Bolsonaro provoca no debate e Chile chama embaixador de volta — entenda por que a relação entre os dois países estremeceu
No debate de domingo (28) na Band, o presidente brasileiro voltou a criticar o apoio do PT a governos de esquerda, como Argentina, Colômbia e Chile; as declarações pegaram mal no país vizinho
As veias da América Latina continuam abertas e o responsável da vez é o presidente Jair Bolsonaro (PL).
O Chile não gostou nada do que o chefe do Planalto falou sobre o presidente do país, Gabriel Boric, durante o debate de domingo (28) na Band e chamou o embaixador do Brasil para consultas.
Esse tipo de convocação é considerada grave do ponto de vista da diplomacia, já que pode ser o primeiro passo para a ruptura das relações entre dois países.
Mas o que o Bolsonaro falou que incomodou tanto?
No debate de ontem, Bolsonaro voltou a criticar o apoio do PT a governos de esquerda, como Argentina, Colômbia e Chile, e ditaduras comandadas por esquerdistas, como Venezuela e Nicarágua.
No caso chileno, o presidente candidato à reeleição acusou Gabriel Boric de "queimar o metrô" nos atos de 2019.
"Lula apoiou o presidente do Chile também. O mesmo que praticava atos de tocar fogo em metrôs lá no Chile. Para onde está indo o nosso Chile?", afirmou Bolsonaro.
Boric assumiu a presidência do Chile em março de 2022, aos 36 anos. Ele é um ex-líder estudantil que fez uma campanha calcada no discurso da esperança, com a promessa de fortalecer um estado de bem-estar social no país.
O Ministério das Relações Exteriores do Chile classificou as declarações de Bolsonaro como “inaceitáveis” e “infelizes”.
“O uso político da relação bilateral para fins eleitorais, baseado em mentiras, desinformação e deturpação, corrói não apenas o vínculo entre nossos países, mas também a democracia, prejudicando a confiança e afetando a irmandade entre os povos”, declarou a Ministério das Relações Exteriores do Chile, em nota publicada hoje.
No documento divulgado, o governo chileno declara que, além de ambos os países terem uma história comum, há enormes desafios a serem enfrentados de “forma colaborativa, razão pela qual espera continuar fortalecendo os laços permanentes de amizade e cooperação entre nossos países".
Sinais de hostilidade
De acordo com o jornal chileno “La Tercera”, quando Boric soube das declarações de Bolsonaro, ele procurou a ministra Antonia Urrejola para, com ela, pensar em como responder.
Segundo o jornal, antes dessas declarações, dirigentes de governo já viam sinais de hostilidade contra a gestão de Boric.
Sebastián Depolo foi indicado pelo Chile para ser o embaixador em Brasília há mais de 5 meses, e o governo brasileiro ainda não deu uma resposta.
Em linguagem diplomática, isso significa que o nome foi recusado.
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