Livro de fundador da Empiricus defende o valor da estratégia para o investidor de sucesso
Escrito por Felipe Miranda e pelo jornalista Ricardo Mioto, “Princípios do Estrategista” une os cânones da academia à “sabedoria das ruas” para mostrar como ganhar dinheiro no mercado
Ler os relatórios que os analistas profissionais escrevem sobre as empresas na bolsa pode ser muitas vezes uma tarefa penosa. Talvez por isso eu ainda me lembre do frisson provocado há pouco mais de uma década, quando um texto totalmente original circulou na redação do jornal onde trabalhava.
O conteúdo trazia as tradicionais recomendações na bolsa num tom bem humorado e misturadas a referências inusitadas a filmes como Bastardos Inglórios, de Quentin Tarantino. Como se não bastasse, os analistas ironizavam o próprio trabalho dos colegas da Faria Lima — o centro nervoso do mercado financeiro.
O relatório em questão era assinado por uma casa desconhecida chamada Empiricus, que naquele momento criava um novo negócio no país: o de avaliação e recomendação independente de investimentos.
Então era de se esperar que o livro Princípios do Estrategista, escrito por Felipe Miranda, sócio-fundador e estrategista-chefe da Empiricus, ao lado do jornalista Ricardo Mioto, não se contentasse como a abordagem convencional de "como ganhar dinheiro no mercado financeiro".
A obra que acaba de chegar às livrarias traz o mesmo propósito de desmistificar o universo das finanças — mas sem perder a profundidade e a análise crítica — das newsletters diárias que Miranda escreve para os assinantes da Empiricus — e republicadas aqui no Seu Dinheiro.
Ainda que traga como parte do subtítulo o chamativo "caminho para a riqueza", o livro apresenta logo de cara a realidade aos interessados em ganhar dinheiro rápido: enquanto os bons investidores se aparecem, os ruins são ruins cada um à sua maneira.
Leia Também
Além de Tolstói, os autores recorrem referências que vão da filosofia ao futebol. Uma das grandes qualidades de Princípios do Estrategista está justamente em unir os cânones da academia à “sabedoria das ruas”, o que torna a leitura agradável e palatável mesmo para quem ainda está dando os primeiros passos na "arte" de investir.
A ignorância, alías, é uma virtude do bom investidor. Quem compreende que sempre haverá alguém do outro lado mais bem preparado e informado sai em vantagem. “Antes de vencer o mercado, você tem derrotar você mesmo”, escrevem os autores.
Por isso a importância da estratégia — e neste ponto o título do livro não podia ser mais certeiro. Depois de apontar todas as dificuldades de se conseguir um desempenho médio melhor que o do mercado, os autores mostram como é possível explorar as ineficiências dos grandes investidores.
Uma das armas que o pequeno investidor tem à disposição é a paciência. Apesar da posição “agnóstica” com relação ao “day trade”, o livro traz vários alertas sobre as operações de compra e venda de ações num único dia e faz uma clara defesa da visão de longo prazo.
É claro que não basta comprar uma ação e esperar que ela se valorize magicamente daqui a alguns anos. Depois de mostrar o que diferencia os bons investidores dos ruins, o livro faz o mesmo com as empresas listadas na bolsa.
Ainda que mostrem uma clara preferência pelas ações, os autores não deixam de lado o valor da diversificação como parte da estratégia dos investidores de sucesso.
“Uma carteira ideal seria uma na qual, se uma tempestade medonha nos esperar, teremos boa parte do nosso dinheiro alocado em ativos seguros e proteções. Se o caminho for de brisa ensolarada, nossos ativos de risco vão garantir a festa.”
A maior lição de Princípios do Estrategista, porém, é mostrar que nem sempre teremos a carteira ideal. Os erros durante o percurso são inevitáveis. O que vai fazer a diferença é a forma como cada investidor lida com eles.

Princípios do Estrategista
Autores: Felipe Miranda e Ricardo Mioto
Editora Intrínseca
320 páginas
Preço: R$ 59,90
E-book: R$ 29,90
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
