Enfim, calmaria: bolsa sobe mais de 2% com melhora de Trump e alívio no risco fiscal
Evolução do quadro de saúde de Trump e notícia de que o Renda Cidadã respeitará o teto de gastos animaram Ibovespa. Dólar cai abaixo de R$ 5,60 e juros recuam
 
					O Ibovespa começou a semana com o pé direito em um dia de calmaria nos mercados financeiros globais. O cenário local, que nos últimos tempos vem despertando cautela nos investidores, desta vez aproveitou para dar uma mãozinha na produção dessa receita doce.
Enquanto se tornava claro que o quadro de saúde do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, evoluía positivamente em direção a uma alta hospitalar, e um acordo de estímulos era negociado por autoridades do país, o ambiente político em Brasília aliviava percepção sobre o risco de pedalada e derrubada do teto de gastos.
Em uma indicação de compromisso fiscal do governo, o senador Marcio Bittar, relator do Renda Cidadã, disse que o programa social do governo respeitará o teto. Além disso, afirmou que "toda demanda tem que passar por carimbo da equipe" do ministro da Economia.
"A perspectiva dessa notícia é positiva do ponto de vista fiscal, é possivelmente menos um problema sobre as contas públicas, os mercados reagiram bem", disse Paloma Brum, analista de investimentos da Toro Investimentos.
Segundo ela, o primeiro movimento da bolsa refletia o exterior positivo, mas o principal índice acionário da B3 só acelerou a alta após o pronunciamento de Bittar.
No fim do dia, o Ibovespa fechou em avanço de 2,21%, aos 96.089,19 pontos.
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As dúvidas sobre o financiamento do programa Renda Cidadã geraram cautela nos investidores na semana passada, após a polêmica com a possibilidade do uso de precatórios e parte do Fundeb para bancar a medida.
Hoje, o jornal Folha de S. Paulo noticiou que o governo estuda acabar com o desconto de 20% do Imposto de Renda para aqueles que entregam a declaração simplificada do IR.
Top 5
As ações das siderúrgicas estiveram entre os grandes destaques do dia no Ibovespa, acompanhando a alta do índice de metais em Nova York. Confira as principais altas:
| CÓDIGO | EMPRESA | VALOR | VARIAÇÃO | 
| IRBR3 | IRB ON | R$ 8,65 | 6,92% | 
| GOAU4 | Metalúrgica Gerdau PN | R$ 9,87 | 6,70% | 
| USIM5 | Usiminas PN | R$ 10,60 | 5,79% | 
| GGBR4 | Gerdau PN | R$ 21,79 | 5,78% | 
| ELET3 | Eletrobras ON | R$ 31,36 | 5,70% | 
Enquanto isso, as ações da Cogna estiveram entre as maiores perdas do índice, após o JP Morgan rebaixar a sua recomendação de neutra para venda. O banco avalia que o cenário é pior para o segmento de ensino presencial da companhia. Confira as principais quedas do Ibovespa hoje:
| CÓDIGO | EMPRESA | VALOR | VARIAÇÃO | 
| CVCB3 | CVC ON | R$ 14,45 | -2,89% | 
| COGN3 | Cogna ON | R$ 5,32 | -1,48% | 
| EMBR3 | Embraer ON | R$ 6,41 | -1,23% | 
| CIEL3 | Cielo ON | R$ 3,90 | -0,76% | 
| LAME4 | Lojas Americanas PN | R$ 28,47 | -0,42% | 
Trump de saída do hospital
As bolsas americanas terminaram o dia com ganhos firmes, com a melhora no quadro de saúde de Trump.
O S&P 500 avançou 1,8%, enquanto o Dow Jones registrou ganhos de 1,68% e a Nasdaq, 2,32%.
Trump segue internado, mas deixará o hospital Walter Reed às 19h30 no horário de Brasília, conforme informou em sua conta oficial no Twitter.
O republicano foi internado na sexta em um momento decisivo da campanha presidencial. Joe Biden, candidato do partido democrata, tem atualmente a dianteira nas pesquisas de intenção de voto.
"Me sentindo muito bem! Não tenha medo da Covid. Não deixe isso dominar a sua vida!", escreveu Trump em sua conta oficial na rede social. "Eu me sinto melhor do que há 20 anos!", completou o presidente.
Além disso, está no radar do mercado o acordo para definir o tamanho do estímulo fiscal à economia dos EUA.
A presidente da Câmara dos Deputados do país Nancy Pelosi falou hoje com o secretário do Tesouro Steven Mnuchin a respeito da medida. Amanhã deverá ocorrer nova conversa entre os dois para definir um acordo sobre a legislação, que foi dificultado pela contaminação de Trump pelo coronavírus.
Dólar chega a cair 2%
Em meio a um cenário de busca por risco nos mercados globais, o dólar operou em forte queda e fechou em baixa de 1,82%, a R$ 5,56.
Na mínima, a divisa chegou a recuar em relação ao real 2,10%, embalada por boas notícias vindas tanto do exterior quanto no doméstico.
A perspectiva de alta de Trump e de que haverá mais estímulos fiscais induziu à tomada de risco, enfraquecendo a moeda norte-americana, normalmente para a qual os investidores correm quando as coisas apertam.
O dólar também caiu em relação ao peso mexicano e ao rublo russo, moedas pares do real.
"Existe um noticiário favorável para essa queda", diz Camila Abdelmalack, economista da Veedha Investimentos. "Aqui, não há um fato novo muito ruim, ainda articula-se reaproximação entre [Rodrigo] Maia e Guedes, e, então, há um espaço para a recuperação."
Juros recuam
As taxas dos contratos de depósitos interbancários negociados em bolsa fecharam em queda, refletindo a melhora do risco fiscal com a perspectiva de que o teto de gastos vai permanecer intocado.
Os juros dos contratos com vencimento em 2022 e 2023, por exemplo, caíram 0,2 ponto, em um alívio comparado ao estresse do fim da semana passada.
"O mercado está em movimento de recuo em relação a sexta-feira", disse Paulo Nepomuceno, da mesa de derivativos da corretora Terra Investimentos. "Hoje vimos desde o início do dia indicações por quase todo meio político de que o teto de gastos será respeitado."
Segundo Nepomuceno, os agentes financeiros exageraram na cautela na sexta, quando os mercados locais foram arrastados pela quarentena de Trump e pelo desacordo entre Guedes e Marinho.
Na ocasião, diz ele, a curva de juros inclinou-se ainda mais, uma vez que a percepção de risco fiscal gerou a expectativa de que seriam necessárias altas de juros no futuro.
"Agora, com a perspectiva de que o teto não vai ser furado, o mercado se acalmou e bem", afirma Nepomuceno.
Veja o fechamento as taxas de juros de alguns dos contratos:
- Janeiro/2021: de 2,06% para 2,00%;
- Janeiro/2022: de 3,43% para 3,23%;
- Janeiro/2023: de 4,9% para 4,67%;
- Janeiro/2025: de 6,74% para 6,51%.
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