Itaú marca data da assembleia que vai definir “divórcio” da XP
Assembleia marcada para 31 de janeiro de 2021 vai discutir a proposta de separação da participação de 40,52% que o Itaú detém na XP em uma nova empresa
O Itaú Unibanco marcou a data da assembleia de acionistas que vai decidir sobre o processo de separação da participação detida na XP Investimentos: 31 de janeiro de 2021. O banco pretende separar a participação de 40,52% que detém na corretora em uma nova empresa, batizada de Newco.
Com a operação, cada acionista do Itaú receberá a mesma quantidade de ações da nova companhia — que também será negociada na B3 — e decidir individualmente se pretende manter ou não participação na XP.
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O Itaú anunciou que estudava o "divórcio" da sociedade com a corretora no início de novembro. O processo envolveu a venda de uma participação de 5% em uma oferta realizada no começo de dezembro e que rendeu quase US$ 1 bilhão ao banco.
O Itaú comprou uma participação de 49,9% no capital da XP em 2017, por R$ 6,3 bilhões. O acordo original previa a opção de o banco assumir o controle acionário da corretora. Mas o BC acabou vetando essa possibilidade como condição para aprovar o negócio.
De todo modo, o bancão não tem do que reclamar do investimento, já que a XP hoje é avaliada em US$ 22 bilhões (R$ 116 bilhões, no câmbio atual).
A separação agora também depende do aval tanto do Banco Central como das autoridades regulatórias dos Estados Unidos e Reino Unido.
O modelo final da "separação de bens" ainda pode mudar. Isso porque a XP quer aproveitar a operação para fazer uma proposta pelas ações com "supervoto" que hoje estão nas mãos do Itaú.
Listada na Nasdaq, a XP possui dois tipos de ações. Os papéis classe A, que são os negociados na bolsa norte-americana, dão direito a um voto cada, enquanto que os da classe B, que pertencem aos controladores, têm dez votos cada.
Essa estrutura acionária permite que os sócios da XP continuem comandando a companhia mesmo sem ter a maioria do capital da empresa.
A XP informou que estuda propor uma fusão com a Newco, a empresa que receberá a participação que o Itaú possui na corretora. Em troca, oferece aos acionistas da Newco ações classe A da corretora. Desta forma, passariam a deter uma participação direta na XP.
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