Economia começava a acelerar e bateu no muro, diz sócio da Brasil Capital
Gestora reabre para captação fundo de ações que rendeu 955% em 12 anos – contra 83% do Ibovespa – com foco em empresas com caixa para atravessar a crise provocada pela pandemia do coronavírus

No olho do furacão do choque do coronavírus que levou a bolsa brasileira a uma de suas maiores quedas históricas, a gestora de fundos Brasil Capital começou a receber provocações de grandes investidores locais e estrangeiros.
Eles não queriam sacar os recursos aplicados, como era de se esperar numa situação dessas, mas saber se podiam investir mais.
A gestora decidiu, então, reabrir o fundo para captações não só para o público institucional mas também nas plataformas de investimento no varejo a partir desta semana.
Com um retorno acumulado de 955% em 12 anos, contra apenas 83% do Ibovespa no mesmo período, a Brasil Capital é responsável por um dos fundos de ações mais rentáveis do mercado brasileiro.
Mas a gestora não escapou do “banho de sangue” na bolsa e amargou uma queda de 34% neste fatídico mês de março. “Estou no mercado há 20 anos, e o que aconteceu não tem precedentes”, me disse André Ribeiro, sócio da Brasil Capital, que possui R$ 5 bilhões sob gestão.
A economia do país começava a acelerar – com inflação baixa e reformas importantes aprovadas – quando de repente “bateu no muro”, segundo o gestor.
Leia Também
“Nunca houve uma crise em que as companhias parassem de um dia pro outro, as lojas fossem fechadas e as pessoas ficassem dentro de casa.”
Esse cenário sombrio para a economia, somado à crise séria de saúde, deu margem para que os investidores atuassem de modo emocional e vendessem suas ações a qualquer preço. O mesmo sentimento passou pela cabeça do gestor.
“Por mais experiência que eu tenha, fiquei angustiado, a equipe também. Nosso capital e o das nossas famílias também está no fundo, com foco no longo prazo. A responsabilidade é muito grande.” – André Ribeiro, Brasil Capital
Reavaliação e reforço de posições
E o que fez a Brasil Capital em meio ao pânico? Ribeiro disse que cada uma das 20 empresas do portfólio passou por uma reavaliação, assumindo uma série de cenários.
“Se a empresa deixar de vender três meses vai sobreviver? E por nove? Tem dívida vencendo? O plano de negócios médio e longo prazo vai ser afetado?”
A conclusão da equipe da Brasil Capital é que as companhias investidas pelo fundo vão suportar a crise. Além de não se desfazer dos papéis, a gestora aproveitou para fazer pequenos aumentos de posição em empresas como a B3 – operadora da bolsa e da Cetip.
A Brasil Capital também aproveitou a queda das ações da SulAmérica para aumentar a participação na empresa. Os papéis caíram forte com a visão de que o coronavírus vai aumentar as despesas da companhia, que tem hoje o seguro-saúde como carro-chefe.
Mas Ribeiro tem uma expectativa diferente. “Pelo contrário, no curto prazo talvez a sinistralidade até diminua.” Isso porque, diante da pandemia, praticamente todos os procedimentos médicos que não são urgentes devem ser adiados, o que reduz custos para a companhia.
A SulAmérica também deve contar com o reforço de caixa de quase R$ 3 bilhões com a venda do negócio de seguro de automóveis para a Allianz.
A boa posição de caixa também justifica a posição da Brasil Capital nas ações da locadora de veículos Unidas, mesmo com o impacto do “lockdown”, segundo Ribeiro.
A gestora também tem na carteira uma exposição relevante na rede de ensino Yduqs (ex-Estácio Participações). “A área de ensino superior presencial vai sofrer, mas a empresa evoluiu muito no ensino a distância (EAD).”
Uma lição reforçada nessa crise, aliás, foi a da importância de as empresas contarem com uma boa experiência digital, segundo o gestor. Para ele, essa será a diferença entre o desempenho das varejistas no atual momento da economia.
A carteira do fundo é composta ainda por ações mais “blindadas” contra os efeitos do coronavírus, como a Alupar, que detém ativos de transmissão de energia e a Rumo Logística.
O cenário da gestora considera que as empresas ficarão fechadas ao longo de todo o segundo trimestre, com volta parcial no terceiro e a retomada integral das operações apenas nos últimos três meses do ano, mas em um nível mais baixo do que o esperado no fim de 2019.
Caras novas
Além de aproveitar para aumentar as posições atuais, a Brasil Capital pretende usar os recursos que entrarem na nova rodada de captação do fundo para comprar papéis que, na visão da gestora, ficaram baratos depois da forte queda das últimas semanas.
Ribeiro preferiu não revelar as novas apostas do fundo porque os investimentos estão sendo feitos neste momento.
“Vamos manter a estratégia que funcionou nesses 12 anos: selecionar e investir em companhias com fundamento sólido e montar o melhor portfólio possível”, resumiu.
