Gestora criada por Paulo Guedes embolsa até R$ 1,1 bilhão com venda de ações da Afya
Com a ida para o governo, o ministro não verá a cor desse dinheiro, mas é provável que ele tenha negociado uma boa compensação ao sair da gestora, já prevendo o sucesso do grupo de educação
O ministro Paulo Guedes deixou uma verdadeira mina de ouro para trás ao assumir um cargo no governo Bolsonaro e deixar a sociedade na gestora de fundos Bozano, que mudou o nome para Crescera.
O fundo da gestora acaba de garantir US$ 215 milhões (R$ 925 milhões ao câmbio de R$ 4,30) com a venda de ações na Afya, grupo de educação voltado a cursos de medicina que abriu o capital no ano passado na bolsa americana Nasdaq.
O valor final pode chegar aos US$ 250 milhões (R$ 1,1 bilhão) com a venda de um lote adicional que pode ocorrer nos próximos dias.
A oferta de ações da Afya pode movimentar até US$ 393 milhões (quase R$ 1,7 bilhão) no total, sem considerar o lote que ainda pode ser vendido. O preço por ação foi definido em US$ 27,50.
Uma parte dos recursos captados foi para o caixa da empresa, que pretende usar o dinheiro em aquisições e investimentos em negócios complementares.
A Afya abriu o capital na Nasdaq em julho do ano passado. O grupo foi criado a partir da união da NRE Educacional, maior grupo de faculdade de Medicina do país, com a Medcel, marca de cursos digitais preparatórios para provas de residência médica.
Leia Também
Quase sete vezes
O aporte na empresa de educação foi realizado pelo fundo captado em 2015 pela Crescera, que na ocasião tinha Paulo Guedes como um de seus principais sócios. A gestora investiu pouco mais de R$ 600 milhões na Afya, e até a venda das ações na oferta anunciada nesta semana detinha 37,5% do capital.
O desempenho final do investimento do fundo de Paulo Guedes na Afya só será conhecido quando toda a participação for vendida. Mas pelas minhas contas, o retorno do fundo da Crescera equivale a quase 7 vezes o capital investido até o momento. Eu já havia escrito sobre o ganho da antiga gestora de Paulo Guedes nesta matéria.
O fundo da Crescera tem entre os principais cotistas a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, o BNDES e o grupo de mídia alemão Bertelsmann, além do dinheiro de famílias milionárias. O ganho da gestora virá da taxa de performance, que pode chegar a 30% sobre o que superar o IPCA 25% ao ano.
Com a ida para o governo, Paulo Guedes não verá a cor desse dinheiro. Mas como não tem bobo no mercado financeiro, é bem provável que o ministro de Bolsonaro tenha negociado uma boa compensação ao sair da sociedade na gestora, já prevendo o sucesso que seria a oferta de ações da Afya.
Após a venda das ações, a participação da Crescera no grupo de educação pode cair para 26%. Mas como a gestora possui um tipo de ação que dá direito a dez votos cada, a fatia no capital votante equivale a 46,4%.
Procurada, a Crescera informou que não tem permissão para comentar o retorno dos seus investidores. "As informações públicas já foram divulgadas e estão disponíveis nos órgãos reguladores. Vale ressaltar que o ministro Paulo Guedes se desligou por completo da gestora em 2018", acrescentou, em nota encaminhada pela assessoria de imprensa.
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social
Exclusivo: Oncoclínicas (ONCO3) busca novo CEO e quer reestruturar todo o alto escalão após a crise financeira, diz fonte
Após erros estratégicos e trimestres de sufoco financeiro, a rede de oncologia estuda sucessão de Bruno Ferrari no comando e busca novos executivos para a diretoria
Copasa (CSMG3): lei para a privatização da companhia de saneamento é aprovada pelo legislativo de Minas Gerais
O texto permite que o estado deixe de ser o controlador da companhia, mas mantenha uma golden share, com poder de veto em decisões estratégicas
B de bilhão: BB Seguridade (BBSE3) anuncia quase R$ 9 bi em dividendos; Cemig (CMIG4) também libera proventos
Empresas anunciam distribuição farta aos acionistas e garantem um fim de ano mais animado
