção". Agora, consta "mercado aberto", mas apenas para Tesouro Selic.
O Tesouro Nacional ainda não emitiu nenhum aviso sobre o porquê do atraso na abertura, mas provavelmente se deve à forte volatilidade vista no mercado de juros futuros nesta segunda. Em situações como essa, é normal que as negociações no Tesouro Direto fiquem suspensas a fim de atualizar preços e taxas dos títulos.
Leia Também
Na semana passada, o Tesouro Direto teve momentos de suspensão tanto na quinta quanto na sexta, o que impediu, nesses períodos, que as pessoas físicas fizessem compras e vendas, até mesmo de Tesouro Selic título no qual muitas pessoas investem sua reserva de emergência.
Na sexta, porém, o Tesouro anunciou que, daquele dia em diante, a negociação de Tesouro Selic pela plataforma seria possível mesmo quando o mercado estivesse fechado.
Forte oscilação de juros
Após o Federal Reserve, o banco central americano, zerar a taxa de juros dos Estados Unidos na noite de ontem, os juros futuros amanheceram com fortes oscilações por aqui. Os juros de curto prazo despencam com a perspectiva de que o nosso Banco Central cortará juros na próxima reunião do Copom, marcada para esta semana, e o mercado aposta em um corte agressivo.
Já os juros de longo prazo disparam com o aumento do pânico global e aversão a risco. O segundo corte extraordinário de juros efetuado pelo Fed, inclusive antecipando a reunião marcada para a próxima quarta-feira, bateu mal para o mercado. Investidores interpretaram a imensa agressividade do órgão como um sinal de que as coisas estão piores do que o esperado inicialmente.
Os índices futuros de Nova York chegaram a bater limite de baixa (queda de 5%) na noite de ontem e as bolsas americanas amanheceram com queda de mais de 7%, acionando o mecanismo de circuit breaker e paralisando as negociações. No Brasil aconteceu o mesmo, após uma queda superior a 10% na abertura. O petróleo também despenca em torno de 10% com a notícia de que os sauditas produzirão em capacidade máxima.
Nesta manhã, os contratos de DI com vencimento em janeiro de 2021 recuam 5,82%, enquanto aqueles com vencimento para 2023 avançam 8,80%. Os juros para janeiro de 2025 sobem 9,35% e aqueles para janeiro de 2027 avançam 11,35%. O dólar sobe 3,00%, para R$ 4,9607, contribuindo para a alta nos juros por aqui.
Brasil captou no exterior com menor prêmio da história este ano: “há um apetite externo muito grande”, diz secretário do Tesouro
Em evento do BNDES, Rogério Ceron afirmou que as taxas dos títulos soberanos de cinco anos fecharam com a menor diferença da história em relação aos Treasurys dos EUA
Isentas de imposto de renda ou não, debêntures incentivadas continuarão em alta; entenda por quê
A “corrida pelos isentos” para garantir o IR zero é menos responsável pelas taxas atuais dos títulos do que se pode imaginar. O fator determinante é outro e não vai mudar tão cedo
Renda fixa: Tesouro IPCA+ pode render 60% em um ano e é a grande oportunidade do momento, diz Marília Fontes, da Nord
Especialista aponta que as taxas atuais são raras e que o fechamento dos juros pode gerar ganhos de até 60% em um ano
Quanto rendem R$ 10 mil na renda fixa conservadora com a Selic estacionada em 15% — e quais são os ativos mais atrativos agora
Analistas de renda fixa da XP Investimentos simulam retorno em aplicações como poupança, Tesouro Selic, CDB e LCI e recomendam ativos preferidos na classe
Tesouro Selic deve ser primeiro título do Tesouro Direto a ter negociação de 24 horas, diz CEO da B3
Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, também falou sobre o que esperar do próximo produto da plataforma: o Tesouro Reserva de Emergência
Nada de 120% do CDI: CDB e LCA estão pagando menos, com queda de juros à vista e sem o banco Master na jogada; veja a remuneração máxima
Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado e mostra que os valores diminuíram em relação a julho
Chamada final para retornos de 15% ou IPCA + 7%? Analistas indicam o melhor da renda fixa para setembro, antes de a Selic começar a cair
BTG Pactual, BB Investimentos, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante da possibilidade de corte dos juros à frente
CDB do Banco Master a 185% do CDI ou IPCA + 30%: vale a pena investir agora? Entenda os riscos e até onde vai a garantia do FGC
Os títulos de renda fixa seguem com desconto nas plataformas de corretoras enquanto a situação do banco Master continua indefinida
Liquidação no mercado secundário dispara retorno de CDBs do Banco Master: de IPCA + 30% a 175% do CDI
Sem a venda para o BRB, mercado exige prêmio maior para o risco aumentado das dívidas do banco e investidores aceitam vender com descontos de até 40% no preço
Como ficam os CDBs do banco Master e do Will Bank após venda ao BRB ser barrada? Retornos chegam a 25% ao ano ou IPCA + 19%
A percepção de risco aumentou e investidores correm para vender seus títulos novamente, absorvendo prejuízos com preços até 40% menores
SPX diminui aposta no Banco do Brasil e vê oportunidade rara no crédito soberano da Argentina
Com spreads comprimidos travando o mercado local de títulos de dívida, a SPX afina a estratégia para preservar relação risco-retorno em fundos de crédito
Braskem, Vale, Mercado Livre… onde estão os riscos e oportunidades no crédito para quem investe em debêntures, na visão da Moody’s
Relatório da agência de risco projeta estabilidade na qualidade do crédito até o próximo ano, mas desaceleração da atividade em meio a juros altos e incertezas políticas exigem cautela
Prêmio das debêntures de infraestrutura é o menor em cinco anos — quem está comprando esse risco e por quê?
Diferença nas taxas em relação aos retornos dos títulos públicos está cada vez menor, diante da corrida aos isentos impulsionada por uma possível cobrança de imposto
A nova jogada dos gestores de crédito para debêntures incentivadas em meio à incerteza da isenção do IR
Com spreads cada vez mais apertados e dúvidas sobre a isenção do imposto de renda, gestores recorrem ao risco intermediário e reforçam posições em FIDCs para buscar retorno
Tesouro Direto vai operar 24 horas por dia a partir de 2026
Novidades incluem título para reserva de emergência sem marcação a mercado e plataforma mais acessível para novos investidores
Tesouro Direto IPCA ou Prefixado: Qual a melhor opção de renda fixa para lucrar na virada de ciclo dos juros?
Com juros em queda e inflação sob controle, entenda como escolher a melhor opção de rentabilidade para proteger e potencializar os investimentos
Debêntures da Petrobras (PETR4) e prefixados com taxa de 13% ao ano são destaques. Confira as recomendações para renda fixa em agosto
BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante das incertezas futuras
Tesouro Educa+ faz aniversário com taxas de IPCA + 7% em todos os vencimentos; dá para garantir faculdade, material e mais
Título público voltado para a educação dos filhos dobrou de tamanho em relação ao primeiro ano e soma quase 160 mil investidores
De debêntures incentivadas a fundos de infraestrutura, investidores raspam as prateleiras para garantir títulos isentos — e aceitam taxas cada vez menores
A Medida Provisória 1.303/25 tem provocado uma corrida por ativos isentos de imposto de renda, levando os spreads dos títulos incentivados a mínimas históricas
De SNCI11 a URPR11: Calote de CRIs é problema e gestores de fundos imobiliários negociam alternativas
Os credores têm aceitado abrir negociações para buscar alternativas e ter chances maiores de receber o pagamento dos títulos