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Kaype Abreu

Kaype Abreu

Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Colaborou com Estadão, Gazeta do Povo, entre outros.

de olho na reestruturação

Via Varejo avança na operação online, mas endividamento preocupa

Analistas estimam alta nas ações da varejista, que passa por um processo de reestruturação; crise do coronavírus deve ser obstáculo para empresa

Kaype Abreu
Kaype Abreu
26 de março de 2020
12:12 - atualizado às 12:21
Fachada da loja Casas Bahia, rede pertencente à Via (VIIA3)
Casas Bahia é uma das redes de lojas operadas pela Via (VIIA3) - Imagem: Shutterstock

O quarto trimestre de 2019 da Via Varejo agradou parte dos analistas, que vêem progresso no processo de restruturação da empresa. Para a XP Investimentos e Credit Suisse, o momento é de compra da ação. BTG Pactual se mantém neutro e diz que é importante monitorar o endividamento da empresa, em especial por conta da crise do coronavírus.

Analistas da Credit Suisse estimam que os papéis da Via Varejo (VVAR3) podem chegar a R$ 21 em 12 meses - o que representaria uma valorização de 267,78% em relação a cotação de ontem, de R$ 5,71. Os especialistas do BTG veem potencial de 52,54%, a R$ 8,71. Nesta quinta-feira (26), as ações da varejista subiam 9%, a R$ 6,24, mas desde janeiro derretem 45%.

A alta das ações nesta quinta acontece no primeiro pregão após a empresa divulgar que teve um lucro de R$ 78 milhões no quarto trimestre, revertendo um prejuízo de R$ 282 milhões no mesmo período do ano anterior. Em 2019, a varejista teve prejuízo de R$ 479 milhões.

O resultado é o primeiro fechado do ano após a retomada do controle acionário por parte da família de Michel Klein, que em junho de 2019 comprou toda a participação do GPA no capital social da Via Varejo. A operação aconteceu dez anos após ele ter negociado a fusão da Casas Bahia com o Ponto Frio e cedido o controle do negócio ao GPA.

Lado bom

Para os analistas da XP, o destaque no balanço da Via Varejo foi o que eles vêem como forte aceleração da operação de e-commerce, com um crescimento de 34,9% na comparação anual das vendas online.

O Credit Suisse aponta para o GMV (Gross Merchandise Volume), principal métrica de valuation e desempenho do setor de e-commerce, que avançou 28,8%. "É uma ótima notícia para nós, pois indica que o sistema de vendas ficou estável pela primeira vez em muito tempo", dizem os analistas do banco.

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A instituição norte-americana ainda cita a melhora em 58,4% no marketplace, devido expansão no número de sellers, maior oferta de produtos e melhoria do nível de serviço. Além de um aumento do número de usuários ativos nos aplicativos da Casas Bahia e Ponto Frio.

Os analistas da XP apontam "melhora substancial da rentabilidade", com expansão de 3,7 p.p da margem bruta na comparação anual, melhora na rentabilidade e relacionamento com fornecedores, e a capacidade de execução. Para a XP, são avanços que ajudarão no período de crise desencadeado pelo novo coronavírus.

Lado ruim

Segundo os analistas do Credit Suisse, é motivo de preocupação o recuo de 0,06% do "SSS" - same store sales, ou vendas em mesas lojas: indicador de produtividade de uma varejista.

Também segue monitorada dívida a empresa, que no final do ano passado chegou a R$ 1,6 bilhão. Os analistas do BTG, lembram que, como a Via Varejo tinha R$ 1,4 bilhão em caixa no final de 2019, o índice de liquidez chega a 0,8%.

Levando em conta a relação com os fornecedores, cujo aumento nas condições de pagamento tem sido um dos focos da empresa nos últimos meses, o índice de liquidez chega a 0,4%, dizem ainda os analistas.

"Considerando a grande turbulência na economia, será importante monitorar as iniciativas de contingência da empresa para economizar dinheiro durante esse período".

No último dia 23, os analisas do UBS disseram que a Via Varejo pode chegar ao final de 2020 com uma dívida líquida de R$ 6,9 bilhões. O banco assume que a varejista teria que liquidar seu estoque a toque de caixa e não realizaria vendas em lojas físicas no segundo trimestre, além de ter queda de 30% nas vendas online.

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