Caixa forte e venda pela web dão fôlego a empresas na crise
Última colocada no ranking do Itaú BBA, a CVC vive um momento em que sabe que terá de queimar caixa nos próximos meses
A atuação online e o fôlego financeiro de longo prazo vão fazer a diferença para as empresas de consumo quando o cenário de retomada econômica após a crise do novo coronavírus se desenhar. Esses dois fatores se apresentam como preponderantes para as companhias, segundo estudo realizado pelo banco de investimentos Itaú BBA.
Considerado o cenário de uma crise aguda, o estudo aponta que, entre 16 empresas de consumo de capital aberto analisadas, as cinco mais bem posicionadas para enfrentar a crise são Mercado Livre, Raia Drogasil, Carrefour, Magazine Luiza e Vivara. Nesse grupo, há um peso do setor, já que farmácias e supermercados têm funcionado normalmente, mas há também segmentos muito prejudicados, como o de eletrodomésticos e produtos de luxo.
É nesse ponto em que o fator execução de negócio ganha um peso grande. Embora o setor de atuação tenha sido considerado na hora de definir o ranking - que atribuiu notas de 1 a 5 aos negócios -, um peso duplo foi atribuído à saúde geral de cada negócio, segundo Thiago Macruz, analista do Itaú BBA e responsável pela pesquisa.
Na ponta oposta, a das empresas que terão mais dificuldades em enfrentar a crise, a última colocada é a CVC. Nesse caso, há peso forte do setor, já que o segmento de viagens e turismo deve ser um dos últimos a se recuperar. Ao lado da agência de turismo também aparecem a Via Varejo - dona de Casas Bahia e Ponto Frio - e a Guararapes, que controla a Riachuelo.
Macruz, do Itaú BBA, ressalta que as notas não refletem uma aposta definitiva nas primeiras colocadas ou uma sentença de morte às últimas. "As companhias de varejo vinham tendo ótimos resultados até a crise do coronavírus", destaca. "Algumas tomaram decisões pré-crise que diminuíram os danos, mas é inegável: todas sofrerão."
Entre as primeiras colocadas, o Magazine Luiza se destaca pela forte posição de caixa e pela sólida atuação no e-commerce, que representa 45% de seus negócios, aponta o Itaú BBA. Segundo Eduardo Galanternick, diretor de e-commerce do Magazine, a empresa ampliou sua atuação no online, que hoje também inclui livros, bens de consumo e beleza. "Não passaríamos por essa crise vendendo só geladeira fogão e celular", diz.
Leia Também
A Raia Drogasil, turbinada pela vantagem de estar em um setor que se fortaleceu na crise de saúde, testa inovações no momento. A rede, diz o presidente Marcílio Pousada, começou a fazer entrega de remédios a idosos. "O custo de operar nesta crise fica maior, mas passamos a adotar medidas que nos ajudam a trazer satisfação ao cliente."
A Vivara, que atua em um nicho, de produto supérfluo, tem vantagens de execução. "A Vivara tem produção própria e é líder de setor. Por isso, em um momento difícil, pode ganhar mercado. Ela criou um negócio de produtos de prata. Caso as pessoas deixem de comprar ouro, ela tem uma opção mais barata para oferecer", diz o Itaú BBA.
Já o Mercado Livre, além de ser um e-commerce puro, atua com vendedores independentes, o que reduz custos. Procurada, a empresa informou que a área de bens de consumo - alimentos, higiene e beleza, por exemplo - cresceu 132% entre 17 de março e 2 de abril, em relação ao mesmo período de 2019.
Dificuldades
Última colocada no ranking do Itaú BBA, a CVC vive um momento em que sabe que terá de queimar caixa nos próximos meses. Segundo apurou o Estado, a companhia espera algum tipo de resgate para pequenos negócios, o que daria fôlego à sua rede de vendas, composta por franqueados.
Na penúltima posição do estudo está a Guararapes, que sofre com uma operação online quase nula, alta exposição a produtos importados e resultados voláteis, segundo o Itaú BBA.
A outra empresa a receber nota abaixo de três foi a Via Varejo. O Itaú BBA destaca a pequena participação do online nas vendas da rede, além dos resultados ainda fracos. A reportagem apurou que a dona da Casas Bahia está trabalhando para ampliar sua pegada digital - no início de 2020, a fatia de vendas pela internet já teria crescido.
Procuradas, CVC, Via Varejo, Vivara, Carrefour e Guararapes não comentaram. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Americanas (AMER3) aceita nova proposta da BandUP! para a venda da Uni.Co, dona da Imaginarium e Pucket; entenda o que falta para a operação sair do papel
A nova oferta conta com os mesmos termos e condições da proposta inicial, porém foi incluído uma provisão para refletir novas condições do edital de processo competitivo
Vale tudo pelos dividendos da Petrobras (PETR4)? O que esperar do plano estratégico em ano de eleição e petróleo em queda
A estatal está programada para apresentar nesta quinta-feira (27) o novo plano de negócios para os próximos cinco anos; o Seu Dinheiro foi atrás de pistas para contar para você o que deve ser divulgado ao mercado
Lula mira expansão da Petrobras (PETR4) e sugere perfuração de gás em Moçambique
O presidente afirmou que o país africano tem muito gás natural, mas não tem expertise para a extração — algo que a Petrobras pode oferecer
Mais um adeus à B3: Controladora da Neoenergia (NEOE3) lança OPA para comprar ações e retirar empresa da bolsa
A espanhola Iberdrola Energia ofereceu um prêmio de 8% para o preço dos papéis da Neoenergia; confira o que acontece agora
Banco Master: Light (LIGT3) e Gafisa (GFSA3) dizem não ter exposição ao banco, após questionamentos da CVM
A Light — em recuperação judicial — afirmou que não mantém qualquer relação comercial, operação financeira ou aplicação ligada ao Banco Master ou a instituições associadas ao conglomerado.