Quer ter um Porsche novinho? Pois então aperte os cintos: a Volkswagen quer fazer o IPO da montadora de carros esportivos
Abertura de capital da Porsche deve acontecer entre o fim de setembro e início de outubro; alguns investidores já demonstraram interesse no ativo
BTG Pactual tem a melhor carteira recomendada de ações em agosto e foi a única entre as grandes corretoras a bater o Ibovespa no mês
Indicações da corretora do banco tiveram alta de 7,20%, superando o avanço de 6,16% do Ibovespa; todas as demais carteiras do ranking tiveram retorno positivo, porém abaixo do índice
Small caps: 3R (RRRP), Locaweb (LWSA3), Vamos (VAMO3) e Burger King (BKBR3) — as opções de investimento do BTG para setembro
Banco fez três alterações em sua carteira de small caps em relação ao portfólio de agosto; veja quais são as 10 escolhidas para o mês
Passando o chapéu: IRB (IRBR3) acerta a venda da própria sede em meio a medidas para se reenquadrar
Às vésperas de conhecer o resultado de uma oferta primária por meio da qual pretende levantar R$ 1,2 bilhão, IRB se desfaz de prédio histórico
Chega de ‘só Petrobras’ (PETR4): fim do monopólio do gás natural beneficia ação que pode subir mais de 50% com a compra de ativos da estatal
Conheça a ação que, segundo analista e colunista do Seu Dinheiro, representa uma empresa com histórico de eficiência e futuro promissor; foram 1200% de alta na bolsa em quase 20 anos – e tudo indica que esse é só o começo de um futuro triunfal
Mais um banco se rende à Cielo (CIEL3) e passa a recomendar a compra da ação, mesmo após alta de quase 200% neste ano
Com potencial de alta de quase 30% estimado para os papéis, os analistas do Credit Suisse acreditam que você deveria incluir as ações da empresa de maquininhas no seu portfólio
IRB lança oferta primária restrita, mas limita operação a R$ 1,2 bilhão e antecipa possibilidade de um descontão; IRBR3 é a maior alta do Ibovespa hoje
Resseguradora busca reenquadramento da cobertura de provisões técnicas e de liquidez regulatória para continuar operando
Dividendos: Porto Seguro (PSSA3) anuncia quase R$ 400 milhões em JCP; Kepler Weber (KEPL3) também distribuirá proventos
Data de corte é a mesma em ambos os casos; veja quem tem direito a receber os proventos das empresas
Oi (OIBR3) confirma venda de operação fixa para subsidiária da Highline; transação pode alcançar R$ 1,7 bilhão
Proposta da NK 108, afiliada da Highline, foi a única válida no leilão realizado ontem; negócio envolve cerca de 8 mil torres da Oi
Depois de bons resultados nos setores de gás e energia, gigante de infraestrutura está conquistando espaço, também, na mineração – e promete assustar a Vale (VALE3)
Um crescimento mínimo de 50%: é isso que time de analistas espera para uma ação que custa, hoje, 20% a menos do que sua média histórica; saiba como aproveitar
Ibovespa interrompe sequência de 4 semanas em alta; veja as ações que mais caíram – e um setor que subiu em bloco
Ibovespa foi prejudicado por agenda fraca na semana, mas houve um setor que subiu em bloco; confira as maiores altas e baixas do período
Dá pra personalizar mais? Americanas (AMER3) fecha parceria com o Google em busca de mais eficiência e melhor experiência para clientes
Acordo entre a Americanas e o Google prevê hiperpersonalização da experiência do cliente e otimização de custos operacionais
Bed Bath & Beyond desaba mais de 40% em Wall Street — e o ‘culpado’ é um dos bilionários da GameStop; entenda
Ryan Cohen, presidente do conselho da GameStop, vendeu todas as suas ações na varejista de itens domésticos e embolsou US$ 60 milhões com o negócio
Unindo os jalecos: acionistas do Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) aprovam a fusão entre as companhias
Os acionistas de Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) deram aval para a junção dos negócios das companhias; veja os detalhes
JBS (JBSS3) é a ação de alimentos favorita do BofA, mas banco vê menor potencial de alta para o papel; ainda vale a pena comprar?
Analistas revisaram para baixo o preço-alvo do papel, para R$ 55, devido à expectativa de queda nas margens da carne bovina dos EUA, correspondente a 40% das vendas da empresa
Irani anuncia recompra de até 9,8 milhões de ações na B3; o que isso significa para o acionista de RANI3?
A empresa disse que quer maximizar a geração de valor para os seus investidores por meio da melhor administração da estrutura de capital
Vale (VALE3) perdeu o encanto? Itaú BBA corta recomendação de compra para neutro e reduz preço-alvo do papel
Queridinha dos analistas, Vale deve ser impactada por menor demanda da China, e retorno aos acionistas deve ficar mais limitado, acredita o banco
Soberania da (VALE3) ‘ameaçada’? Melhor ação de infraestrutura da Bolsa pode subir 50%, está entrando na mineração e sai ganhando com o fim do monopólio da Petrobras (PETR4) no setor de gás; entenda
Líder na América Latina, papel está barato, está com fortes investimentos na mineração e é um dos principais nomes do mercado de gás e do agronegócio no Brasil
Nubank (NU; NUBR33) chega a subir 20% após balanço, mas visão dos analistas é mista e inadimplência preocupa
Investidores gostaram de resultados operacionais, mas analistas seguem atentos ao crescimento da inadimplência; Itaú BBA acha que banco digital pode ter subestimado o risco do crédito pessoal
Briga do varejo: Qual é a melhor ação de atacadista para ter na carteira? A XP escolheu a dedo os papéis; confira
O forte resultado do Grupo Mateus (GMAT3) no 2T22 garantiu ao atacadista um convite para juntar-se ao Assaí (ASAI3) na lista de varejistas de alimentos favoritas dos analistas