Cautela com coronavírus volta a predominar nos mercados
Fala de Donald Trump ameniza queda, mas dia deve ser de cautela nos negócios globais
Após dois dias de otimismo, refletindo a desaceleração dos casos do coronavírus no mundo, a cautela volta a predominar nos mercados globais. O foco é nos desdobramentos de médio e longo prazo da epidemia da covid-19.
Embora a doença tenha desacelerado em diversos países, a duração da situação ainda é incerta.
Nos Estados Unidos, os números são preocupantes, conta com quase 30 milhões de infectados e 12 mil mortos. O presidente Donald Trump usou um tom mais otimista para abrandar o humor dos mercados e afirmou que a doença pode estar perto do seu pico no país.
Segundo Trump, um novo pacote de medidas para lutar contra os efeitos do coronavírus está sendo preparado. O pacote seria compsto por US$ 250 bilhões e serviria para manter postos de trabalho no país. Já o vice-presidente americano, Mike Pence, informou que novas orientações sobre a quarentena devem ser divulgadas hoje.
Neste cenário, as bolsas asiáticas fecharam sem uma direção definida. No começo da manhã, os índices futuros em Nova York seguem a mesma tendência e operam perto da estabilidade.
Sem acordo
O Eurogrupo, formado por ministros das finanças dos países europeus, discutiu durante a madrugada a possibilidade de novas medidas de socorro para ajudar a zona do euro a lidar com o impacto do coronavírus, mas não houve acordo.
Leia Também
O fracasso nas negociações influenciam a abertura do pregão, que ocorre no campo negativo, com perdas superiores a 1%. As discussões serão retomadas amanhã.
Preocupação local
A bolsa brasileira terminou a terça-feira com um avanço de 3,08%, a 79.855,48 pontos. Além do clima mais ameno no exterior, o cenário político local também se mostrou menos crítico do que nos últimos dias.
Mas os investidores também estão de olho nos números da doença por aqui. No Brasil, o Ministério da Saúde contabilizou 114 mortes em um único dia. Ao todo, já são 667 mortes e 13,7 mil casos confirmados.
O Congresso brasileiro ainda encontra dificuldades para enfrentar a pandemia e votar as medidas necessárias para auxiliar no combate ao coronavírus.
O mercado local também observa a corrida pelos R$ 600 do auxílio-emergencial liberado pelo governo. Só ontem, 18,3 milhões de pessoas fizeram o pedido. Há divergências sobre a real quantidade de dinheiro alocada para sustentar a medida.
Ontem, Walter Braga Netto, ministro-chefe da Casa Civil defendeu união no governo, mas evitou se comprometer com a permanência de Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde, no cargo.
Agenda
O destaque do dia fica com a divulgação da ata do Federal Reserve, nos Estados Unidos. No começo do mês passado, a entidade cortou o juros de forma extraordinária (15h).
No Brasil, o IBGE divulga o volume de serviços fevereiro (9h). No câmbio, o Banco Central faz leilão de até 10 mil contratos de swap para rolagem.
Em ritmo de recuperação
Após fortes baixas ontem, os investidores voltam a mostrar otimismo com a reunião da Opep+, que acontece amanhã (09) e os contratos futuros do petróleo mostram recuperação.
Por volta das 07h, o petróleo WTI para maio avançava 3%, a US$ 24,34. Já o Brent para junhotinha um avanço de 0,69%, a US$ 32,09.
Adaptando ao meio
O coronavírus tem obrigado diversas empresas a adotarem uma série de ações para preservar o caixa durante a crise. Dessa vez, foi o Magazine Luiza que divulgou suas medidas, dentre elas:
- captação de R$ 800 milhões em debêntures;
- redução da remuneração de executivos;
- renegociação com fornecedores;
- redução de jornada e salário de colaboradores.
No setor bancário, o Banco do Brasil limitou os dividendos aos acionistas. O valor ficou no limite mínimo obrigatório previsto em estatuto social, de 25%.
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
