Coronavírus traz nova onda de cautela aos mercados globais
Investidores buscam sinais para entender quais podem ser os impactos da epidemia na economia global

O mar parecia calmo e a sensação era de que o pior já tinha passado, mas as últimas notícias em torno da epidemia do coronavírus voltam a influenciar negativamente os mercados globais.
Com inúmeras lojas e fábricas ainda fechadas na China e o número de mortos ultrapassando a marca das 900 pessoas, os investidores mantém a cautela nos negócios. O número já é maior do que o registrado no surto de SARS.
O número de infectados já passa de 40 mil, em mais de 20 países e o impacto da situação na economia ainda está nebuloso.
O governo chinês tem corrido contra o tempo para estancar a sangria causada nos mercados em decorrencia do vírus.
Embora boa parte dos negócios continue fechada, parte deles voltaram a funcionar, o que fez as bolsas chinesas avançarem enquanto o resto das sessões do continente patinaram e fechamram majoritariamente em baixa.
Os investidores buscam sinais e acompanharam atentos a divulgação da inflação oficial do país, que teve forte alta em janeiro. A taxa subiu 5,4%, acima da projeção de 4,96% do mercado.
Leia Também
Pausa nos ganhos
Na sexta-feira, nem mesmo o payroll com dados fortes e animadores fez as bolsas americanas retomarem os ganhos vistos nos dias anteriores.
O Federal Reserve avalia os riscos que o coronavírus pode trazer para a perspectiva econômica. A fala do presidente da instituição, Jerome Powell, no Congresso americano na próxima quarta-feira deve trazer novos alertas do Fed sobre o status da epidemia global.
Com a retomada da cautela, o s índices futuros em Nova York amanhecem no vermelho.
O pessimismo também ronda o velho continente e todas as bolsas europeias abriram em queda nesta segunda-feira.
Cada vez mais alto
Na semana passada, o dólar atingiu patamares nunca antes vistos e terminou a semena cotado a R$ 4,3209. No ano, a moeda já acumula uma alta de 7,7%.
O movimento de alta não foi visto somente no Brasil. Após os dados fortes do payroll, a moeda subiu em escala global. Para alguns analistas, a forte valorização da moeda sege mais os fatores externos do que os domésticos.
Mesmo com a alta expressiva, o Banco Central ainda não identificou anormalidade que justifique uma intervenção no câmbio.
Enquanto o dólar teve uma semana de forte alta, o Ibovespa ficou no zero a zero. Após uma queda de 1,23% na sexta-feira, o índice terminou a semana aos 113.770,29 pontos.
Digerindo os números
A temporada de balanços segue aqui no Brasil e a semana promete ser cheia.
Nesta segunda-feira, é a vez do Itaú Unibanco, BB Seguridade e São Matinho.
A semana ainda reserva os números de outro gigante do setor financeiro, com o Banco do Brasil na quinta-feira. Confira nesta reportagem a prévia completa dos balanços previstos para os próximos dias.
A semana recheada de resultados promete mexer bastante com as ações da bolsa. Confira quais papéis podem se destacar nos próximos dias.
Enquanto por aqui a temporada de balanços começa a engatar semanas movimentadas, as coisas começam a desacelerar no exterior. Nos Estados Unidos, ainda faltam 68 empresas, com destaques para Cisco e Alibaba.
Fique de olho
- Para contornar os efeitos da greve que se arrasta por mais uma semana, a Petrobras anunciou a contratação emergencial de pessoal para manter a operação.
- Conselho do BMG aprovou Ricardo Anes Guimarães como presidente. Ele substitui Ana karina Bortoni Dias
- JBS informou uma troca na instituição responsável por ser escriturador de ações da companhia. O Itaú deixa a operação, que será assumida pelo Bradesco.
- Após IPO, a Locaweb aprovou o aumento de capital para R$ 629,1 milhões.
- Rodovias do Tietê informou debenturistas que o controlador da companhia não aplicará mais dinheiro na companhia.
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice
Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China
Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação
Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda
Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14
O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20
A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23
Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa
Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda
O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião
Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro
Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15
Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities
Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos
O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro
Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher
Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje