De olho em Guedes, fantasma do ‘risco fiscal’ promete assombrar o mercado nesta sexta-feira 13
Enquanto o mercado local fica apreensivo com a possibilidade de piora no quadro fiscal brasileiro, as bolsas internacionais voltam a apresentar uma tendência de alta

O ministro da Economia Paulo Guedes deve ficar no centro das atenções nesta sexta-feira 13. Depois de azedar o humor dos mercados ontem, ao prometer prorrogar o auxílio emergencial em caso de segunda onda da covid-19, o ministro volta a participar de eventos públicos. A expectativa é que Guedes confirme ou explique melhor as colocações feitas ontem. A prévia do PIB do BC, o IBC-Br, também tem destaque na agenda doméstica.
Lá fora, a preocupação com a situação da pandemia limita os ganhos, mas, após um dia no vermelho, as bolsas europeias e os índices futuros em Wall Street mostram fôlego para voltar a subir.
Bruxas à solta
O fantasma da deterioração do risco fiscal voltou a assombrar o Ibovespa na sessão de ontem. Depois do presidente Jair Bolsonaro causar ruídos ao dizer que existia uma possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial, nesta quinta-feira foi a vez do ministro Paulo Guedes azedar o mercado.
Em evento, Guedes disse que a possibilidade de prorrogar o benefício é 'uma certeza' caso uma segunda onda de infecções se confirme no Brasil - assim como vem ocorrendo nos Estados Unidos e Europa.
As bolsas internacionais, com sinais negativos, já não estavam ajudando, e a fala do ministro impulsionou para baixo o Ibovespa. O principal índice da bolsa brasileira recuou 2,2%, aos 102.510 pontos. O dólar subiu 1,4%, a R$ 5,4782.
Recuperando o fôlego
Depois de um dia em que a cautela reinou nos negócios, os agentes do mercado financeiro internacional parecem dispostos a resgatar um pouco do ânimo para seguir comprando.
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Nos Estados Unidos, as apurações das eleições presidenciais seguem, com o democrata Joe Biden consolidando a vitória. Durante a madrugada, o Ministério de Relações Exteriores da China reconheceu a vitória do ex-vice-presidente.
Essas notícias, no entanto, não devem ser suficientes para que o mercado retome as altas vigorosas vistas no começo da semana. A disseminação da segunda onda do coronavírus é uma realidade que obriga alguns países da Europa e estados americanos a retomarem medidas de distanciamento social.
Nos últimos 9 dias, os EUA vêm registrando mais de 100 mil novos casos diários de infecções. A questão é que mesmo que uma vacina seja autorizada - expectativa que impulsionou as bolsas globais no começo da semana - ainda deve levar um tempo até que boa parte da população esteja imunizada.
As bolsas asiáticas fecharam em queda durante a madrugada. Na Europa, os investidores preferem focas suas atenções na aparente 'trégua' entre Estados Unidos e China e as principais praças do continente operam em alta.
Outro fator que ajuda os negócios na região é a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro. O PIB da região subiu 12,6% no comparativo trimestral. As exportações cresceram 4,1% e as importações 2,7% em setembro.
O movimento de recuperação também parece tomar conta dos índices futuros em Wall Street, que amanhecem no campo positivo.
Agenda
O dia começa com a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), conhecido como a prévia do PIB do BC (9H)
O ministro Paulo Guedes também volta a falar hoje, dessa vez no Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex). Os investidores devem ficar atentos, já que o ministro deve endereçar as colocações feitas no dia anterior.
Balanços
Os balanços corporativos seguem tendo grande destaque nos negócios. Após o fechamento do mercado temos os números de Cogna e Cosan. Confira os principais números que devem mexer com a bolsa nesta sexta-feira.
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