Presente de Natal dobrado: encontrei uma barganha na bolsa e te entrego sem rodeios
Essa empresa está passando por um momento mais do que especial e sua ação tem tudo para ser um dos grandes nomes da Bolsa brasileira nos próximos anos.

Na semana passada, o Vinícius e a Marina me pediram para adiantar um pouquinho a minha coluna para dar tempo de trazer um bom presente de Natal para você, que me acompanhou o ano todo no Seu Dinheiro Premium. Se você chegou agora, tudo bem, vai levar o presente também.
Aliás, como eu sou muito legal e o ano foi de poucas boas surpresas para todos nós, resolvi trazer não um, mas dois bons presentes:
O primeiro é a indicação das ações do Banco BTG Pactual (BPAC11), que está passando por um momento mais do que especial e tem tudo para ser um dos grandes nomes da Bolsa brasileira nos próximos anos.
O segundo presente é que a coluna dessa semana vai direto ao ponto, sem aquela embromação usual, que a gente gourmetizou e chamou de storytelling, que nada mais é do que contar uma historinha bacana para tentar vender o peixe, ou o banco, no caso. Imagino que você tenha mais o que fazer hoje, nem que seja ficar de olho no peru dentro do forno, do que ler as bobagens que escrevo.
Por que investir em ações do BTG é uma boa?
Sendo assim, a grande história do BTG é a seguinte: o banco, que sempre foi muito forte nos negócios de crédito e assessoria financeira, incluindo grandes projetos nos mercados de capitais, começou a criar uma pegada muito forte no varejo digital, onde pode começar a competir de igual para igual com os bancões tradicionais.
Explico: o grande diferencial dos grandes bancos na concessão de crédito foi o fácil acesso a dinheiro barato dos correntistas – o Itaú e o Bradesco te pagam uma ninharia pelo que você aplica na poupança e cobram uma fortuna pelo empréstimo no cheque especial.
Leia Também
O BTG, que não tinha acesso a essa grana, pretende mudar o jogo com o BTG+, seu braço de varejo digital – é justamente a digitalização que permite a captura de clientes sem a necessidade do crescimento via rede de agências, uma barreira de entrada histórica dos grandes bancos.
Na verdade, o banco está criando um ecossistema digital baseado no BTG+ (varejo), no BTG Digital (plataforma de investimentos), na Too (seguros), no BTG+ Business (pequenas e médias empresas) e no Banco Pan (financiamento ao consumo).
Então, a gente tem uma história de crescimento – foram cerca de 16% de incremento de receitas de 2011 para cá – e execução que agora está se tornando um processo de transformação. Se eu tivesse que apostar em um único nome para ser o principal banco digital brasileiro, meu cavalo seria o BTG.
O momento do mercado também é único. As baixas taxas de juros e o crescente acesso do investidor brasileiro são um forte motor para o que André Esteves, antigo CEO e hoje uma figura chave na definição estratégica do banco, além, claro de ser o maior acionista do grupo, tem chamado de “financial deepening” (aprofundamento financeiro, em uma tradução literal). Isso nada mais é do que o fato de que o fim do CDI tem atraído cada vez mais os brasileiros para formas alternativas de investir seu dinheiro.
Os segmentos mais tradicionais do BTG seguem muito bem, obrigado. 2021 promete ser outro ano recorde para o mercado de capitais no Brasil, com cada vez mais empresas lançando suas ações na B3 e, com isso, gerando honorários para o banco. O Itaú, por exemplo, prevê entre R$ 110 bilhões e R$ 140 bilhões em ofertas de ações no próximo ano (em 2020, foram R$ 126 bilhões).
Outro ponto interessante: com a racionalização do BNDES, que cada vez mais está cumprindo seu papel de fomentar o desenvolvimento de projetos sociais e/ou alternativos, sobra mais espaço para que os bancos privados atuem na concessão de crédito para grandes projetos, mais uma avenida de crescimento para as receitas do BTG.
Em termos de cultura, o BTG tem fama de ser um dos ambientes mais competitivos para os colaboradores. A ideia não agrada a todos, mas gera um modelo capaz de atrair e reter talentos, sobretudo pela política agressiva de remuneração e a estrutura de partnership, que premia os principais destaques com participação no negócio.
O grande desafio, claro, é estimar quanto essas ações podem valer.
Posso tentar? Eis a minha conta
É até fácil estimar o valor da parte mais tradicional do negócio: os bancos têm um modelo de negócio relativamente estável, o crescimento de lucros é, de certa forma, previsível e os múltiplos dos pares seriam uma boa ferramenta.
Por outro lado, os segmentos mais moderninhos além de ainda muito incipientes (qual será o tamanho desse ecossistema digital em cinco anos?!), têm comparáveis também ainda em fase de formação e, portanto, nem sempre são assim tão comparáveis.
Por exemplo: hoje as BPAC11 operam a cerca de 19x preço sobre lucro projetado para 2021, o que parece um absurdo dado os menos de 13x de Itaú, mas é mais do que uma barganha contra os 236x do Banco Inter, por exemplo.
Olhando, porém, em termos de preço sobre valor patrimonial das ações, o BTG opera a cerca de 2x, abaixo dos 2,25x do Itaú. Cá entre nós, com um potencial de crescimento bem maior, acho que o BTG deveria operar com prêmio.
Sendo assim, faz sentido trocar aquelas ações do Itaú (ITUB4) que eu recomendei por aqui no fim de outubro e que já subiram cerca de 40% por BPAC11, uma tese mais agressiva, mas também, melhor moldada para o longo prazo e para o futuro do mercado financeiro.
O que pode dar errado?
Os riscos sempre existem. Além do risco estrutural de um banco, que é bem elevado, tem o risco macroeconômico, o risco de execução em novos negócios e, talvez o mais sensível, o risco de governança, uma vez que André Esteves já foi implicado em algumas denúncias da Lava Jato.
O banqueiro e o banco garantem que tudo já foi esclarecido e, de fato, faz um bom tempo que o assunto não incomoda, mas é algo que me preocupa mais pelo potencial noticiário negativo e menos por efeitos permanentes.
Além dos dois presentes de Natal, encerro com um desejo de que essa coluna te encontre bem e que, de forma responsável, você possa se reunir com sua família. Desejo, também, que 2021 não seja só melhor do que 2020, mas que seja um ano incrível e que nos faça, rapidamente, esquecer dessa loucura toda.
Um forte abraço!
Dinheiro é assunto de mulher? A independência feminina depende disso
O primeiro passo para investir com inteligência é justamente buscar informação. Nesse sentido, é essencial quebrar paradigmas sociais e colocar na cabeça de mulheres de todas as idades, casadas, solteiras, viúvas ou divorciadas, que dinheiro é assunto delas.
Adeus, centavo: Após décadas de reclamações, Trump decreta fim do ‘penny’, a moeda de um centavo nos EUA
O presidente dos EUA anunciou no início de fevereiro que ordenou que o governo interrompesse a produção da moeda, cujo poder de compra ficou no passado
Um fundo imobiliário (FII) de hotéis para investir e capturar valor com a retomada das viagens e eventos
Hotéis ganharam um impulso importante de demanda, e movimento deve continuar em 2023. Conheça um FII para surfar no setor
Dois fundos imobiliários (FIIs) high grade dando sopa abrem nova janela para o crédito
Alguns fundos de crédito oferecem descontos interessantes em bolsa neste momento. Inclusive, temos FIIs de papel negociando abaixo dos valores patrimoniais
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais avançam após virada de ontem; Ibovespa aguarda novas pesquisas Ipespe e Datafolha
Os investidores aguardam ainda hoje a participação de Pualo Guedes em evento do FMI e do Banco Mundial
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais tentam recuperação antes da inflação dos EUA; Ibovespa acompanha eleições hoje
Paulo Guedes e Roberto Campos Neto participam da reunião entre ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20 hoje
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem mais de 1% com medo da recessão global enquanto Ibovespa aguarda inflação
Recessão deve ser tema do encontro de hoje dos representantes do FMI com os dirigentes do Banco Mundial
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais aguardam payroll e Ibovespa mira dados do varejo hoje
Os investidores locais ainda aguardam a participação de Roberto Campos Neto em evento fechado à imprensa pela manhã
Esquenta dos mercados: Eleições pressionam Ibovespa enquanto bolsas no exterior aguardam ata do BCE e dados de emprego nos EUA
Os investidores aguardam os números de emprego nos Estados Unidos antes do payroll de sexta-feira
Esquenta dos mercados: Ibovespa acompanha corrida eleitoral enquanto bolsas no exterior realizam lucro antes da reunião da Opep+
Os investidores aguardam os números de emprego nos Estados Unidos antes do payroll de sexta-feira
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais estendem rali de alívio e Ibovespa reage às eleições mais um dia
Os investidores acompanham as falas de representantes de Bancos Centrais hoje; Christine Lagarde e Janet Yellen, secretária de Tesouro dos EUA são destaque
Esquenta dos mercados: Ibovespa digere eleição e nova configuração do Congresso; bolsas no exterior recuam à espera dos dados da semana
Os dados de emprego dos Estados Unidos dominam a semana enquanto os investidores acompanham reunião da Opep+
Esquenta dos mercados: Ibovespa digere debate quente da Globo, mas deve embarcar na alta das bolsas internacionais hoje
O índice de inflação dos Estados Unidos é o número mais importante do dia e pode azedar a alta das bolsas nesta manhã
Esquenta dos mercados: Bolsas lá fora ampliam cautela enquanto Ibovespa aguarda debate e relatório da inflação do BC hoje
O medo do exterior pressiona as bolsas por mais um dia: a perspectiva de um aperto monetário maior e mais longo injeta aversão ao risco nos investidores
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem antes de falas de Jerome Powell e dirigentes do Fed; Ibovespa acompanha Campos Neto e Guedes hoje
Por aqui, a última rodada da pesquisa Genial/Quaest antes do primeiro turno das eleições presidenciais mostra chances de que Lula ganhe no primeiro turno
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais tentam emplacar alta com busca por pechinchas; Ibovespa acompanha ata do Copom hoje
A prévia da inflação brasileira será divulgada na terça-feira e o IPCA-15 deve registrar deflação mais uma vez
Esquenta dos mercados: Semana das bolsas internacionais começa no vermelho com cautela global; Ibovespa acompanha reta final das eleições
A prévia da inflação brasileira será divulgada na terça-feira, enquanto o PCE, índice cheio dos EUA, é a bola da vez na sexta-feira
Esquenta dos mercados: Investidores recolhem os cacos da Super Quarta com bolsas internacionais em queda; Ibovespa reage ao Datafolha
Os investidores reagem hoje aos PMIs de grandes economias, como Zona do Euro, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem em ajuste após Fed apertar os juros; com Selic estável, Ibovespa reage à comunicado do BC
Enquanto isso, os investidores aguardam as decisões de juros de outros bancos centrais, em uma Super Semana para as bolsas
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais aguardam decisões de juros da Super Quarta; Ibovespa acompanha eleições mais um dia
A decisão dos Bancos Centrais do Brasil e dos Estados Unidos são os dois grandes eventos do dia e você confere o que esperar deles aqui