Iata piora projeção para demanda por viagens aéreas em 2020
Demanda global deve cair 66% em 2020; estimativa anterior era de queda de 63%

Diante da dificuldade em retomar os mercados por causa da pandemia do novo coronavírus, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) piorou a estimativa de perda na demanda para o mercado global neste ano.
Segundo os números divulgados na manhã desta terça-feira (29), a demanda global (medida pela relação passageiro-quilômetro transportados, ou RPK, no jargão do setor) deve fechar em queda de 66% em 2020 na comparação com 2019. A estimativa anterior era de queda de 63%.
"Achamos que a temporada de inverno vai ser muito desafiadora para a indústria", disse o economista-chefe da Iata, Brian Pearce, durante evento com jornalistas.
Segundo a Iata, os dados de reservas para o quarto trimestre sinalizam um enfraquecimento na demanda. Em outubro, as reservas apresentaram queda de 76% na comparação anual, atingindo 81% e 76% de queda em novembro e dezembro e reforçando um trimestre mais fraco do que o período entre julho e setembro.
Pearce destacou que o mercado doméstico se mostra mais encorajador, enquanto a demanda internacional em agosto continuou fraca. "Mesmo o mercado doméstico, que está mostrando mais força, ele também está com muita volatilidade", disse.
Enquanto na Rússia o mercado doméstico retomou os níveis de 2019 em agosto, na esteira de um corte mais robusto nas taxas por parte do governo daquele país, na Austrália a demanda do mercado doméstico ficou 91% abaixo em agosto, com uma segunda onda do vírus comprometendo os negócios.
A segunda onda em alguns países, por sinal, trouxe estresse ao mercado e impôs dificuldade em regiões como a Europa. Embora as fronteiras não tenham sido fechadas, há uma resistência por parte dos passageiros em viajar se eles forem obrigados a ficar em quarentena no país destino.
Demanda em agosto
A demanda global por transporte aéreo medida pela relação passageiro-quilômetros transportados apresentou queda de 75,3% em agosto na comparação com igual mês de 2019, segundo dados da Iata.
O dado mostra uma retomada tímida na comparação com julho, mês em que foi registrado queda contra igual mês de 2019 de 79,5%.
No Brasil, a Iata apontou que a demanda doméstica apresentou queda de 67% em agosto na comparação anual. A oferta recuou de 64,3%.
O cenário é mais complexo na Austrália, onde uma segunda onda do vírus fez a demanda retroceder 91,5% no mês. A Rússia, na contramão, conseguiu registrar alta de 3,8% na demanda no período, sustentada por incentivos adotados pelo governo local.
*Com informações da Estadão Conteúdo
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