Como as eleições municipais podem mexer com as ações do setor imobiliário
O resultado das urnas pode alterar significativamente o destino das companhias do setor imobiliário da cidade de São Paulo nos próximos anos
Eu já perdi as contas de quantas vezes ouvi um amigo ou parente dizer: "ah, pra que ir votar? Não vai mudar nada."
Se você é do time que prefere ficar em casa assistindo televisão em vez de comparecer ao local onde vota, não vou te dar sermão nem nada, mas saiba que as urnas paulistanas podem alterar significativamente o destino das companhias do setor imobiliário da cidade de São Paulo (SP) nos próximos anos.
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O Plano Diretor Estratégico
Isso porque o próximo prefeito da capital paulista vai assumir o cargo com uma missão: revisar o Plano Diretor da cidade logo no primeiro ano de mandato, em 2021.
Se você nunca ouviu falar sobre o tal plano, ele estabelece as diretrizes para o crescimento e desenvolvimento urbano da cidade.
É ele quem diz, por exemplo, em quais bairros pode ter prédios, qual é o tamanho máximo das edificações em determinadas regiões, o número de vagas de garagem por apartamento, se há possibilidade de uma construtora ultrapassar os limites estabelecidos em troca de uma compensação financeira para a prefeitura, entre outras decisões.
E como o mercado imobiliário da capital paulista foi responsável por nada menos do que R$ 27,9 bilhões em empreendimentos lançados em 2019, este acaba se tornando um assunto relevante para o bolso de muita gente.
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O campeão das doações
Não é à toa que o setor que mais tem se destacado no financiamento das campanhas eleitorais para o cargo de prefeito de São Paulo em 2020 é o imobiliário.
Conforme você pode verificar na página de divulgação de contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dos pouco mais de R$ 2 milhões de doações de pessoas físicas realizadas para o atual prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), cerca de R$ 800 mil foram feitas por membros ligados à construtoras e incorporadoras, como Jorge Mitre (da família controladora da Mitre Realty, MTRE3), Ernesto Zarzur (da Eztec, EZTC3), Elie Horn (da Cyrela, CYRE3), entre outros.
É óbvio que não há qualquer ilegalidade nisso. Mas sabemos como funciona a política, não é mesmo?
Tendo recebido generosas contribuições de executivos do setor, me parece muito pouco provável que o candidato do PSDB queira dificultar a vida dessas companhias no momento de estabelecer as novas regras para o Plano Diretor da capital paulista caso seja reeleito.
Isso pode significar permissão de mais áreas para empreendimentos imobiliários ou flexibilização de regras que hoje dificultam edificações em determinadas regiões, por exemplo.
Por outro lado, o grande risco seria a vitória de um candidato com ideias contrárias aos planos de expansão das construtoras.
Apesar de não dizer diretamente quais seriam seus objetivos para o Plano Diretor, o candidato Guilherme Boulos, do PSOL, faz menção a um plano de combate à especulação imobiliária em seu plano de governo, o que levanta alguns receios sobre a possíveis restrições às atividades delas.
Por esse motivo, se você vir alguma dessas companhias caindo em caso de vitória do psolista, já terá uma boa pista dos motivos.
Que fique claro aqui: não estou nem aí para quem você vota ou deixa de votar. Só você pode entender quem é o candidato que mais atende aos seus anseios.
O meu objetivo aqui é te ajudar a entender como a votação pode afetar o seu bolso como investidor.
Aproveite as quedas
De qualquer maneira, apesar de um Plano Diretor favorável ajudar, a verdade é que o setor imobiliário já vive um momento fantástico, mesmo com a pandemia afetando seriamente a economia em 2020.
Já conversamos sobre o assunto em julho, mas apenas para contextualizar, com as taxas de juros nas mínimas históricas e a necessidade de imóveis maiores ou mais bem planejados neste momento em que precisamos ficar mais tempo dentro de casa, houve um boom na demanda do setor – demanda esta que tem tudo para continuar por um bom tempo se a Selic permanecer em patamares comportados.
Por esse motivo, mesmo no caso em que o desejo dos executivos das empresas de construção não seja realizado e seu candidato preferido perca a disputa, veríamos qualquer "fraquejada" das ações do setor imobiliário como uma oportunidade de compra, especialmente para as companhias focadas na cidade de São Paulo e no público de média e alta renda (HBOR3, MTRE3, CYRE3 e EZTC3).
A série Oportunidades de Uma Vida, inclusive, tem uma ótima sugestão para quem quer surfar esse bom momento do setor e, quem sabe, aproveitar as benesses do novo Plano Diretor (spoiler: ela é justamente uma daquelas na lista de grandes doadoras).
Se quiser conferir a seleção com esta e todas as outras empresas sugeridas na série, fica aqui o convite.
Um grande abraço e até a próxima!
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