Uma conversa sobre investimentos para o meu pai
O primeiro salário que recebi na vida foi em julho de 1994, mês inaugural do Plano Real. Foi com esse dinheiro que saí pelas lojas do bairro do Gonzaga, em Santos, em busca de um presente para dar no Dia dos Pais.
Desde então, esse sempre foi um problema para mim, porque meu pai não abre o jogo quando o assunto é presente. Quando pergunto o que ele quer ganhar, ele sempre diz “não precisar de nada”.
Só fui compreender o pouco apego dele pela data do segundo domingo de agosto quando eu mesmo me tornei pai. Há realmente muito pouco que você possa querer depois que a vida lhe dá o maior presente que alguém poderia receber.
Quando o assunto é dinheiro, meu pai e eu também nunca fomos muito de conversar quando eu era mais jovem. Talvez porque na maior parte do tempo a grana tenha sido curta lá em casa. Ou então pelo fato de ele fazer parte de uma geração marcada por uma economia destroçada por décadas de (hiper)inflação.
Hoje nas nossas conversas, o tema surge com muito mais naturalidade. Aliás, meu pai traz as típicas contradições do investidor brasileiro. Ele se diz conservador, mas gosta do ramo imobiliário, que não deixa de ser uma renda variável.
Agora com a taxa de juros na inacreditável marca de 2% e uma crise monumental na economia, a preocupação dele e de muita gente sobre o que fazer com o dinheiro só aumenta.
Leia Também
Shutdown nos EUA e bolsa brasileira estão quebrando recordes diariamente, mas só um pode estar prestes a acabar; veja o que mais mexe com o seu bolso hoje
Ibovespa imparável: até onde vai o rali da bolsa brasileira?
Foi pensando no meu pai e em todos os leitores do Seu Dinheiro que a Julia Wiltgen e eu comentamos as perspectivas para os principais investimentos nesse admirável mundo novo dos juros baixos no nosso podcast Touros e Ursos. Você pode conferir a nossa conversa lá no nosso canal do Youtube.
MERCADOS
• Donald Trump agitou os mercados no último pregão da semana. O presidente dos Estados Unidos elevou o tom da guerra comercial contra a China e os ativos de risco foram castigados. Resultado: Ibovespa para baixo, dólar para cima.
EMPRESAS
• A Petrobras alerta: a pandemia do coronavírus pode afetar suas operações e finanças. No aviso, a gigante estatal destacou os impactos na mão de obra e entre seus fornecedores de bens e serviços, como a China.
• Enquanto isso, os bancos tiveram mais um trimestre sob os impactos do coronavírus. Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander somaram R$ 31,5 bilhões em provisões durante o primeiro semestre. A cifra representa mais que o dobro dos lucros no período.
• O bilionário Jeff Bezos vendeu mais US$ 3,1 bilhões em ações da Amazon. Com isso, só neste ano ele já embolsou US$ 7,2 bilhões com os papéis da companhia. O que ele vai fazer com todo esse dinheiro? Nós contamos nesta matéria.
ECONOMIA E POLÍTICA
• A inflação continua pequena, mas não morreu. Aliás, em julho o índice de preços teve a mais forte alta para o mês em quatro anos, com avanço de 0,36%. Tudo bem que ficou dentro do esperado, mas vale a pena conferir o que impulsionou o IPCA.
• Repercutindo os efeitos da pandemia, a produção de veículos tombou 36% no mês passado, na comparação com o mesmo período de 2019. Ainda assim, os dados da Anfavea mostram uma recuperação do setor.
• A investigação sobre o esquema de rachadinhas que envolve o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, encontrou 21 depósitos na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Os valores somam R$ 72 mil.
INVESTIMENTOS
• Quanto os impactos sociais e ambientais de uma empresa importam para o investidor pessoa física? Muito, segundo os gestores com quem a Ana Westphalen tem falado. Ela conta para você como a avaliação desses temas pode fazer a diferença na sua rentabilidade.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite", a newsletter diária do Seu Dinheiro. Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje
Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde
Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis
Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano
FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR
BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil
É bicampeão! FII BTLG11 volta ao topo do ranking dos fundos mais recomendados em novembro — e tem dividendos extraordinários no radar
Pelo segundo mês consecutivo, o BTLG11 garantiu a vitória ao levar quatro recomendações das dez corretoras, casas de análise e bancos consultados pelo Seu Dinheiro
Economista revela o que espera para a Selic em 2025, e ações ligadas à inteligência artificial sofrem lá fora; veja o que mais mexe com o mercado hoje
Ibovespa renovou recorde antes de decisão do Copom, que deve manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, e economista da Galapagos acredita que há espaço para cortes em dezembro; investidores acompanham ações de empresas de tecnologia e temporada de balanços
O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje
O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro
Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação
Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal
Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998
Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.
Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários
Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos
Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi
Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado
A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial
Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje
A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira
Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas
Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026
A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje
Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje
O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado
A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul
Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região
Os balanços dos bancos vêm aí, e mercado quer saber se BB pode cair mais; veja o que mais mexe com a bolsa hoje
Santander e Bradesco divulgam resultados nesta semana, e mercado aguarda números do BB para saber se há um alçapão no fundo do poço
Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo
Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje
Por que o tombo de Desktop (DESK3) foi exagerado — e ainda vejo boas chances de o negócio com a Claro sair do papel
Nesta semana os acionistas tomaram um baita susto: as ações DESK3 desabaram 26% após a divulgação de um estudo da Anatel, sugerindo que a compra da Desktop pela Claro levaria a concentração de mercado para níveis “moderadamente elevados”. Eu discordo dessa interpretação, e mostro o motivo.
Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje
Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento
