Quando a bicicleta da economia para de pedalar

Um dos meus grandes feitos como pai – e que dificilmente será superado – foi ensinar o André e a Helena a andar de bicicleta.
Desenvolvi uma técnica infalível com base em duas instruções básicas: olhar sempre para frente e não parar de pedalar.
O que serve para a bicicleta serve para a economia. A atividade funciona em ciclos, que começam vacilantes e vão ganhando tração conforme a confiança dos agentes aumenta.
O problema é que em algum momento é preciso frear, seja porque há um buraco à frente ou por simples fadiga. A função dos governos é evitar uma parada brusca, mas às vezes a bicicleta sai do controle ou simplesmente quebra, como ocorreu na crise de 2008.
O choque provocado pelo coronavírus é diferente de todos os outros que vivemos. Nesse caso, é como se tivéssemos simplesmente parado de pedalar. A perda de equilíbrio e a queda são inevitáveis.
Depois de todo o mercado cortar as projeções para o PIB brasileiro neste ano diante da pandemia, hoje à tarde foi a vez do governo reduzir suas estimativas.
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Mas em vez de simplesmente reconhecer que não haverá crescimento, recorreu a um preciosismo ao projetar um avanço de 0,02% em 2020.
Um panorama mais completo do que pode acontecer quando a bicicleta da economia para de pedalar foi dado pelo Itaú Unibanco. O maior banco privado brasileiro prevê uma retração de 0,7% do PIB neste ano.
A expectativa é que o impacto da paralisação imposta pelo coronavírus seja temporário, mas violento: no segundo trimestre a economia brasileira deve ter uma contração de 9,6%!
Você pode conferir as todas as projeções do Itaú para a economia e também para o dólar nesta matéria do Felipe Saturnino.
Perdeu o embalo
A bolsa começou o dia com pinta de que encerraria melhor a semana, mas não sustentou os ganhos da manhã e fechou em queda de quase 2%. Nem mesmo as novas medidas de estímulo nos Estados Unidos animaram os investidores em meio ao aumento das restrições à circulação de pessoas em meio à pandemia do coronavírus. A boa notícia é que o dólar voltou a cair, mas se manteve acima dos R$ 5,00, como você lê na nossa cobertura de mercados.
Crise de crédito no radar?
O mês de março foi implacável para praticamente todos os investimentos. As debêntures, títulos de dívida emitidos por empresas, acumulam uma perda da ordem de 4%. O movimento me chamou a atenção, ainda mais diante de uma possível crise de crédito no radar em consequência da pandemia do coronavírus. Eu conversei com gestores de fundos e especialistas para entender os riscos e o que esperar desse mercado.
As lendas também erram
De forma extraordinária, o lendário fundo Verde, de Luis Stuhlberger, divulgou uma nova carta aos investidores neste mês. Nela, o gestor reconhece que cometeu um erro importante: começou a comprar ações muito cedo. A Verde avalia que subestimou dois pontos: fatores climáticos para a disseminação do coronavírus e o comportamento da doença na Coreia do Sul e na Itália. Entenda melhor o que mudou para o gestor.
Popularidade em baixa
Não foi só a bolsa que caiu neste mês. Uma pesquisa da XP apontou hoje que a popularidade do presidente Jair Bolsonaro recuou para o menor nível desde o início do mandato. De acordo com o levantamento, 30% dos entrevistados consideram a administração de Bolsonaro ótima ou boa, ante 34% em fevereiro. A pesquisa também perguntou como a população avalia a reação do governo à pandemia do coronavírus. Confira o resultado.
E-commerce voando
Em meio a todo o caos com a rápida disseminação do coronavírus e o confinamento para evitar uma crise de saúde ainda maior, as compras pela internet dispararam até 40% na primeira quinzena deste mês em comparação com o mesmo período de 2019. Os produtos mais requisitados foram da saúde, só que todos de menor valor. Confira todos os detalhes.
Mercados em quarentena
Depois de uma semana pra lá de tensa, o happy hour do Seu Dinheiro foi virtual. O Victor Aguiar e eu comentamos o aprofundamento do pânico nos mercados na edição de hoje do podcast Touros e Ursos. Também não podia faltar na pauta a decisão do Banco Central de reduzir os juros. Em meio a tudo isso, falamos ainda sobre a piora no clima político e a condução errática de Jair Bolsonaro na pandemia do coronavírus. Então, solte o play e aumente o som!
Que semana, meus amigos.
Uma ótima noite e aquele abraço!
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