‘Não vou esperar empresa estrangeira ser protagonista do digital no Brasil’, diz CEO do Magazine Luiza
Depois de mais recente aquisição, Frederico Trajano diz em entrevista que estratégia de compras se concentra em um só objetivo: a conquista da liderança do mundo digital brasileiro
O período de pandemia foi agitado para o Magazine Luiza, que em 2020 foi às compras para reforçar sua operação digital, da logística à oferta de produtos, passando pela publicidade e pelas finanças.
Ao todo, foram 11 aquisições. E, ontem, a companhia anunciou a maior delas: pagou R$ 290 milhões pela fintech Hub, que foi fundada pelo empresário Carlos Wizard Martins há oito anos.
Em entrevista ao Estadão, o presidente do Magazine Luiza, Frederico Trajano, disse que a heterogênea estratégia de compras se concentra em um só objetivo: a conquista da liderança do mundo digital brasileiro.
"Não vou esperar uma empresa estrangeira ser protagonista digital no Brasil, seja ela chinesa, argentina ou americana", disse o executivo, referindo-se às gigantes Alibaba, Mercado Livre e Amazon. Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista:
Qual é a importância da Hub para o sistema digital do Magazine Luiza?
É muito importante. Ela tem acesso ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e também ao PIX, pois, desde julho, tem autorização do Banco Central como instituição de pagamento. Ter isso dentro de casa reduz a nossa necessidade de contratar prestadores de serviço, reduzindo as fricções do cliente nas operações. Isso vai ajudar tanto o MagaluPay, voltado ao público em geral, que lançamos em julho, quanto o Magalu Pagamentos, voltado para os vendedores do nosso marketplace, que existe desde abril. E vamos ter uma equipe de 250 pessoas adicionada ao nosso time, incluindo cem desenvolvedores.
Leia Também
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Por que esse ambiente de pagamentos é tão importante para a estratégia de superapp?
A Hub se encaixa como uma luva na nossa estratégia, pois a conta de pagamentos é elo fundamental de todos os superapps da China - como o WeChat, que tem o WeChatPay, e o Alibaba, que tem o AliPay.
Isso vai acelerar o crescimento do Magalu na área?
O crescimento em ritmo chinês já faz parte da nossa estratégia. O que a gente quer aumentar é a penetração desses serviços (na vida das pessoas). Hoje, temos 2 milhões de clientes com contas abertas no MagaluPay, mas nem todos são ativos. A ideia é ampliar a oferta de produtos financeiros em todo o ecossistema. E é também uma oportunidade de monetizar e gerar mais resultados em todas essas transações.
Com isso, o Magalu poderá ajudar os desbancarizados?
A gente já ajuda a bancarizar no Brasil, com o LuizaCred, temos 4 milhões de cartões emitidos, o que é mais do que o Nubank ou o Carrefour. A Hub é uma empresa de tecnologia que vai se conectar tanto com a operação de varejo quanto ao LuizaCred. Ela vai fazer toda essa ligação do sistema (financeiro) que a gente já tem, ampliando possibilidades.
Qual é o balanço das aquisições deste ano?
A gente tem cinco pilares estratégicos: o superapp, a entrada em novas categorias de produtos, agilização das entregas, crescimento exponencial do negócio e pensar o Magalu como um provedor de serviços. Todas as 11 aquisições seguem esse direcionamento. São peças que se encaixam perfeitamente a essa estratégia.
Com o repique de covid-19, está difícil prever o ano de 2021?
O Brasil é volátil por natureza. Se nem o Banco Central consegue prever o que vai acontecer, não é a gente (que vai conseguir). Tenho de preparar meu time para que a gente cresça independentemente do cenário. Um modelo de negócios mais amplo, por exemplo, reduz riscos. E uma coisa não vai mudar: o Brasil ficou mais digital, mas a fatia (nas vendas) subiu de 5% para 10% (na pandemia). Tem muito espaço para crescer, pois na China esse porcentual é de 30%. E queremos ser protagonistas no digital. Não vou esperar uma empresa estrangeira ser protagonista digital no Brasil, seja ela chinesa, argentina ou americana.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas
Direito ao voto: Copel (CPLE3) migra para Novo Mercado da B3 e passa a ter apenas ações ordinárias
De acordo com a companhia, a reestruturação resulta em uma base societária mais simples, transparente e alinhada às melhores práticas do mercado
Então é Natal? Reveja comerciais natalinos que marcaram época na televisão brasileira
Publicidades natalinas se tornaram quase obrigatórias na cultura televisiva brasileira durante décadas, e permanecem na memória de muitos; relembre (ou conheça) algumas das mais marcantes
Com duas renúncias e pressão do BNDESPar, Tupy (TUPY3) pode eleger um novo conselho do zero; entenda
A saída de integrantes de conselhos da Tupy levou o BNDESPar a pedir a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para indicar novos nomes. Como o atual conselho foi eleito por voto múltiplo, a eventual AGE pode resultar na eleição de todo o colegiado
Natal combina com chocolate? Veja quanto custa ter uma franquia da incensada Cacau Show e o que é preciso para ser um franqueado
A tradicional rede de lojas de chocolates opera atualmente com quatro modelos principais de franquia
Energisa (ENGI3) avança em reorganização societária com incorporações e aumento de capital na Rede Energia
A Energisa anunciou a aprovação de etapas adicionais da reorganização societária do grupo, com foco na simplificação da estrutura e no aumento da eficiência operacional
Sinal verde no conselho: Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial
Conselho de administração aprovou os termos do plano de recuperação do Grupo Ambipar, que já foi protocolado na Justiça, mas ainda pode sofrer ajustes antes da assembleia de credores
AZUL4 com os dias contados: Azul convoca assembleias para extinguir essas ações; entenda
Medida integra o plano de recuperação judicial nos EUA, prevê a conversão de ações preferenciais em ordinárias e não garante direito de retirada
Totvs (TOTS3) acerta aquisição da empresa de software TBDC, em estratégia para fortalecer presença no agro
Negócio de R$ 80 milhões fortalece atuação da companhia no agronegócio e amplia oferta de soluções especializadas para o setor
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores