De olho em novos clientes, Via Varejo muda marca das Casas Bahia e quer lojas ‘estilo Apple’
Após reformas na gestão e um processo intenso de digitalização das suas marcas, as Casas Bahia tem um novo alvo: ir atrás do público de alta renda.
Depois de um ano de trabalho intenso, a nova gestão da Via Varejo, dona de marcas como Casas Bahia e Ponto Frio, começa a dar os próximos passos para reconquistar a parcela da participação de mercado perdida nos últimos anos, quando a companhia era controlada pelo grupo francês Casino. Neste período, a empresa ficou defasada e viu a concorrente Magazine Luiza ganhar espaço e se tornar referência em tecnologia e atendimento ao cliente.
Após reformas na gestão e um processo intenso de digitalização das suas marcas, as Casas Bahia tem um novo alvo: ir atrás do público de alta renda.
A nova marca, conforme explica a diretora de marketing da Via Varejo, Ilca Sierra, mostra o aspecto "democrático" da Casas Bahia - ou seja, sua capacidade de atender a diversos públicos. Com o redesenho de sua imagem, a varejista pretende provar que também pode ser boa opção para o público de alta renda, e não apenas para quem compra eletrodomésticos em prestações a perder de vista.
As mudanças que agora vão ficar mais transparentes para o consumidor são resultado de um ano de trabalho da nova equipe de executivos da Via Varejo. Depois que o empresário Michel Klein, membro da família fundadora da rede, voltou a ser o principal acionista da companhia, a rede vem fazendo uma caminhada ladeira acima. Liderada pelo executivo Roberto Fulcherberguer, uma dezena de novos executivos foi contratada em 2019 - incluindo Ilca, do marketing, que veio justamente do Magazine Luiza.
O desempenho da rede melhorou, o que se refletiu nas ações da companhia: em 12 meses, os papéis mais negociados da Via Varejo subiram 166% e fecharam a sexta-feira negociados a R$ 19,54. As vendas pela internet, que patinavam em pífios 18% há um ano, atingiram 27% da receita total no primeiro trimestre. Os desempenhos ainda estão aquém dos apresentados pelo Magazine Luiza - que tem metade do seu negócio baseado em e-commerce e papel valendo quase R$ 80 na B3 -, mas a varejista garante que vai continuar a inovar.
A empresa cresceu mais as vendas pela web durante a pandemia. Em fato relevante divulgado na semana passada, a empresa informou forte expansão de vendas online em algumas categorias em maio e junho, na comparação com igual período de 2019: o avanço foi de 859% em câmeras e games, de 475% em informática e de 382% em televisores. Parte desse resultado se deu pelo lançamento do programa Me Chama no Zap, que recrutou vendedores das lojas para ajudar o cliente a comprar pela internet.
Leia Também
Energisa (ENGI3) avança em reorganização societária com incorporações e aumento de capital na Rede Energia
Sinal verde no conselho: Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial
Mas a "virada" da Casas Bahia está longe de estar completa. As lojas físicas ainda vão precisar passar por uma revisão - o processo de troca de marca deve levar dois anos. Mas Ilca diz que existem planos para dar um “banho de loja” na experiência física, com a criação de lojas no "estilo Apple". "O cliente vai poder fazer toda a operação sem ir ao caixa. O vendedor vai fazer o atendimento e também cuidar do pagamento", explica.
Para o consultor Marcos Gouvêa de Souza, da Gouvêa, a Via Varejo tem feito um bom trabalho em recuperar o tempo perdido. O caminho, no entanto, será difícil, visto que o Magazine Luiza navegou sozinho no setor por anos. "O trabalho do último ano abriu caminhos. E eles fizeram uma boa aposta na compra do banco digital (o BanQi)", diz Gouvêa de Souza.
Ponto Frio
Com a renovação da Casas Bahia, o "banho de loja" já feito na operação digital e a planejada renovação dos pontos de venda físicos, como fica a outra marca da Via Varejo, o Ponto Frio? Mesmo depois da mudança de sócio e da direção da gigante varejista, pouco se falou da bandeira. No ano passado, chegou-se a aventar a eliminação da bandeira, mas agora diz estar trabalhando em alternativas para ela.
Para Gouvêa de Souza, com a Casas Bahia se tornando buscando também a alta renda, a permanência do Ponto Frio só faz sentido se a marca for transformada no futuro em uma espécie de Fast Shop. Fontes do setor duvidam que essa "virada" seja possível. A Via Varejo, por enquanto, não confirma se seguirá esse caminho.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
*Com Estadão Conteúdo
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social