🔴 EVENTO GRATUITO: COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE

Jasmine Olga
Jasmine Olga
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
Esquenta dos mercados

Agenda de balanços cheia divide espaço com tensão no exterior

Investidores brasileiros aguardam uma série de resultados corporativos que devem embalar a bolsa brasileira hoje. Lá fora, apreensão com o coronavírus e a economia mundial continuam em alta

Jasmine Olga
Jasmine Olga
14 de maio de 2020
8:09 - atualizado às 8:42
mercados em baixa
mercados em baixa - Imagem: Shutterstock

Enquanto os investidores brasileiros possuem uma série de balanços de peso para digerirem hoje, incluindo Petrobras e JBS, o clima de tensão e aversão ao risco que chega do exterior deve pesar nos negócios locais. Lá fora, a preocupação é com a visão do Federal Reserve de que uma forte recessão ainda está por vir e com o avanço do coronavírus em países que davam os primeiros passos em direção à abertura econômica.

Na agenda, hoje é dia de conhecer o número de pedidos semais de seguro-desemprego nos Estados Unidos - um termômetro para o impacto do coronavírus na economia americana.

Clima de tensão

O aguardado discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, pesou nos mercados globais e trouxe preocupações sobre uma recuperação lenta da economia.

Powell destacou que o futuro ainda é incerto e que está sujeito a mais riscos negativos, levantando a hipótese de a pandemia de covid-19 pode trazer a recessão pior do que se viu desde a Segunda Guerra Mundial.

A grande expectativa dos investidores estava na possibilidade da instituição adotar juros negativos em um futuro próximo, possibilidade que foi descartada por Powell. Além disso, o presidente do Fed também pediu mais estímulos fiscais, dando a entender que as ações da instituição podem não ser suficientes para para evitar os estragos.

Além disso, a preocupação com os novos casos de coronavírus em países que suspenderam parte das medidas de isolamento, como China e Coreia do Sul, também ficam no radar.

Neste cenário de apreensão, as bolsas asiáticas fecharam em queda firme durante a madrugada. Na Europa, o aviso de Powell também pesa nas bolsas, que comeam o dia no vermelho.

O clima de cautela predominou ontem nas bolsas americanas, que fecharam a sessão em queda. E hoje, a tendência parece ser a mesma, com os índices futuros caindo no começo da manhã.

Soma de fatores

O exterior negativo ajudou a aumentar o clima de tensão na bolsa brasileira, com o Ibovespa terminando o dia em leve baixa de 0,13%, aos 77.772,20 pontos.

Mas, a grande estrela do dia foi novamente o dólar. Sem novas perspectivas de corte de juros pelo Fed, enquanto o Copom deve trazer uma nova queda da Selic na próxima reunião, fez a moeda americana avançar e fechar a sessão com mais um recorde nominal, após subir 0,55%, a R$ 5,9008. A divisa já acumula uma alta de 47,09% no ano.

O dólar forte teve mais um empurrãozinho do presidente Donald Trump nesta manhã. O presidente americano afirmou em entrevista à Fox Business que 'é um ótimo momento para se ter um dólar forte', com as taxas de juros baixas. Após a fala de Trump, o índice DXY, que mede a variação da moeda ante seis divisas, atingiu a máxima do dia, subindo 0,25%.

Além do exterior pesado, os ruídos que chegam de Brasília continuam causando estragos no cenários doméstico.

Em primeiro plano ainda temos os desdobramentos da repercussão do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril.

O vídeo ainda segue em sigilo, mas o presidente Jair Bolsonaro já deu declarações se defendendo das acusações e do que foi divulgado pela imprensa, que categorizou o vídeo como devastador.

Bolsonaro disse que no dia em questão não se referiu à Polícia Federal e sim à segurança pessoal de sua família.

O prazo final para que o ministro Celso de Mello decida sobre a divulgação do vídeo é a próxima sexta-feira. Enquanto a defesa de Sergio Moro defende uma divulgação parcial, o governo pede para que somente as partes importantes para o inquérito seja divulgada.

Incertezas fiscais

Nesta quarta-feira, foi aprovado, com aval do governo, o aumento para policiais do Distrito Federal, com um custo de R$ 504,9 milhões para a União ainda este ano.

A medida era aguardada por Bolsonaro para então liberar o veto ao reajuste salarial de servidores públicos, previsto no projeto de auxílio aos Estados e municípios.

Os acordos entre o governo e o Centrão, que buscam trazer uma maior governabilidade, também preocupam a equipe econômica, já que a tendência é que pautas que estimulam os gastos públicos e obras governamentais tendem a crescer. Principalmente por se tratar de um ano eleitoral.

6º lugar

No boletim divulgado ontem pelo ministério da Saúde, o Brasil ultrapassou a França no número de casos e assumiu a 6ª colocação mundial.

O país já registra mais de 13 mil mortos e mais de 188 mil pessoas infectadas.

Enquanto o presidente continua defendendo o uso indiscriminado de cloroquina como tratamento para a doença, o ministro da Saúde Nelson Teich alerta sobre o risco do medicamento.

Com menos de 30 dias no cargo, Teich recebeu um recado do presidente, que falava com apoiadores na já tradicional saída do Alvorada: “Todos os ministros, todos, têm que estar afinados comigo, vou falar com Teich hoje sobre a cloroquina”.

Além disso, Bolsonaro não consultou o ministro para fazer a defesa do isolamento vertical e aumentar o número de serviços denominados essenciais.

Balanços de peso

Hoje os balanços corporativos ganham posição de destaque na agenda e devem mexer com o Ibovespa nesta quinta-feira. Anote aí: Petrobras, Suzano, Azul, B3 e JBS são algumas das companhias previstas para hoje.

Confira os principais números divulgados entre ontem e hoje e que devem movimentar a bolsa:

  • Grupo Pão de Açúcar (GPA) teve um prejuízo líquido de R$ 130 milhões no trimestre inicial de 2020. O resultado se devepela maior depreciação com a consolidação do Grupo Éxito e maior custo da dívida. Sem impacto de outras receitas e despesas, o lucro líquido ajustado seria de R$ 65 milhões no 1T20.
  • SulAmérica reportou lucro líquido de R$ 79,8 milhões no primeiro trimestre de 2020, o que representa queda de 64,3% ante o primeiro trimestre de 2019. Os segmentos saúde e odontológico registraram alta de 6,2% nas receitas operacionais, somando R$ 4,534 bilhões.
  • Ultrapar reportou um lucro líquido de R$ 169 milhões, em queda de 30% se comparado ao mesmo trimestre de 2019. Esse lucro é de R$ 71 milhões, se excluído o efeito não recorrente dos créditos tributários indicados pela empresa.
  • Via Varejo reportou lucro líquido de R$ 13 milhões no primeiro trimestre de 2020, revertendo um prejuízo de R$ 50 milhões no mesmo período de 2019

Agenda

Quinta-feira é sinônimo de divulgação dos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos (9h30). Os números são um termômetro do impacto do coronavírus na economia americana.

No fim da noite, a China divulga uma série de indicadores de atividade.

Engatando a subida

A Agência Internacional de Energia (AIE) reduziu suas projeções para a queda na demanda global por petróleo e trouxe alívio para o setor. Com a notícia, a commodity acelerou a subida.

Por volta das 7h55, o petróleo WTI para julho subia 4,31%, a US$ 26,38. Já o Brent avança 3,94%, a US$ 30,34.

Fique de olho

  • Estapar, a primeira empresa a seguir com o seu IPO durante a crise, fixou o seu preço em R$ 10,50 por ação - no piso da faixa indicativa. A empresa deve levantar R$ 313,2 milhões.
  • Azul negocia com a Embraer o adiamento para depois de 2024 da entrega de aeronaves E2s.
  • Osvaldo barbosa de Oliveira renunciou ao cargo no conselho de administração da Ânima.

Compartilhe

BRIGA PELO TRONO GRELHADO

Acionistas da Zamp (BKBR3) recusam-se a ceder a coroa do Burger King ao Mubadala; veja quem rejeitou a nova oferta

21 de setembro de 2022 - 8:01

Detentores de 22,5% do capital da Zamp (BKBR3) já rechaçaram a nova investida do Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana segue sendo o elefante na sala e Ibovespa cai abaixo dos 110 mil pontos; dólar vai a R$ 5,23

15 de setembro de 2022 - 19:12

O Ibovespa acompanhou o mau humor das bolsas internacionais e segue no aguardo dos próximos passos do Fed

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Cautela prevalece e bolsas internacionais acompanham bateria de dados dos EUA hoje; Ibovespa aguarda prévia do PIB

15 de setembro de 2022 - 7:42

As bolsas no exterior tentam emplacar alta, mas os ganhos são limitados pela cautela internacional

FECHAMENTO DO DIA

Wall Street se recupera, mas Ibovespa cai com varejo fraco; dólar vai a R$ 5,17

14 de setembro de 2022 - 18:34

O Ibovespa não conseguiu acompanhar a recuperação das bolsas americanas. Isso porque dados do varejo e um desempenho negativo do setor de mineração e siderurgia pesaram sobre o índice.

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Depois de dia ‘sangrento’, bolsas internacionais ampliam quedas e NY busca reverter prejuízo; Ibovespa acompanha dados do varejo

14 de setembro de 2022 - 7:44

Os futuros de Nova York são os únicos que tentam emplacar o tom positivo após registrarem quedas de até 5% no pregão de ontem

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed

13 de setembro de 2022 - 19:01

Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições

13 de setembro de 2022 - 7:37

Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão

DANÇA DAS CADEIRAS

CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa

12 de setembro de 2022 - 19:45

Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim

FECHAMENTO DO DIA

Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09

12 de setembro de 2022 - 18:04

O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar