A vida secreta dos gestores (quando a bolsa cai 7%)
A principal lição que os gestores experientes têm a nos dar hoje quando se trata de investimentos é: se você não tem condições de interferir no futuro, a melhor reação é a serenidade.
Sabe aquela história de que, durante o naufrágio do Titanic, parte da orquestra a bordo ignorou o fato de que no curto prazo todos estariam mortos e começou a tocar seus instrumentos? Eu, que tendo a ter uma visão mais pragmática da vida, sempre tive dúvida de que isso fosse verdade.
Via nessa narrativa uma boa dose de imaginário popular, com pitadas de licença poética de James Cameron, diretor do blockbuster que transformou em romance o acidente que deixou mais de 1.500 mortos em abril de 1912.
Confesso que minha consciência pesou quando fiz uma viagem a Liverpool, alguns anos atrás, e constatei que estava errada. Foi durante uma parada no Museu Marítimo no porto da cidade, onde eram sediadas as empresas britânicas especializadas em lançar grandes transatlânticos à América do Norte no início do século XX.
Em um andar do museu dedicado à história do Titanic, pude ler com meus próprios olhos relatos de quem presenciou oito músicos dotados do dom supremo de manter a frieza e o foco absolutos, mesmo diante da mais completa incerteza — incerteza sobre a própria sobrevivência, no caso.
Antes que se assuste com o rumo dessa conversa, um aviso importante: nada indica que a disseminação do coronavírus representará uma tragédia global ou um cenário de proporções irreversíveis, como a forte queda recente das Bolsas mundiais tem sugerido. Digo isso com base em conversas que temos feito com os mais experientes gestores de fundos de investimentos deste país.
Creio que, em momentos como esses, o melhor que temos a fazer é nos inspirar nos grandes. E a principal lição que os gestores experientes têm a nos dar hoje quando se trata de investimentos é: se você não tem condições de interferir no futuro, a melhor reação é a serenidade e até uma certa frieza, por mais difícil que seja tentar alcançá-las.
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“Ana, eu não sei nada sobre coronavírus e nem vou virar um expert em uma semana. Tudo o que posso fazer é manter proteções no meu portfólio, como sempre fiz.” Quem me disse isso foi o gestor responsável pelo fundo multimercado brasileiro mais ganhador dos últimos dois anos. Acho que é essa clareza que temos que mirar.
É claro que eles admitem; não é fácil ver o Ibovespa derretendo 7%, como na última quarta-feira de volta do Carnaval, e mais 2,5% ontem. Se é assim para quem é calejado, penso nos quase um milhão de novos investidores que entraram na Bolsa desde o início do ano passado e que estão tendo nesta semana seu batismo de sangue.
Para momentos de fraqueza, eles sugerem o seguinte exercício mental: como estará o mundo daqui a três meses? Será que o coronavírus ainda será motivo de preocupação? E em seis meses? A chance maior é de que, a essa altura, o investidor se lembre do coronavírus mais como uma janela de oportunidades que apareceu no meio de um bull market do que como uma mudança de tendência estrutural.
E antes que você pense que os grandes gestores são um poço de racionalidade e tranquilidade, não é nada disso. Eles apenas mantêm a frieza nos momentos em que não se tem muito a fazer, ao mesmo tempo em que traçam estratégias para aproveitar as oportunidades tão logo elas apareçam.
Na verdade, os melhores gestores que eu conheço são aqueles que nunca estão satisfeitos. Nos momentos de alta, estão preocupados com o que pode dar errado. Nunca baixam a guarda.
Espero que você, investidor, consiga se inspirar nos grandes gestores e manter a frieza e o foco necessários em momentos complicados de mercado como o que vivemos hoje. E saiba que nosso papel é estar ao seu lado também nessas horas, esse é o nosso trabalho e a nossa vocação.
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