Saúde e varejo eletrônico devem puxar fusões e aquisições em 2021
Retomada deve ser puxada por investidores locais, com estrangeiros aguardando desdobramentos macroeconômicos no País para ingressarem com mais força

As perspectivas para as operações de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) no ano que vem são positivas, com o início da imunização da população contra a covid-19 e a normalização da atividade econômica.
Os segmentos de saúde, varejo eletrônico, tecnologia, educação e agronegócio, que saíram na frente ou até ganharam terreno em meio à pandemia, devem continuar liderando o cenário de negócios.
O sócio da consultoria Deloitte, Reinaldo Grasson, afirma que as empresas que contam com operações de M&A entre suas estratégias já se preparam para uma retomada, que deve se consolidar em 2022. Para isso, querem entender como setores e empresas vão sobreviver à possibilidade de inflação mais elevada, oscilação do câmbio e outros fatores macroeconômicos desafiadores que devem persistir no próximo ano.
"O investidor de M&A busca visibilidade, de como a cadeia de negócios envolvida na operação vai se comportar no ambiente ainda desafiador do ano que vem", diz Grasson.
Ao contrário do meio deste ano, quando era impossível fazer planos, com a chegada da vacina, o fim da pandemia é questão de tempo. "Por isso, a leitura é: quais são as empresas que vão chegar ao fim do processo e como vão chegar no fim do ano que vem para operar nos anos seguintes."
O sócio-fundador da G5 Capital, Corrado Varoli, afirma que as empresas demonstram necessidade de crescer olhando além de 2021, com aquisições fazendo parte dessa estratégia.
"Quando acontecia uma crise, a tendência era não fazer nada e quem fez isso se deu mal", diz. "A experiência de 2020 mudou a cabeça do empresariado brasileiro, no sentido de que, para sobreviver, é preciso olhar para frente. Por isso, vamos ter mais M&A e ofertas de ações no ano que vem."
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Investidor local puxando os negócios
O ano que vem deve continuar marcado também pela concentração dos negócios entre as empresas locais.
"O mercado brasileiro está tão dinâmico, com tantas oportunidades, que as famílias não precisam olhar fora do Brasil. As oportunidades estão aqui", diz Varoli, da G5 Capital.
Ele diz que os estrangeiros devem esperar um pouco mais os desdobramentos macroeconômicos no País para ingressarem com mais força. No entanto, ele vê grandes multinacionais fazendo negócios. "A tendência é que as multinacionais voltem a investir, já que, além de problemas, existem oportunidades e elas estão acostumadas com desafios."
Xavier, da Deloitte, afirma que este ano a representatividade de companhias estrangeiras nas transações de M&A caiu para cerca de 5%, de uma média de 25% a 30% há três anos. "Já vinha em queda e a pandemia claramente acentuou o quadro", diz. "Mas há ainda negócios sendo feitos em setores de capital intensivo como telecom e energia."
Riscos para este cenário
Rodolfo Spielmann, chefe para a América Latina do Canada Pension Plan, fundo de pensão de servidores do Canadá com mais de US$ 34 bilhões sob gestão, diz que o cenário para investimentos no Brasil é positivo, na medida em que a vacina tornou-se uma realidade globalmente.
"Estamos no meio de um filme que começou como de terror e, agora, passou a ser de suspense", diz.
Mas, segundo ele, o País deveria adotar ações para mostrar que está comprometido com uma agenda de responsabilidade em seus gastos e com a vacina. "Podemos ver cenário positivo para a economia, mesmo sem o auxílio emergencial, desde que haja encaminhamento das reformas."
Spielmann se diz otimista. Para ele, os investimentos no Brasil interessam ao fundo à medida que a estratégia montada é de médio e longo prazos. Mas é preciso haver convicção de não voltar às receitas populistas.
"Essa preocupação existe. A situação de gasto extraordinário com a covid passou e 2021 é um momento de ajuste e voltar à situação fiscal equilibrada", acrescenta.
* Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.
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