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Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Mudança de rumo

Ibovespa reduz perdas e dólar se afasta das máximas após Fed anunciar compra de títulos corporativos

O BC americano anunciou há pouco que passará a comprar títulos corporativos — uma ferramenta para dar ainda mais suporte à economia do país. A novidade melhorou o humor dos mercados e deu ânimo ao Ibovespa, que chegou a cair quase 3% mais cedo

Victor Aguiar
Victor Aguiar
15 de junho de 2020
10:27 - atualizado às 16:37
Selo Mercados AGORA Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

A semana começou bastante ruim para os ativos domésticos: durante a manhã desta segunda-feira (15), o Ibovespa chegou a recuar perto de 3% e o dólar à vista disparou para além dos R$ 5,20, em meio à cautela externa e doméstica. Só que uma notícia vinda dos EUA nesta tarde provocou uma reviravolta nos mercados.

Há pouco, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou que começará a comprar títulos corporativos, de maneira "ampla e diversa" — uma iniciativa para dar suporte às empresas e injetar recursos na economia do país. E a novidade animou os investidores.

Por volta de 16h30, o Ibovespa operava em queda de 0,44%, aos 92.390,66 pontos, após tocar brevemente o campo positivo — nos EUA, o S&P 500 (+0,21%) e o Nasdaq (+0,94%) se firmaram em alta. No câmbio, o dólar à vista subia "apenas" 2,19%, a R$ 5,1532.

  • Eu gravei um vídeo para falar um pouco da dinâmica dos mercados na primeira metade desta sessão de segunda-feira — ou seja, antes do anúncio do Fed, quando a cautela era bem mais intensa. Veja abaixo:

Em sua decisão de juros, o Fed reforçou que não via a adoção de taxas negativas como adequada, mas disse estar disposto a usar "todas as ferramentas" para dar suporte à economia. Na ocasião, não ficou claro quais seriam esses instrumentos — e o anúncio de hoje parece fazer menção ao recado dado na semana passada.

A novidade, assim, foi capaz de neutralizar a forte cautela vista durante a manhã, quando temores quanto a uma segunda onda do coronavírus na Ásia e nos EUA empurraram os mercados acionários globais ao campo negativo.

Afinal, um eventual avanço da Covid-19, se confirmado, tende a atrasar o processo de recuperação econômica do mundo. China, Europa e EUA já estão relaxando as regras de isolamento, em maior ou menor grau, e uma nova onda da Covid-19 poderia causar retrocessos nesse movimento.

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Deixando o governo

Por aqui, os agentes financeiros domésticos precisam lidar com um novo foco de preocupação: a saída de Mansueto Almeida do cargo de secretário do Tesouro Nacional — ele deve deixar o posto até agosto, ajudando no processo de transição para um sucessor ainda a ser definido.

Mansueto é bastante respeitado pelo mercado e tido como um dos pilares dos ajustes econômicos que vêm sendo conduzidos nos últimos anos no país — e, considerando isso, sua saída é vista como um mal sinal em relação ao futuro das reformas.

Esse aumento na percepção de que os ajustes econômicos tendem a ser deixados de lado sem o secretário do Tesouro eleva a aversão ao risco por parte dos investidores, por mais que o próprio Mansueto tenha destacado que o ministro Paulo Guedes é o grande fiador das reformas — e essa leitura é comprovada pelo tom negativo visto nos ativos domésticos hoje.

Alívio nos juros

Durante a manhã, o mercado de juros futuros mostrou-se mais estressado, reagindo ao ambiente mais cauteloso em termos domésticos e externos. No entanto, a novidade do Fed provocou uma onda de alívio nos ativos globais — o que ecoou especialmente sobre os DIs curtos.

Os vencimentos de menor prazo também ficam de olho na decisão do Copom, na próxima quarta-feira (17), e na expectativa de corte de 0,75 ponto na Selic:

  • Janeiro/2021: de 2,15% para 2,13%;
  • Janeiro/2022: de 3,06% para 3,05%;
  • Janeiro/2023: de 4,12% para 4,15%;
  • Janeiro/2025: de 5,66% para 5,72%.

Cielo dispara

No front corporativo, destaque para as ações ON da Cielo (CIEL3), em forte alta de 22,09%, a R$ 5,14. Mais cedo, o Facebook anunciou que começará a viabilizar transações de pagamento via WhatsApp no Brasil, tendo fechado parceria com a Cielo para o serviço.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10112015382953041&set=a.612287952871&type=1&theater

Tirando a Cielo, são poucas as ações do Ibovespa que conseguem sustentar ganhos mais expressivos neste momento:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
CIEL3Cielo ON5,14 +22,09%
VVAR3Via Varejo ON15,65 +6,90%
GOLL4Gol PN19,61 +5,77%
CYRE3Cyrela ON21,13 +3,88%
MRVE3MRV ON16,95 +3,67%

Veja também as maiores baixas do índice no momento:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
IRBR3IRB ON11,02 -4,09%
VIVT4Telefônica Brasil PN48,78 -2,11%
BRML3BR Malls ON10,59 -1,85%
CSNA3CSN ON10,67 -1,84%
EMBR3Embraer ON8,66 -1,81%

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