Com incerteza em Brasília e cautela externa, Ibovespa cai quase 1%; dólar tem dia instável
Tensão entre EUA e China puxa para baixo mercados no exterior; no Brasil, expectativa é sobre a divulgação do vídeo da reunião ministerial que comprometeria Bolsonaro
O mercado local começou esta sexta-feira (22) em um tom pessimista, diante da cautela externa e das incertezas políticas de Brasília. Por volta das 15h15, o Ibovespa recuava 0,94%, aos 82.243,61 pontos. Já o dólar à vista tem uma sessão instável, oscilando entre perdas e ganhos — agora, tem baixa de 0,36%, a R$ 5,5617.
A cautela no exterior se deve a uma nova escalada de tensão entre EUA e China. O país asiático pretende anunciar leis de segurança nacional a Hong Kong, com o objetivo de interromper a interferência estrangeira na ilha, entre outras coisas. O presidente americano, Donald Trump, respondeu que haverá uma 'reação muito forte' caso o plano siga adiante.
Nos EUA, índices futuros caíam neste início de tarde: o Dow Jones recuava 0,56%, o S&P 500 tinha baixa de 0,23% e Nasdaq caía 0,02%. Entre as commodities, o petróleo WTI com vencimento em julho recuava 2,77%, enquanto o tipo Brent perdia 3,11%.
- O Podcast Touros e Ursos desta sexta-feira já está no ar! Os repórteres Victor Aguiar e Vinicius Pinheiro comentam os principais assuntos que movimentaram os mercados nesta semana:
No Brasil, a expectativa do mercado fica sobre a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, apontada como prova da acusação do ex-ministro Sergio Moro de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal. O ministro do STF, Celso de Mello, tomará uma decisão a respeito do veto ao conteúdo até as 17 horas desta sexta.
Ainda por aqui, o Brasil bateu ontem mais um recorde de mortes diárias por covid-19, indicando que as medidas de relaxamento social que permitiriam parte da retomada econômica podem estar distantes. Segundo o Ministério da Saúde, foram 1.188 óbitos em 24 horas, chegando a um total de 20.047 mortes.
Quanto ao comportamento do dólar, a moeda americana abriu a sessão em alta, repercutindo o clima de maior cautela no Brasil e no exterior, a moeda americana, no entanto, passou por um alívio após o diretor do Banco Central (BC), Fábio Kanczuk, afirmar que a instituição está muito bem preparada para corrigir distorções no mercado, considerando o nível elevado das reservas internacionais.
Leia Também
Balanços ruins
Do lado corporativo, segue a temporada de balanços financeiros com os primeiros resultados a dimensionar o impacto da crise. A Cogna Educação (ex-Kroton) divulgou uma queda de 85,3% no lucro do primeiro trimestre e as Lojas Renner reportaram recuou de 93,6% na última linha do balanço dos primeiros três meses do ano.
As ações de ambas aparecem entre as maiores perdas do Ibovespa hoje. Cogna (COGN3) desaba 7,87%, a R$ 4,33, enquanto Lojas Renner ON (LREN3) despenca 7,09%, negociada a R$ 37,88. Veja abaixo as cinco maiores quedas do índice no momento:
| CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
| HGTX3 | Cia Hering ON | 13,01 | -8,32% |
| COGN3 | Cogna ON | 4,33 | -7,87% |
| LREN3 | Lojas Renner ON | 37,88 | -7,09% |
| USIM5 | Usiminas PNA | 4,73 | -4,83% |
| LAME4 | Lojas Americanas PN | 25,67 | -4,39% |
No lado oposto, veja as cinco maiores altas do Ibovespa:
| CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
| ELET3 | Eletrobras ON | 24,81 | +5,13% |
| EQTL3 | Equatorial ON | 18,13 | +3,36% |
| ITSA4 | Itaúsa PN | 8,94 | +2,88% |
| RAIL3 | Rumo ON | 21,13 | +2,52% |
| ITUB4 | Itau Unibanco PN | 23,31 | +2,06% |
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição