Otimismo no exterior faz o Ibovespa subir mais de 4% e derruba o dólar a R$ 5,70
O Ibovespa sobe forte e supera os 80 mil pontos, aproveitando o clima de menor aversão ao risco visto lá fora. O dólar à vista também passa por um alívio intenso e recua mais de 2%

Os mercados globais abriram a semana com um tom bem mais otimista: as bolsas sobem em bloco e o dólar recua de maneira generalizada — um cenário que traz forte alívio aos ativos domésticos. O Ibovespa avança mais de 4% nesta segunda-feira (18) e volta a rondar os 81 mil pontos, enquanto o dólar à vista recua ao nível de R$ 5,70.
Por volta de 14h50, o principal índice acionário brasileiro operava em alta de 4,79%, aos 81.234,25 pontos, acompanhando o tom amplamente positivo visto lá fora: na Europa, as principais praças subiram mais de 4%; nos EUA, o Dow Jones (+3,77%), o S&P 500 (+3,29%) e o Nasdaq (+2,58%) exibem ganhos firmes
No câmbio, o dólar à vista tinha baixa de 2,23% no mesmo horário, a R$ 5,7086 — a divisa americana perde força em relação às demais moedas de países emergentes, mas o alívio é mais intenso em relação ao real.
- Eu gravei um vídeo para explicar o a dinâmica dos mercados nesta segunda-feira. Veja abaixo:
O noticiário internacional traz uma série de elementos que injetam confiança nos investidores e se sobrepõem aos fatores de risco que permanecem no horizonte. E, em primeiro plano, aparece a possibilidade de avanço numa vacina contra o coronavírus.
A Moderna, empresa americana de biotecnologia, anunciou mais cedo que todos os 45 voluntários que participaram dos testes com uma nova vacina que está em desenvolvimento produziram anticorpos que podem ajudar na proteção contra a doença.
A novidade faz as ações da Moderna dispararem mais de 20% em Wall Street e aumenta as esperanças quanto ao surgimento de um tratamento mais eficaz contra a Covid-19 — e essa perspectiva serve para diminuir a aversão ao risco nos mercados globais.
Leia Também
Além disso, os agentes financeiros também repercutem a entrevista dada na noite de domingo (17) pelo presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell: entre outros pontos, ele disse que a instituição "não está sem munição" para combater os impactos econômicos da pandemia.
Por fim, os investidores também comemoram a aprovação, pela Câmara dos EUA, de mais um pacote de auxílio financeiro para o país no montante de US$ 3 trilhões. Assim, a combinação desses elementos acaba permitindo a recuperação firme das bolsas globais e tira pressão do dólar.
Fatores de risco
Mas, apesar do tom positivo visto nesta segunda-feira (19), ainda há diversos pontos de turbulência no exterior. A própria entrevista de Powell trouxe informações preocupantes: o presidente do Fed admitiu que a recuperação dos EUA pode se arrastar até 2021 e que a que a economia poderia "facilmente" ter uma contração de 20% a 30%.
O próprio pacote de US$ 3 bilhões ainda não é certo: a pauta recebeu sinal verde da Câmara, de maioria democrata, mas ainda precisa ser aprovada pelo Senado, de maioria republicana — o que coloca uma boa dose de incerteza quanto à tramitação do tema.
E, em termos internacionais, ainda há a escalada nas tensões entre EUA e China, que sinalizam o reaquecimento da guerra comercial — as potências dão a entender que podem dar início a uma nova onda de sobretaxações, em meio às acusações quanto à responsabilidade pela pandemia de coronavírus.
Brasília em foco
No lado doméstico, os investidores continuam acompanhando de perto os desdobramentos do noticiário político e a deterioração nas relações entre governo e Congresso, temendo que, nesse ambiente belicoso, os esforços para o ajuste fiscal e a continuidade das reformas econômicas seja deixado de lado.
Ainda assim, considerando o otimismo generalizado visto no exterior, as preocupações locais acabam ficando em segundo plano nesta segunda-feira — e mesmo o mercado de juros futuros também consegue passar por um alívio relevante nesta manhã.
Em meio ao recuo mais firme do dólar à vista e às projeções cada vez mais fracas para a economia brasileira em 2020 — o boletim Focus agora trabalha com um cenário de retração de 5,12% do PIB do país neste ano —, os DIs operam em baixa, refletindo as apostas em novos cortes na Selic para dar sustentação à atividade doméstica:
- Janeiro/2021: de 2,56% para 2,53%;
- Janeiro/2022: de 3,51% para 3,40%;
- Janeiro/2023: de 4,72% para 4,58%.
Top 5
O dia é amplamente positivo na bolsa brasileira, com quase todas as ações do Ibovespa em alta. Veja os cinco papéis de melhor desempenho no momento:
CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
AZUL4 | Azul PN | 13,18 | +18,95% |
CVCB3 | CVC ON | 12,41 | +17,63% |
BRKM5 | Braskem PNA | 26,39 | +12,59% |
GOLL4 | Gol PN | 12,15 | +11,88% |
YDUQ3 | Yduqs ON | 26,20 | +10,04% |
Confira também os destaques negativos da sessão:
CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
BEEF3 | Minerva ON | 13,28 | -7,71% |
SUZB3 | Suzano ON | 41,89 | -6,97% |
MRFG3 | Marfrig ON | 13,22 | -5,84% |
KLBN11 | Klabin units | 20,59 | -5,25% |
JBSS3 | JBS ON | 22,29 | -4,46% |
Ibovespa faz história e chega aos 141 mil pontos pela primeira vez na esteira dos recordes em Nova York; dólar cai a R$ 5,4050
O Ibovespa acabou terminando o dia aos 140.927,86 pontos depois de renovar recorde durante a sessão
Banco do Brasil (BBAS3): enquanto apostas contra as ações crescem no mercado, agência de risco dá novo voto de confiança para o banco
A aposta da S&P Global Ratings é que, dadas as atividades comerciais diversificadas, o BB conseguirá manter o ritmo de lucratividade e a estabilidade do balanço patrimonial
Na contramão do Ibovespa, Petrobras (PETR4), Prio (PRIO3) e Brava (BRAV3) garantem ganhos no dia; saiba o que ajudou
A commodity está em alta desde o início da semana, impulsionado por tensões no Oriente Médio — mas não é só isso que ajuda no avanço das petroleiras
S&P 500 e Nasdaq renovam máximas históricas, mas um dado impede a bolsa de Nova York de disparar; Ibovespa e dólar caem
No mercado de câmbio, o dólar à vista continuou operando em queda e renovando mínimas depois de se manter no zero a zero na manhã desta quarta-feira (2)
Onde investir: as 4 ações favoritas para enfrentar turbulências e lucrar com a bolsa no 2º semestre — e outras 3 teses fora do radar do mercado
Com volatilidade e emoção previstas para a segunda metade do ano, os especialistas Gustavo Heilberg, da HIX Capital, Larissa Quaresma, da Empiricus Research, e Lucas Stella, da Santander Asset Management, revelam as apostas em ações na bolsa brasileira
Bresco Logística (BRCO11) diz adeus a mais um inquilino, cotas reagem em queda, mas nem tudo está perdido
O contrato entre o FII e a WestRock tinha sete anos de vigência, que venceria apenas em setembro de 2029
Gestora lança na B3 ETF que replica o Bloomberg US Billionaires e acompanha o desempenho das 50 principais empresas listadas nos EUA
Fundo de índice gerido pela Buena Vista Capital tem aplicação inicial de R$ 30 e taxa de administração de 0,55% ao ano
Ibovespa em 150 mil: os gatilhos para o principal índice da bolsa brasileira chegar a essa marca, segundo a XP
A corretora começa o segundo semestre com novos nomes em carteira; confira quem entrou e as maiores exposições
Ibovespa fecha primeiro semestre de 2025 com extremos: ações de educação e consumo sobem, saúde e energia caem
Entre os destaques positivos estão a Cogna (COGN3), o Assaí (ASAI3) e a Yduqs (YDUQ3); Já na outra ponta estão RaiaDrogasil (RADL3), PetroRecôncavo (BRAV3) e São Martinho (SMTO3)
XP Log (XPLG11) vai às compras e adiciona oito ativos logísticos na carteira por até R$ 1,54 bilhão; FIIs envolvidos disparam na B3
Após a operação, o XPLG11 passará a ter R$ 8 bilhões em ativos logísticos e industriais no Brasil
É hoje! Onde Investir no Segundo Semestre traz a visão de grandes nomes do mercado para a bolsa, dólar, dividendos e bitcoin; veja como participar
Organizado pelo Seu Dinheiro, o evento totalmente online e gratuito, traz grandes nomes do mercado para falar de ações, criptomoedas, FIIs, renda fixa, investimentos no exterior e outros temas que mexem com o seu bolso
“Não é liderança só pela liderança”: Rodrigo Abbud, sócio do Patria Investimentos, conta como a gestora atingiu R$ 28 bilhões em FIIs — e o que está no radar a partir de agora
Com uma estratégia de expansão traçada ainda em 2021, a gestora voltou a chamar a atenção do mercado ao adicionar a Genial Investimentos e a Vectis Gestão no portfólio
Nada de ouro ou renda fixa: Ibovespa foi o melhor investimento do primeiro semestre; confira os outros que completam o pódio
Os primeiros seis meses do ano foram marcados pelo retorno dos estrangeiros à bolsa brasileira — movimento que levou o Ibovespa a se valorizar 15,44% no período
Bolsas nas máximas e dólar na mínima: Ibovespa consegue romper os 139 mil pontos e S&P 500 renova recorde
A esperança de que novos acordos comerciais com os EUA sejam fechados nos próximos dias ajudou a impulsionar os ganhos na última sessão do mês de junho e do semestre
É possível investir nas ações do Banco do Brasil (BBAS3) sem correr tanto risco de perdas estrondosas, diz CIO da Empiricus
Apesar das recomendações de cautela, muitos investidores se veem tentados a investir nas ações BBAS3 — e o especialista explica uma forma de capturar o potencial de alta das ações com menos riscos
Reviravolta na bolsa? S&P 500 e Nasdaq batem recorde patrocinado pela China, mas Ibovespa não pega carona; dólar cai a R$ 5,4829
O governo dos EUA indicou que fechou acordos com a China e outros países — um sinal de que a guerra comercial de Trump pode estar chegando ao fim. Por aqui, as preocupações fiscais ditaram o ritmo das negociações.
Nubank (ROXO34) reconquista o otimismo do BTG Pactual, mas analistas alertam: não há almoço grátis
Após um período de incertezas, BTG Pactual vê sinais de recuperação no Nubank. O que isso significa para as ações do banco digital?
FII Guardian Real Estate (GARE11) negocia venda de 10 lojas por mais de R$ 460 milhões; veja quanto os cotistas ganham se a operação sair do papel
Todos os imóveis estão ocupados atualmente e são locados por grandes varejistas: o Grupo Mateus e o Grupo Pão de Açúcar
ETFs ganham força com a busca por diversificação em mercados desafiadores como a China
A avaliação foi feita por Brendan Ahern, CIO da Krane Funds Advisors, durante o Global Managers Conference 2025, promovido pelo BTG Pactual Asset Management
Pátria Escritórios (HGRE11) na carteira: BTG Pactual vê ainda mais dividendos no radar do FII
Não são apenas os dividendos do fundo imobiliários que vêm chamando a atenção do banco; entenda a tese positiva