Hapvida (HAPV3) revive pesadelo do passado… só que pior: além do balanço, o que realmente está por trás da queda de 42% em um dia?
Não é a primeira vez que as ações da Hapvida são dilaceradas na bolsa logo após um balanço. Mas agora o penhasco foi maior — e tem muito mais nisso do que “só” os números do terceiro trimestre
Sem esclarecer irregularidades, Banco Master diz não ser responsável por R$ 12,2 bilhões repassados ao BRB
Segundo o Master, a empresa que deu origem ao crédito foi a responsável pela operação e pelo fornecimento da documentação com irregularidades
Após privatização e forte alta, Axia Energia (AXIA3), Ex-Eletrobras, ainda tem espaço para avançar, diz Safra
O banco Safra reforçou a recomendação outperform (equivalente a compra) para a Axia Energia após atualizar seus modelos com os resultados recentes, a nova política de dividendos e premissas revisadas para preços de energia. O banco fixou preço-alvo de R$ 71,40 para AXIA3 e R$ 77,60 para AXIA6, o que indica retorno potencial de 17% […]
Neoenergia (NEOE3) levanta R$ 2,5 bilhões com venda de hidrelétrica em MT, mas compra fatia na compradora e mantém participação indireta de 25%
Segundo a Neoenergia, a operação reforça sua estratégia de rotação de ativos, com foco na otimização do portfólio, geração de valor e disciplina de capital.
Hapvida (HAPV3): Itaú BBA segue outras instituições na avaliação da empresa de saúde, rebaixa ação e derruba preço-alvo
As perspectivas de crescimento se distanciaram das expectativas à medida que concorrentes, especialmente a Amil, ganharam participação nos mercados chave da Hapvida, sobretudo em São Paulo.
BRB já recuperou R$ 10 bilhões em créditos falsos comprados do Banco Master; veja como funcionava esquema
Depois de ter prometido mundos e fundos aos investidores, o Banco Master criou carteiras de crédito falsas para levantar dinheiro e pagar o que devia, segundo a PF
Banco Master: quem são os dois empresários alvos da operação da PF, soltos pela Justiça
Empresários venderam carteiras de crédito ao Banco Master sem realizar qualquer pagamento, que revendeu ao BRB
Uma noite sobre trilhos: como é a viagem no novo trem noturno da Vale?
Do coração de Minas ao litoral do Espírito Santo, o Trem de Férias da Vale vai transformar rota centenária em uma jornada noturna inédita
Com prejuízo bilionário, Correios aprovam reestruturação que envolve demissões voluntárias e mais. Objetivo é lucro em 2027
Plano prevê crédito de R$ 20 bilhões, venda de ativos e cortes operacionais para tentar reequilibrar as finanças da estatal
Supremo Tribunal Federal já tem data para julgar acordo entre Axia (AXIA3) e a União sobre o poder de voto na ex-Eletrobras; veja
O julgamento acontece após o acordo entre Axia e União sobre poder de voto limitado a 10%
Deixe o Banco do Brasil (BBAS3) de lado: para o Itaú BBA, é hora de olhar para outros dois bancões — e um deles virou o “melhor da bolsa”
Depois da temporada de balanços do terceiro trimestre, o Itaú BBA, que reiterou sua preferência por Nubank (ROXO33) e Bradesco (BBDC4), enquanto rebaixou a indicação do Santander (SANB11) de compra para neutralidade. Já o Banco do Brasil (BBAS3) continua com recomendação neutra
O novo trunfo do Magazine Luiza (MGLU3): por que o BTG Pactual vê alavanca de vendas nesta nova ferramenta da empresa?
O WhatsApp da Lu, lançado no início do mês, pode se tornar uma alavanca de vendas para a varejista, uma vez que já tem mostrado resultados promissores
5 coisas que o novo Gemini faz e você talvez não sabia
Atualização do Gemini melhora desempenho e interpretação de diferentes formatos; veja recursos que podem mudar sua rotina
Vibra (VBBR3) anuncia R$ 850 milhões em JCP; Energisa (ENGI11) e Lavvi (LAVV3) anunciam mais R$ 500 milhões em dividendos
Vibra e Energisa anunciaram ainda aumentos de capital com bonificação em ações; veja os detalhes das distribuições de dividendos e ações
Nvidia (NVDC34) tem resultados acima do esperado no 3T25 e surpreende em guidance; ações sobem no after market
Ações sobem quase 4% no after market; bons resultados vêm em meio a uma onda de temor com uma possível sobrevalorização ou até bolha das ações ligadas à IA